quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CONSTRUINDO PRINCÍPIOS SOBRE ALICERCES SÓLIDOS (MATEUS 7.24-27)


    Me lembro sempre de várias histórias que aprendi na infância quando as escolas recomendavam a leitura de certas histórias infantis como requisito de avaliação literária. Mas uma história muito interessante chama a atenção nao só de crianças mas também de muitos adultos, que é a história dos tres porquinhos. Quem conhece vai se lembrar agora da sua infância. Quem nao conhece vai aprender agora:
    "Era uma vez três porquinhos irmãos que viviam numa floresta que era aterrorizada por um lobo feroz.   Todos os animais temiam esse lobo, e se escondiam como podiam. Esses três porquinhos se cansaram de fugir desse lobo e resolveram construir casas para se abrigarem de seus ataques. O primeiro porquinho juntou toda a palha que encontrou na floresta, e assim, fez a sua casa de palha, cobriu, enfeitou-a e se mudou para ela. O lobo então se pôs diante dessa casinha simples e fraca e disse: - Vou inflar, vou soprar e essa casa no chão cairá! E assim fez: encheu os pulmões de ar, soprou fortemente e a casa vaio a baixo. O primeiro porquinho fugiu para a casa do segundo porquinho.. O segundo porquinho construiu sua casa de tábuas. O lobo se colocou diante da casa e disse: - Vou inflar, vou soprar e a casa no chão cairá. E assim ele fez. A casa caiu. O primeiro e o segundo porquinho desabrigados fogem para a casa do terceiro porquinho. O terceiro porquinho, o mais prudente sabendo o que acontecera aos seus finados amigos, construiu sua casa com tijolos, concreto e materiais mais sólidos e resistentes. O lobo se colocou diante de sua casa e disse: - Vou inflar, vou soprar, e essa casa no chão cairá!!! Ele encheu de ar os pulmões, e soprou com todas as suas forças. Mas a casa não caiu porque era uma casa construida com materiais sólidos. O lobo então desistiu de derrubar aquela casa e foi embora. 
    O texto que acabamos de ler nao menciona os três porquinhos mas conta uma ilustração que o próprio Jesus elaborou para elucidar uma lição muito importante para todos nós. Há muitos lares, muitas casas, muitas famílias, muitos sonhos desabando, porque são construídos sobre alicerces fracos, e com materiais de má qualidade. Os lobos estão aí todos os dias soprando contra nossa vida, principalmente contra uma das maiores e mais antigas instituições já estabelecida no projeto do Criador: a Família. Muitos lares estão desabando por causa dos ventos, causados pelos lobos do dia a dia. Quantos lares já foram despedaçados, quantas famílias já foram destruídas, não por causa dos ventos, mas por causa da fraqueza de seus alicerces, e da péssima qualidade dos materiais investidos em sua construção.
    A referência bíblica usada aqui, enfatiza que Deus nos disponibiliza dois engredientes na construção de nossos lares. Os valores Cristãos, extraídos do evangelho, e os valores mundanos extraídos da filosofia do pecado. Dois solos são apresentados aqui, a Rocha que é inabalável, e a Areia, que é maleável e se desfaz no meio das tempestades. Dois fundamentos são apresentados nesse texto: Rocha e Areia. Mas qual é o verdadeiro fundamento? Em qual deles devemos construir nossa casa? Com certeza eu e você responderíamos a Rocha.
    A rocha significa o próprio Senhor Jesus, A Palavra de Deus, O Evangelho revelado, e todos os princípios e valores extraídos do beneplácito da vontade do Senhor. Quando fincamos nossas bases na rocha, nos tornamos inabaláveis. Os lobos podem soprar mas nossa casa não será abalada. Nesse ínterim, gostaria de compartilhar com você, amado leitor algumas verdades acerca do verdadeiro fundamento no qual todos nós devemos construir nossas casas:
    1) TODO CRISTÃO AUTÊNTICO CONHECE O VERDADEIRO FUNDAMENTO (v. 24 e 26)
    "todo aquele que ouve essas minhas Palavras e as pratica..."
    "todo aquele que ouve essas minas Palavras e não as pratica..."
