domingo, 14 de julho de 2013

A TRIADE DA GRAÇA – II TIMÓTEO 1.7


     Em todos os seguimentos de nossas vidas, necessitamos do auxílio do Alto. Ninguém é autônomo em sua própria existência. Somos dependentes de Deus até mesmo para respirarmos. E quando nos faltam forças, e nossos pés começam a resvalar, Deus Onipotente vem em nosso socorro.
      O apóstolo Paulo em sua segunda carta escreve ao seu jovem e amigo pastor na cidade de Éfeso, Timóteo na intenção de auxiliá-lo no ministério tendo em vista que o tempo da morte de Paulo já se aproximava como ele mesmo sentia. Os desafios eram muitos, e mesmo aprisionado, Paulo encorajava seu amigo a não desistir e não se acovardar diante das perseguições e dificuldades que surgiriam em sua vida como pastor nessa cidade extremamente pagã.
   Creio eu que os desafios enfrentados por Timóteo em Éfeso eram não somente no ministério, mas em todas as áreas da carreira humana, e Timóteo deveria enfrentá-los como hoje nós também o devemos. Porém sem o revestimento da graça de Deus, não poderemos vencer nenhum desafio, seja ele espiritual, ministerial ou material. Para isso é importante destacarmos que não devemos recuar diante dos problemas. Deus não nos deu espírito de covardia. É evidente que muitos hoje se acovardam seja em face as perseguições ou em face ao desânimo. Essa palavra encorajadora vem de encontro às necessidades pastorais de hoje, e eu como pastor as possuo de forma acentuada, mas também à todo cristão que não pode se acovardar mediante os desafios diversos.
      Deus reveste o crente de uma graça insondável que se divide em vários braços. E o Pastor Timóteo foi alvo dessa graça maravilhosa, o que lhe proporcionou êxito em sua  jornada. Hoje nós também devemos nos despir de toda covardia, medo, inércia ou retrocesso, e nos revestirmos da graça maravilhosa de Deus que é aplicada segundo o texto que lemos de forma tríplice:
     1) PODER – Capacitação do alto. Esse poder com toda certeza não é o poder do braço humano, mas o poder que vem de Deus. Deus quer nos revestir de poder e autoridade, aos ministros para suportarem o jugo do ministério, à igreja para resistir às provações. Com certeza, aqueles que se acovardam perdem suas forças. Deus nos conclama a nos revestirmos do seu Poder e da sua Força (Efésios 6.10). Revista-se do poder do Onipotente, não se acovarde. Enfrente seus desafios de frente, com coragem e creia no poder de Deus.
     2) AMOR – O amor dá equilíbrio ao poder. Toda autoridade exercida sem piedade, sem amor, sem humildade se torna tirania. O que Paulo apresentava a Timóteo era que o amor é o vínculo da perfeição (Colossenses 3.14). Sem amor, fracassamos em nossa missão (1 Coríntios 13), mas Deus deseja nos revestir desse amor que se torna a rota para uma vida perfeita e aceitável aos olhos de Deus. É o amor a Deus e às pessoas que contrabalanceia nosso orgulho. Quem se acovarda, não sente amor, mas sim, medo. Paulo recomendava a Timóteo que exercesse seu ministério não com covardia mas com poder e amor e assim ele seria bem sucedido na igreja que pastoreava. Isso implica, que poder e amor não podem ser desvinculados um do outro. O amor de Deus precisa estar presente em todas as nuances de nossa existência.
     3) MODERAÇÃO – A moderação nos dá idéia de equilíbrio, sobriedade, saúde mental, sabedoria na condução de algo. Paulo dizia a Timóteo: “Meu amigo e irmão, seja equilibrado em suas decisões, em seu comportamento, em seu falar.” Que todos o conheçam como um crente moderado (Filipenses 4.5). Precisamos buscar do alto o equilibrio seja no ministério, ou seja no dia a dia. Poder sem amor e sem moderação se torna ditadura, e talvez a pior de todas. A ditadura espiritual. Ela é refletida de forma muito negativa, quando somos dominados pela falta de amor e pela arrogância e falta de equilíbrio como crentes, o que ocasiona a perda do poder de Deus.
     Que Deus afaste de nós toda covardia que muitas vezes norteia e direciona nossas atitudes, mas que possamos ser impactados pelo Poder de Deus, que opera em nós (Efésios 3.20), que o amor de Deus que é a estrada da perfeição possa anular o nosso ego humano, e em nome de Jesus, que sejamos moderados, equilibrados, sóbrios, conscientes de que estamos agindo na direção do Espírito de Deus.

