O
que determina se somos fracassados ou mais que vencedores? Com certeza não são
nossas conquistas pessoais, nossas façanhas, nossos empreendimentos bem sucedidos,
enfim nosso bem-estar pessoal aqui nessa terra, e sim nosso coração depositado
aos pés do Senhor, nossa submissão a Ele e sobretudo atitude de obediência.
Judá
enfrentava nos tempos do rei Uzias um período de tensão devido as constantes
invasões, e as constantes transições monárquicas prejudicavam a consolidação do
reino. Após a morte de Amazias, Uzias, seu filho ocupa o trono em seu lugar e
reina num período próspero de 52 anos em Jerusalém.
As façanhas
e as invenções de Uzias trouxeram 52 anos de paz, segurança e prosperidade à
nação. Edificou a Elate (rota marítima) de Salomão e Josafá; Derrotou os
filisteus ao quebrar seus muros (Gate); Edificou cidades no território de
Asdode e entre os Filisteus; Venceu os Arábios; Ficou famoso pelas suas
realizações ao ponto de receber presentes; Edificou torres em Jerusalém, e as
fortificou; Edificou torres no deserto; Cavou cisternas; Fortaleceu a
agricultura e a pecuária; Fortaleceu o exército construindo novas armas e
máquinas a frente de seu tempo; Enfim,
foi um ótimo administrador e estrategista. Porém cometeu três falhas fatais em
seu governo, que alavancaram seu fracasso e sua morte.
Uzias
descuidou-se da vida espiritual da nação. Ele permitia que o povo queimasse
incenso a outros deuses e não removeu o paganismo religioso em Judá. (2 Reis 15.4) Foi fraco no que tange a vida
espiritual da nação. Quando nos esquecemos o principal estamos fadados ao fracasso,
inevitavelmente, se não mudarmos. O principal é estarmos prostrados aos pés do
Senhor. O fracasso de Uzias se deu quando esse se descuida da vida espiritual
da nação, embora não se esquecesse de outras áreas, porém, a principal não pode
ser menosprezada. Quais os erros fatais que não podemos cometer como servos de
Deus?
2)
FAZER O QUE NÃO COMPETE A NÓS (USURPAÇÃO) – (16-18). Devido ao seu coração
exaltado e tomado pelo orgulho, Uzias se esqueceu de que não lhe competia
administrar as coisas sagradas do santuário, e sim aos sacerdotes, da linhagem
de Arão. Isso implica que devemos respeitar nossos limites e não tocar nas
coisas sagradas indevidamente, com mãos sujas e principalmente fazer algo que o
Senhor não nos ordenou. Uzias achou que poderia ocupar esse ofício já que ele
se dava bem em todas as coisas até aí. Ele desprezou a liderança espiritual da
nação, sendo que deveria baixar decretos para purificar a nação da idolatria e não
o fez.
3)
NÃO ACEITAR A REPREENSÃO (REBELDIA) – (19). Uzias teve a chance naquele momento
de se arrepender e pedir perdão, o que não fez, preferindo arcar com os
prejuízos de sua rebeldia. Ele se indignou, brigou, relutou contra a repreensão
dos sacerdotes, tentando persuadi-los a deixá-lo queimar incenso no santuário,
provavelmente afirmando que quem mandava ali era ele, ele era o rei e ele tinha
autoridade. De fato como diz as Escrituras, Deus resiste aos soberbos, mas da
graça aos humildes. Mas penso que os soberbos em sua rebeldia e quem estão mais
resistindo a Deus e Deus por sua vez se opõe a eles. Uzias foi cortado do trono
ainda jovem. Poderia ter reinado ainda mais. Mas escolheu o caminho da rebeldia
e se tornou leproso, dando o trono para Jotão, seu filho. A morte de uzias
chega a causar intensa preocupação aos moradores de Judá nos tempos do Profeta
Isaías (Isaías 6.) Mas Deus é quem estava governando com controle absoluto e
não o rei Uzias.
Nossas
conquistas pessoais não são necessariamente prova de uma vida aprovada por
Deus. Podemos realizar muitas façanhas como o fez o rei Uzias mas se o coração
estiver afastado do altar do Senhor, e se formos tomados de orgulho, tudo pode
vir a desmoronar, e nossa lepra espiritual pode ser exposta. Que em nome de
Jesus possamos sempre colocar O Senhor em primeiro lugar em nossas vidas e
assim termos uma vida bem sucedida, longa e dentro dos propósitos do Altissimo.
Reverendo Adeir Goulart da Cruz