    Isso implica que todos nós cristãos conhecemos o verdadeiro fundamento porque ouvimos todos os dias, todos os ingredientes desse fundamento. São os ensinamentos das Escrituras. se praticamos, estamos construindo sobre a rocha. Se não praticamos estamos construindo sobre a areia. E no devido tempo a casa vai cair. A Palavra de Deus é nosso manual de vida. Conhecemos a Palavra, se não conhecemos, sabemos ser ela a bússola para nosso caminho, lâmpada para os nossos pés... 
    O verdadeiro Cristão conhece os fundamentos porque ele busca a vontade de Deus em sua Palavra, e não faz nada, não toma nenhuma decisão, não se precipita, sem buscar a direção de Deus. Ele recolha dia a dia ingredientes sólidos para construir sobre o verdadeiro fundamento. 
    2)TODO CRISTÃO AUTÊNTICO CONSTRÓI SUA CASA SOBRE O VERDADEIRO FUNDAMENTO (v. 24b)
    "... homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha."
    Subentende-se que o homem prudente aqui, não é o homem de sabedoria humana, mas sim o cristão autêntico, quebrantado e fiel à Palavra de Deus, que é praticante dela e não somente ouvinte. Se assim procedemos, estamos construindo no verdadeiro fundamento. Desprezar a Palavra de Deus é construir sobre a areia.
    Podemos mencionar os ingredientes presentes no verdadeiro fundamento, que são na verdade princípios e valores de Deus para nossa família: Santidade pessoal, Honestidade nos negócios, sinceridade diante de Deus e do meu cônjuge, comunhão diária com Deus, dentro e fora da igreja; culto doméstico famíliar, pureza na mente, no vocabulário, e no agir diante de um mundo pervertido; firmeza nos meus princípios (Daniel 1.8), e muitos outros. Escolha seus ingredientes.
    3) TODO CRISTÃO AUTÊNTICO TEM SUA CASA PRESERVADA POR QUE ESTÁ SOBRE A ROCHA. (v. 25)
    "e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto sobre aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha."
    O principal objetivo do lobo, é destruir os lares e devorá-los. O diabo, nosso adversário anda rugindo buscando quem possa tragar. Se quisermos ter uma prova visível de todas as catástrofes familiares, é só ligarmos a TV e acessarmos os noticiários. 
    O mundo, que infelizmente está sob a influência do maligno tem usado de todas as suas forças e estratégias contra as famílias. Um arsenal pesadíssimo está sendo usado contra os lares, como por exemplo, a promiscuidade, a lascívia, o homossexualismo, o sexo antes do casamento, a banalização do relacionamento conjugal, pedofilia, violência familiar, mentiras, adultérios, e muitas outras "novidades" antigas do Éden que são apresentadas com o seguinte rótulo: "não tem nada a ver".
    Por causa dessa maldita frase, muitos estão condenando seus lares à ruína completa, porque usam esses engredientes ineficazes, e reprovados por Deus na construção de suas vidas. Existem por causa disso, muitos pais e mães sofrendo, chorando por causa de suas famílias, porque escolheram alicerçá-las na areia.     Quando os ventos vieram, suas vidas vieram ao chão. Há muitas famílias que embora até sejam religiosas estão desprezando os ingredientes de Deus na condução de seus lares. Suas casas estão caindo, suas vidas estão desmoronando. Os ventos não param de soprar sobre os lares, e eles tendem a aumentar. Qual vai ser sua atitude? Qual será sua resposta?
    Quero concluir, enfatizando qe o Espírito Santo pode colocar em nosso coração o propósito de santificar nossa família e consagrá-la a Deus. Isso não é um ritual isolado como muitos que vemos por aí, mas é um estilo de vida, um compromisso, um voto, uma renovação de aliança com o Pai. A escolha é nossa. Qual vai ser nossa escolha diante da edificação do nosso lar, nossa família, nossos projetos, enfim, nossa vida. Qual será o alicerce, a base, os ingredientes que usaremos? A areia ou a rocha? A Palavra de Deus é a base inabalável, Jesus é a Rocha inabalável, lembre-se do Salmo 127.1:
    "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam."