Reverendo Adeir Goulart da Cruz

domingo, 7 de julho de 2013

TRÊS DESCUIDOS FATAIS (2 CRÔNICAS 26.1-23)


O que determina se somos fracassados ou mais que vencedores? Com certeza não são nossas conquistas pessoais, nossas façanhas, nossos empreendimentos bem sucedidos, enfim nosso bem-estar pessoal aqui nessa terra, e sim nosso coração depositado aos pés do Senhor, nossa submissão a Ele e sobretudo atitude de obediência.
Judá enfrentava nos tempos do rei Uzias um período de tensão devido as constantes invasões, e as constantes transições monárquicas prejudicavam a consolidação do reino. Após a morte de Amazias, Uzias, seu filho ocupa o trono em seu lugar e reina num período próspero de 52 anos em Jerusalém.
As façanhas e as invenções de Uzias trouxeram 52 anos de paz, segurança e prosperidade à nação. Edificou a Elate (rota marítima) de Salomão e Josafá; Derrotou os filisteus ao quebrar seus muros (Gate); Edificou cidades no território de Asdode e entre os Filisteus; Venceu os Arábios; Ficou famoso pelas suas realizações ao ponto de receber presentes; Edificou torres em Jerusalém, e as fortificou; Edificou torres no deserto; Cavou cisternas; Fortaleceu a agricultura e a pecuária; Fortaleceu o exército construindo novas armas e máquinas a frente de seu tempo;  Enfim, foi um ótimo administrador e estrategista. Porém cometeu três falhas fatais em seu governo, que alavancaram seu fracasso e sua morte.
Uzias descuidou-se da vida espiritual da nação. Ele permitia que o povo queimasse incenso a outros deuses e não removeu o paganismo religioso em Judá.  (2 Reis 15.4) Foi fraco no que tange a vida espiritual da nação. Quando nos esquecemos o principal estamos fadados ao fracasso, inevitavelmente, se não mudarmos. O principal é estarmos prostrados aos pés do Senhor. O fracasso de Uzias se deu quando esse se descuida da vida espiritual da nação, embora não se esquecesse de outras áreas, porém, a principal não pode ser menosprezada. Quais os erros fatais que não podemos cometer como servos de Deus?
          1)  ORGULHO (CORAÇÃO EXALTADO) – (16). Em momento algum encontramos Uzias cultuando a Deus como forma de gratidão por suas conquistas. Mas devido a suas façanhas se tornou mui forte e poderoso e muito orgulhoso, e começou a pecar contra o Senhor. Não podemos nos orgulhar nem do que somos nem do que temos. Pois se conquistamos algo devemos atribuí-lo ao Senhor e não a nós mesmos.
 2) FAZER O QUE NÃO COMPETE A NÓS (USURPAÇÃO) – (16-18). Devido ao seu coração exaltado e tomado pelo orgulho, Uzias se esqueceu de que não lhe competia administrar as coisas sagradas do santuário, e sim aos sacerdotes, da linhagem de Arão. Isso implica que devemos respeitar nossos limites e não tocar nas coisas sagradas indevidamente, com mãos sujas e principalmente fazer algo que o Senhor não nos ordenou. Uzias achou que poderia ocupar esse ofício já que ele se dava bem em todas as coisas até aí. Ele desprezou a liderança espiritual da nação, sendo que deveria baixar decretos para purificar a nação da idolatria e não o fez.
 3) NÃO ACEITAR A REPREENSÃO (REBELDIA) – (19). Uzias teve a chance naquele momento de se arrepender e pedir perdão, o que não fez, preferindo arcar com os prejuízos de sua rebeldia. Ele se indignou, brigou, relutou contra a repreensão dos sacerdotes, tentando persuadi-los a deixá-lo queimar incenso no santuário, provavelmente afirmando que quem mandava ali era ele, ele era o rei e ele tinha autoridade. De fato como diz as Escrituras, Deus resiste aos soberbos, mas da graça aos humildes. Mas penso que os soberbos em sua rebeldia e quem estão mais resistindo a Deus e Deus por sua vez se opõe a eles. Uzias foi cortado do trono ainda jovem. Poderia ter reinado ainda mais. Mas escolheu o caminho da rebeldia e se tornou leproso, dando o trono para Jotão, seu filho. A morte de uzias chega a causar intensa preocupação aos moradores de Judá nos tempos do Profeta Isaías (Isaías 6.) Mas Deus é quem estava governando com controle absoluto e não o rei Uzias.
Nossas conquistas pessoais não são necessariamente prova de uma vida aprovada por Deus. Podemos realizar muitas façanhas como o fez o rei Uzias mas se o coração estiver afastado do altar do Senhor, e se formos tomados de orgulho, tudo pode vir a desmoronar, e nossa lepra espiritual pode ser exposta. Que em nome de Jesus possamos sempre colocar O Senhor em primeiro lugar em nossas vidas e assim termos uma vida bem sucedida, longa e dentro dos propósitos do Altissimo.