    Deixe o Senhor com seus ingredientes, construir sua casa, enfim sua vida. Não troque a receita de Deus pela mentira do mundo. Não substitua a rocha pela areia. Que Deus o abençoe ricamente e construa seu lar na Rocha que é Jesus.

Reverendo Adeir Goulart da Cruz

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CONHECENDO QUEM NÓS ADORAMOS (ATOS 17.16-34)


    O Darwinismo já completou mais de 200 anos em todo o planeta. Charles Darwin é conhecido por ter elaborado a mais controversa teoria, que revolucionou a ciência e a religião: A Tese do Evolucionismo, através da seleção natural das espécies. Essa teoria tem , causado muitos estragos sobretudo na mente das crianças, que infelizmente são educadas pela maioria dos pedagogos, desde pequenas aprendendo que Deus não existe e que portanto nao criou nada.  
    Darwin, quando ainda moço, foi aconselhado pelo pai a cursar um curso teológico numa escola na Inglaterra. Mas depois de alguns anos abandona redicalmente o curso e o protestantismo e se ocupa da pesquisa científica. Em muitas de suas viagens biológicas coletou informações suficientes para formular a mais famosa tese científica: a tese do evolucionismo. 
    Essa tese afronta as Escrituras porque ofende a Deus ao colocar a existência do mundo bem como a evolução das espécies como um mero acidente, uma eventualidade produzida pela seleção natural. Ele afirma em sua teoria que não foi Deus quem criou o mundo, mas tudo veio a existir do acaso natural. Retrocedendo a alguns bilhões de anos atraz, os cientistas resolvem fundir a teoria da evolução, ao big ben.
Infelizmente as instituições de ensino "laicas" e não cristãs estão hoje ridicularizando o criacionismo. Notem que a maioria das teorias evolucionistas nunca foram realmente provadas, não no campo da religião, mas no próprio campo da ciência. Muitos de seus testes foram imprecisos, negativos, ou contraditórios, como é o caso do teste do carbono 14. Vejo que é necessário muito mais fé para acreditar nessas teorias do que acreditar nas Escrituras Sagradas. A Bíblia se prova por ela mesma e para que os céticos e incrédulos não tenham dúvidas, basta recorrer à pesquisa científica para constatarem que a Bíblia tem sido comprovada pela ciência. No entanto essas provas são necessárias apenas para os admiradores das teorias de Darwin, e não para nós os que cremos.
    O texto que foi proposto para nossa meditação traz na verdade o outro lado da moeda. Se existe também o extremo do racionalismo evolucionista, que agride a pessoa e os atributos de Deus, existe também o extremo do paganismo que adora tudo o que vê pela frente. O politeísmo. O homem é um ser religioso como ensinou Calvino, ao afirmar que no seu interior reside o Sensus Religiones, ou o Sensus Divinitatis. É a consciência inconsciente de que dependemos de alguém superior, e devemos nos empenharmos para o encontrarmos e o cultuarmos. Até os ateus mais convictos possuem essa marca. Até nas tribos mais remotas e não catequizadas, os tribais escolhem seus Deuses e o adoram, como tal, como por exemplo: a água, o sol, alguns animais, e outras figuras que são frutos das invencionices dos homens.
    O texto que lemos não trata de Ateus, porém de homens excessivamente religiosos. O texto não aponta aqui pessoas incultas, mas homens letrados, doutores, profundos conhecedores da cultura Helenista, homens extremamente racionais, que buscavam o transcendente, o sobrenatural, o metafísico. Esses homens com quem Paulo se depara na Grécia, adoravam tudo o que viam pela frente e que pudesse lhes oferecer algum tipo de cultura, de sabedoria ou explicação racional. Eram portanto, homens sábios, filósofos, epicureus de uma inteligência privilegiada, pessoas cultas que criam em muitas divindades.