Reverendo Adeir Goulart da Cruz

sexta-feira, 7 de junho de 2013

APRENDENDO NA ESCOLA DO DESERTO (ÊXODO 33.1-23)


A vida cristã é uma caminhada difícil que muito se assemelha ao deserto. O deserto, na verdade, é algo necessário, inevitável porém, transitório. É no deserto que somos acometidos pelo calor, mais Deus envia sua nuvem; no deserto somos envolvidos pelo frio e pela escuridão, mais a coluna de fogo nos aquece e nos ilumina; no deserto sentimos fome e sede, mais recebemos o maná de Deus que sacia a nossa fome e a água da rocha que supre a nossa sede; no deserto estamos cercados de cobras e escorpiões, mais a mão do Senhor nos ampara e nos preserva de todo mal. O deserto é indispensável para o tratamento do nosso caráter cristão. No deserto aprendemos a andar com Deus e a confiar nele. Entre o Egito (mundo) e Canaã (Céu), temos de  atravessar o deserto (lutas, tentações e provações), o deserto é um local de tratamento de caráter. O povo de Deus venceu os egípcios. Saiu da escuridão, da opressão, da morte iminente. O desafio agora era outro: o deserto.
Moisés é usado por Deus que com forte braço libertou o seu povo. A caminhada não seria fácil, porém Deus estava presente em cada centímetro dessa caminhada. No deserto que atravessamos, Deus está conosco.  Moisés aprendeu lições valiosas na sua caminhada com o povo de Israel no deserto. A ligação que Moisés tinha com Deus e a forma com que Deus tratava com Moisés é algo impressionante. Moisés buscou o Senhor com sinceridade, paixão e entrega total. Ele ansiava por Deus. 
Precisamos buscar a presença de Deus nesse deserto. Aprender com Deus como Moisés aprendeu. O deserto é uma escola onde nos ensina:
         1) Intimidade com Deus (v. 9-11): Moisés tinha uma comunhão, intimidade, enfim, uma forte ligação com Deus. Deus também tinha intimidade com Moisés ao ponto de tratá-lo com um amigo. Salmos 25.14 nos diz que a intimidade do Senhor é para com os que o temem,  e a estes Deus os fará experimentar a sua aliança.
Sem intimidade com Deus, não suportaremos os desertos da vida. Em todas as tendas de Israel, Moisés não encontrou amigos como seu Deus. Seja íntimo de Deus. Converse com Ele, admita suas fraquezas, desabafe, chore, busque seus conselhos, Ele é o amigo fiel.
        2) Dependência de Deus (v. 12- 16): Moisés tinha convicção de que não poderia seguir viagem ou tomar qualquer outra decisão importante como líder se Deus não estivesse com ele, isto é, aprovando suas decisões. Em João 15.5, Jesus, a videira verdadeira, traz um princípio que se aplica não somente à frutificação dos servos, mas às nossas realizações e qualquer decisão que formos tomar, “sem mim, nada podeis fazer”.
Moisés entendeu isso e sabia que não poderia arredar o pé daquele acampamento sem ter a certeza de que Deus era com ele. Dependa de Deus meu amado, não faça nada sem ele não aprovar.
         3) Anseio pela glória de Deus (v. 17-23): Moisés tinha intimidade com Deus, aprendeu a depender de Deus, mas o maior sonho dele era contemplar a glória de Deus, ver a Deus face à face. Porem, Deus na sua infinita misericórdia permite que Moisés o veja “pelas costas”, isto é, por traz da fenda de uma rocha, quando resplendor e o brilho da presença do Senhor se dissipavam. Creio que nesse plano terrestre e nessa natureza corrupta, não suportaríamos a glória de Deus. Mas na nova Jerusalém, veremos a Deus face a face.Eu estava meditando sobre isso e comecei a clamar: “Senhor, mostra-me a tua glória!” nem que seja pelas costas.
        O anseio pela presença de Deus e o desejo de contemplar a sua glória, deve ser o alvo de todo cristão. Aprenda na escola do deserto que Deus está contigo. O deserto é um local de aprendizagem e não um local permanente. A duração desse curso intensivo depende de cada um!    
                                                                                                                           