    A idolatria nessa cidade era tão intensa que o Espírito Santo conduz Paulo até o areópago e lá ele se depara com toda sorte de estatuetas que representavam os Deuses do Olimpo, e talvez muitos outros. Com certeza, enquanto Paulo percorria os corredores da sabedoria ateniense dentro desse areópago, se deparava com as estátuas de Afrodite, Zeus, Hermoes, Hércules, e talvez até mesmo Sócrates, Platão, e outros grandes nomes. Acredito que Paulo não se assustou com todas essas figuras, porém algo lhe chama atenção. Um palanque, talvez um suporte, um receptáculo em certa altura desse areópago estava vazio.         Tudo nos leva a crer que todos os suportes preenchidos com suas estatuetas tinham o nome de cada figura. Mas esse último não. Havia uma epígrafe que dizia: "Ao deus desconhecido". O Politeísmo era tao exacerbado que eles dedicaram esse altar a um deus que eles ainda não tinham tido a oportunidade de conhecer. Isso implica que eles estavam adorando o que eles nao conheciam.
    O que eu gostaria de propor-lhes nesse meu discurso, é justamente o que ja foi mencionado até agora: a necessidade de conhecermos o Deus a quem nós servimos e adoramos. Não adianta oferecermos a Deus nossos rituais, se não o conhecermos. Nos tornaremos tais como os Atenienses. Os Agnósticos admitem que Deus existe mas não pode ser conhecido. Porém, eu vos afirmo, que Deus existe e deseja ser buscado, conhecido e adorado. Deus se preocupa com a humanidade, por isso ele quer ser conhecido.
    Eu lhes faço essa pergunta, amado leitor: Deus pode ser realmente conhecido? Oséias 6.3 nos assegura que sim: "corramos e prossigamos em CONHECER ao Senhor". Mas como eu posso me aproximar desse Deus tão tremendo e terrível, conhecido por muitos, mas uma incógnita para outros. Deus quer ser conhecido por todos os seus filhos. As Escrituras  Sagradas nos asseguram que:
    1) DEUS PODE SER CONHECIDO PELA CRIAÇÃO (Salmo 19.1)
    "Os céus proclamam as obras de Deus e o firmamento anunciam as obras de suas mãos".
    A grande insensatez do evolucionismo é atribuir toda a criação ao acaso; a grande insensatez dos gregos aqui no texto era atribuir a criação aos deuses do Olimpo; a grande insensatez do ateísmo evolucionista é creditar a criação ao acaso, a um acidente de percurso, a uma existência progressiva não programada que se seleciona por si mesma. Os primeiros capítulos do livro de Gênesis nos garante que foi Deus quem criou o universo em seis dias e no sétimo descansou. E tudo o que criou, Ele o formou de forma coordenada, inteligente, cuidadosa, para louvor de sua própria glória. Veja:
     "Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas" (Rm 1:19-20).
    Deus se revela em sua criação. Quando olhamos para todo o cosmos por ele criado, chegamos a inevitável conclusão de que isso tudo a nossa volta não pode ser fruto de uma catástrofe natural, mas sim obra de Alguém inteligente, poderoso, e tremendo. O transcendente então se funde ao imanente, e conhecemos a Deus muito mais de perto.
    Calvino pregava que o Sensus Divinitatis podia ser satisfeito na medida em que conhecemos a Deus. Isso implica que embora eu adore a Deus, preciso crer que Ele formou todas as coisas, e me aproximar confiadamente ao seu trono (Hebreus 4.16)

    2) DEUS PODE SER CONHECIDO PELA SUA PALAVRA (2 Timóteo 3.16)
    "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a educação na justiça, (...)".
    Deus se revela nas Escrituras inspiradas por Ele mesmo. Ele pode ser conhecido pela sua própria Palavra revelada. Deus instrui, alimenta, e se revela ao cristão por intermédio de sua própria Palavra. Preciso buscar mais a Deus na sua Palavra, para conhecê-lo mais e mais. Não adianta adorarmos o que não conhecemos. Deus formou todas as coisas por intermédio de sua própria Palavra. Deus formulou seus eternos decretos por intermédio de sua Palavra. Através de seus eternos decretos podemos conhecê-lo. Veja o que preceitua a Confissão de Fé de Westminster sobre a revelação de Deus aos homens em sua Palavra: 
    "Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência manifestam de tal modo a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, todavia não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade, necessário à salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda". (Confissão de Fé de Westminster, 1:1).