  Reverendo Adeir Goulart da Cruz


sexta-feira, 10 de maio de 2013

Entra na Arca com sua Família (Gênesis 7.1-24)


   A família foi, é e sempre será um glorioso projeto de Deus. Mesmo com todos os ataques do adversário e as investidas desse mundo depravado e em progressiva convulsão social, a família prevalecerá.
Desde o início, Deus planejou a família ideal que vivesse em total santidade. Mas isso não aconteceu. O pecado entra na vida do homem e a sentença é pronunciada: a morte (Rm. 6.23). a maldade e a corrupção do homem se ploriferou sobre a terra, e o juízo de Deus foi anunciado (Gn 6.1-7). Deus resolve “limpar” a terra, exterminando os iníquos. 
Porém ele encontra um homem fiel: Noé (Gn 6.8-9) e olha para sua família com graça e misericórdia. Essa família era provavelmente um modelo para aquela geração contaminada.
Para salvar esta família, Deus projeta uma arca e manda que Noé construa e coloque nela sua família junta com alguns animais. Somente nesta arca haveria salvação da grande destruição. Deus de forma graciosa e amorosa, dá uma ordem a Noé e sua família que precisa ser obedecida ainda hoje por nós e por nossas famílias “... entra na arca, tu e toda a tua casa...” (Gn 7.1)
Nesta história extraímos três lições sobre a graça e o amor de Deus pelas famílias:
1.     Deus tem um plano salvífico para a família: notem que a idéia da arca partiu de Deus, e não de Noé (Gn 6.14-16). O projeto da arca foi iniciativa de Deus e não de Noé. Deus tem um plano de salvação para nossas famílias e sua graciosa ordem é essa: “entra na arca com sua família”. Arca significa salvação,graça, cuidado, preservação. Sua família está a salvo? Sua família está dentro da arca? Esse barco que nos referimos hoje é Jesus. Entra na arca já!
2.     A porta vai ser fechada: segundo algumas suposições, Noé levou cem anos para construir a arca (Gn 6.32; 7.36). O que mais importa é que durante a construção, ele anunciou o juízo de Deus, que por sua vez, não foi ouvido. Muitas famílias, aliás, toda aquela geração, pereceu condenada pelas águas do dilúvio (I Pe 3. 18 –22).
Todas aquelas famílias desperdiçaram suas vidas e a chance de se salvarem. A porta foi fechada pelo próprio Deus. Não perca tempo, a porta vai se fechar. Entra na arca já!
 3.  Fora da arca só há morte: não havia nenhum lugar seguro na terra para se esconder. Todas as famílias que se negaram a entrar na arca, pereceram. Somente quem estava na arca, estava salvo. Fora da arca, fora de Jesus, só existe morte. Morte em todos os sentidos. (Jo 3.18-19).
Infelizmente, muitas  famílias hoje estão rejeitando a oferta de salvação e se não entrarem na arca, sofrerão gradativa destruição, culminando em morte. Deus nos dá a opção: vida ou morte? Benção ou maldição? Jesus ou o mundo? Mas a ordem amorosa de Deus é essa: Entra na arca já! A destruição se aproxima. Venha para Jesus, você e sua família.
Deus não sente prazer na morte do ímpio, mas deseja que este se arrependa (Ez 18.23). Deus ama sua família, tanto que enviou Jesus, seu próprio filho para salva-la. É necessário, porém que você e sua família entrem na arca. Essa arca é Jesus. Não perca tempo, traga sua família à Jesus e salve enquanto há tempo.Deus te abençoe. 
                                                                                                  Reverendo Adeir Goulart da Cruz  