    3) DEUS PODE SER CONHECIDO NA PESSOA DE CRISTO JESUS, SEU FILHO (João 14.8,9)
    "Replicou-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Felipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem vê a mim vê o meu Pai; como dizes tu, mostra-nos o pai?" 
    Deus se revela na pessoa de Seu filho, Jesus Cristo. João 1.14 nos afirma que Jesus o Verbo, pré-existente com o Pai na eternidade, deixou sua glória para encarnar como figura humana, mas os homens viram sua glória, glória como do Unigênito do Pai. Deus se torna conhecido através de Jesus Cristo. Quem conhece a Jesus, conhece o Pai, uma vez que Ele é a ponte para chegarmos ao Pai (João 14.6). Não há como conhecermos a Deus se não crermos em seu filho e o conhecermos como Senhor e Salvador. Se Jesus é o caminho, Maria seria para muitos o atalho? Na verdade não cremos assim. Deus pode ser conhecido pela natureza, pelas Escrituras mas também somente pelo seu Filho Jesus Cristo e por nenhum outro caminho. 
    O embuste do evolucionismo de do ateísmo são grandes contradições que fogem à lógica, uma vez que para se crer em fábulas e explosões e de metamorfoses é necessário como disse no início, uma fé imensa.
Mas que hoje você possa ser um combatente dessas falácias, um servo fiel a Deus que o conhece profundamente. Conheça a quem você serve e adora. Deus quer se revelar à você e compartilhar seus segredos. Busque conhecê-lo por todos os meios que ele nos concedeu: pela criação, pela Palavra, e pelo seu Filho Jesus. Em nome de Jesus. 
Reverendo Adeir Goulart da Cruz

domingo, 2 de dezembro de 2012

QUANDO DEUS NOS REPROVA (1 SAMUEL 4.1-22)


    Vivemos um tempo em que poderíamos entitular de "Tempo da Estereotipação". Nem mesmo sei se essa palavra existe, no entanto o que eu quero elucidar aqui é que na atual era, as pessoas são medidas pelo que elas aparentam ser. De fato, as aparências realmente enganam, pois não conhecemos o que está por trás da carcaça humana. Somente Deus conhece nossos corações.
    Em nosso relacionamento com Deus, ninguém pode especular se estamos sendo sinceros, ou não, se estamos procedendo corretamente ou nao, ou se estamos realmente sendo fiéis e santos diante dele, ou não. No entanto, nossos crimes contra a Santidade do Senhor se tornam evidentes, em nossos comportamentos e podem se tornar nosso cartão de visitas. Aí nesse caso eu digo que as aparências não enganam. Quando nossos erros contra o Altíssimo são evidentes a todos, nos tornamos de fato, aquilo que fazemos
    O texto proposto para nossa meditação traz a história de uma família sacerdotal em Israel, que teve infelizmente sua linha ministerial bruscamente interrompida por brincarem com o próprio Deus: A família de Eli. Eli era o sacerdote que assistia na casa do Senhor, nos tempos em que o mancebo Samuel foi entregue por sua mãe para morar na casa do Senhor até o fim de seus dias, e cursar a academia profética em Israel.
    Porém, antes que Samuel crescesse e se tornasse profeta e sacerdote, havia dois alunos de Eli, que desprezavam os ensinamentos do Pai: Seus próprios filhos, Hofni    e Finéias. Esses dois mancebos morreram de forma trágica, porque provocaram o Senhor à ira. Tombaram no campo de batalha, numa invasão dos filisteus, a arca foi tomada, a esposa de Finéias, ao saber da arca que foi tomada, da morte do sogro, de seu marido e de seu cunhado, dá ao seu filho antes de morrer, o nome de Icabô que quer dizer, "Foi-se a Glória de Israel").
    Mas o que acarretou tudo isso? Por que Deus os reprovou? Por que a Glória de Deus se retirou do arraial de Israel? Quando é que Deus nos reprova? Quando é que a Glória de Deus se retira de nós, ao ponto da derrota e o choro baterem em nossas portas?
    Deus nos reprova quando:
    1) NÃO NOS IMPORTAMOS COM ELE. (2.2) 
Hofni e Finéias não se importavam com o Senhor. Isso quer dizer que Eles não levavam Deus à sério e ignoravam sua Palavra. Seguiam outra linha, mas não a linha sacerdotal preceituada pela lei de Deus. Não estavam se importando se Deus os reprovaria ou não. Quando não nos importamos com Deus somos reprovados por Ele em todos os nossos atos.
    2) DESOBEDECEMOS SUAS PALAVRA  (13-17)
    Hofni e Finéias não respeitavam a Deus, portanto quem eles respeitariam? Eles desobedeciam a Lei de Deus, que ensinava como o sacerdote deveria entregar a oferta anual de cada ofertante. Esses dois, confundiram as coisas. A oferta não era para os Sacerdotes, mas sim para Deus. Profanaram toda a cerimônia em que pessoas levavam seus animais para serem imolados, e comiam antes da hora, não respeitavam as pessoas nem a Deus e eram relaxados em seu ofício. Mesmo sendo advertidos muitas vezes pelos ofertantes, eles não davam ouvidos a ninguém. Desobedeceram a Palavra do Senhor. Quando sabemos o que devemos fazer e não cumprimos, somos reprovados por Deus.
    3) QUANDO VIVEMOS UMA VIDA DE MAU TESTEMUNHO (2.22-25)
    É a primeira vez que leio na Bíblia uma referência que diz que Deus queria matar alguém. Os pecados desses dois jovens era tão graves e repugnantes que o Desejo de Deus era os consumir. A Palavra de Deus nos assegura que a quem muito for dado muito será cobrado. Esses dois receberam incumbências importantíssimas e sabiam perfeitamente qual era seu papel em Israel. 
    Deveriam dar bom exemplo de santificação e consagração diant de todo o arraial de Israel, porém estavam levando o povo a pecar. O pensamento do povo provavelmente era o seguinte: se os sacerdotes podem viver como bem entendem, por que não nós?
    Viviam uma vida de prostituição, se deitavam com as mulheres que assistiam na tenda da congregação, a ponto de suas famas se espalharem em todo o Israel. Foram reprovados por Deus porque eram impuros, e não davam uma vida de bom testemunho. Deus nos reprova quando não vivemos o evangelho puro e simples que nos ensina a sermos santos, como Deus o é.
    4) QUANDO NÃO TRATAMOS SERIAMENTE COM O PECADO (3.13)
    As atitudes de Eli com relação aos seus filhos era como aquela atitude de um pai que corrige seu filho mais ou menos assim: "Se comporta, menino, senão você vai ver", e isso se repete, mas nada acontece. Eli sabia dos crimes de seus filhos, chamou-lhes a atenção, não lhe obedeceram, então algo mais severo deveria ter sido feito.
    Porém o pecado desses jovens foi tolerado. Eli fez "vista grossa" quanto aos crimes sacerdotais. Deus não tolera o pecado. O homem sim. Muitas vezes sofremos inúmeras tribulações que podem ser sentenças de Deus contra nossa iniquidades, mas fingimos estar tudo bem, e vivemos como se nada tivesse acontecendo.
    Deus foi muito severo e justo com a casa de Eli, porque todos ali tiveram chance de se arrependerem, mas ignoraram as oportunidades, como consequência Deus trouxe sobre eles e sobre todo o Israel que os imitava, uma série de flagelos. (2.27-36; cap. 4 e 5).
    Não podemos experimentar flagelos por causa de nossos crimes contra o Altar de Deus erigido em nossas vidas. Deus nos reprova quando fazemos de conta de que não precisamos nos arrependermos e santificarmos nossas vidas. Que essa mensagem atinga sua alma e te faça entender que Deus quer nos aprovar (...confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos. Salmo 90.17). A aprovação de Deus significa sua bênção sendo derramada, e a vitória nos alcançando. A reprovação de Deus significa que estamos destituídos de sua glória, e precisamos mudar de atitude. A escolha é nossa. Que Deus te abençoe ricamente.  

Reverendo Adeir Goulart da Cruz