domingo, 24 de março de 2013

O TRIPÉ DA RESTAURAÇÃO SALMO 126


      Nossa vida é uma verdadeira maratona. Vencemos algumas milhas, mas ainda há um longo caminho a ser percorrido. No percurso dessa longa jornada, encontramos muitos e muitos obstáculos que precisam ser transpostos com ânimo e confiança no poder do altíssimo.
      Encontramos também no meio desse trajeto doloroso, inimigos dos nossos sonhos, inimigos da nossa felicidade, opositores às nossas realizações pessoais. E travamos uma luta  ferrenha contra esses inimigos que muitas vezes nos deixam esgotados, desanimados, feridos e tristes. E os estragos podem ser terríveis.
    Nessa trajetória somos muitas vezes assaltados, feridos e massacrados pelas circunstâncias da vida que tentam nos afligir de todas as maneiras. Precisamos de restauração. Restauração do ânimo, dos projetos pessoais, da motivação, da fé, e de todos os elementos necessários para que caminhemos com alegria à carreira que nos está proposta. Somente nosso Deus pode nos restaurar por completo.
      O povo de Deus após os 70 anos no cativeiro babilônico vivia o sonho da tão sonhada liberdade. Pareciam que estavam sonhando. Deus atendeu ao clamor do remanescente fiel, e devolveu seu povo à sua terra natal. 
      Esse povo precisava de uma restauração familiar, uma restauração moral, uma restauração física, uma restauração emocional e psíquica, uma restauração religiosa, enfim, uma restauração de todos os seus sonhos. Agora podiam voltar para Jerusalém, porém esse processo, o de restauração e reconstrução do que antes fora destruído duraria ainda muitos e muitos anos. O povo viveu essa restauração no passado, presente e futuro.
o povo deveria ter na mente o seguinte tripé, que sustentaria o sucesso tão pretendido por todos, e esse tripé é o que consumaria a restauração de suas vidas:
      1) LEMBRAR O QUE DEUS JA FEZ EM NOSSO PASSADO (v. 1-3). 
      Após os 70 anos de prisão, Deus finalmente abre as portas da liberdade para esse povo, permitindo que retornem para Jerusalém para reconstruírem o que foi destruído. É por isso que o Salmista diz "Quando o Senhor Restaurou...". O povo se lembra desse sonho maravilhoso que foi realizado.
      Se você quer experimentar o novo de Deus na sua vida, e Sua visitação restauradora, em primeiro lugar, reconheça o que Deus já fez por você até aqui. Deus já lhe deu tantas vitórias, e se você ainda quer conquistar outras, admita que só chegou até aqui porque Deus te livrou, e sustentou e te abençoou.
   Nenhum ingrato alcaça a plenitude das suas realizações mas fica estagnado, murmurando sobre os problemas da vida, se esquecendo que há pessoas no mundo enfrentando problemas piores e mais severos do que os seus, e nunca reconhecem o que Deus já fez. Lembre-se meu amado, o que Deus já fez por você no passado, e creia que ele é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos conforme o seu poder que opera em nós (Efésios 3.20). Se Deus fez tudo por você no seu passado imagine o que ele ainda está por fazer
      2) CLAMAR PARA QUE DEUS VENHA INTERVIR EM NOSSO PRESENTE (v.4).
     O Salmista reconhecendo o que Deus fez pelo povo de Deus no passado agora confia que Deus pode também fazer alto tremendo no presente. Ele diz: "Restaura Senhor, a nossa sorte como as torrentes do Neguebe." O Neguebe era um rio que em tempos de seca  ficava bem vazio, mas nos tempos de cheia ele vinha com toda a sua força trazendo fertilidade às áreas secas. 
    Deus pode fazer hoje, seu deserto florescer novamente. Deus pode intervir no seu presente. embora você esteja atravessando os desertos da vida, o Neguebe de Deus vai passar trazendo vida, fertilidade, fartura, alívio, e tudo o que você necessita para sua vida. Nesse processo de restauração de vida e de sonhos, devemos agradecer a Deus pelo que Ele já fez, mas também precisamos clamar para que Ele faça algo hoje, enfim que ele intervenha nos nossos problemas trazendo restauração também hoje. Deus pode enviar seu rio e trazer alívio para sua sequidão. Clame a Ele hoje para que Ele te restaure também hoje.
      3) CRER QUE DEUS NOS FARÁ PROSPERAR NO FUTURO (v. 5,6)
  Deus é o mesmo ontem, hoje e será eternamente. Ontem porque nos abençoou tremendamente restaurando nossa vida, fazendo um milagre maravilhoso e inexplicável. Hoje, porque ele intervém no hoje porque nós não temos condições de resolvermos certos conflitos que vivemos, mas Ele é Deus e tudo pode fazer. Amanhã porque Ele é que projeta um novo futuro e faz com que o trabalho árduo de nossas mãos frutifiquem com júbilo.
    Deus pode projetar seu futuro, e te fazer prosperar em todas as áreas de sua vida. Ele pode converter o choro em riso, o pranto em alegria, o luto em festa, e fazer com que você prospere colhendo bons frutos, se você os semeou assim. Creia num amanhã melhor. Creia que Dias melhores virão. Deus está trabalhando durante todo sua jornada, e Ele foi quem a escreveu, e portanto, o desfecho é a vitória. Deus tem um amanhã melhor para você, agradeça a ele, clame e creia que Ele pode te dar uma vitória indizível. Aleluia!
      Passado, presente e futuro: gradidão, clamor e fé. São elementos que não podem faltar m nosso processo de restauração. Seja grato a Deus por tudo o que Ele fez em seu passado; Clame a Deus para que Ele intervenha no seu presente; Creia que o Deus que tudo pode fazer, fará prosperar o seu caminho, desde que você semeie a semente correta. Deixe Deus restaurar a sua vida.
Reverendo Adeir Goulart da Cruz.

segunda-feira, 18 de março de 2013

UNÇÃO PARA MUDAR – ISAÍAS 61.1-3


  Todos nós necessitamos de mudanças. É impossível caminharmos sem elas. É impossível vivermos o cristianismo bíblico sem seguir os passos da redenção. Quando falamos de mudanças, nos reportamos a todas as áreas de nossas vidas, mudanças que devem ocorrer de dentro para fora.
Na realidade somos traspassados quase que o tempo todo pelas flechas circunstanciais e no meio do campo de batalha muitas vezes tombamos esgotados, derrotados, oprimidos, tristes, sem direcionamento para nossos problemas, sem saber o que fazer. 
    Há momentos que parece que tudo está acabado. Não há saída. Não há possibilidade de mudanças. Nesse momento devemos reconhecer que de fato não temos poder para alterarmos o curso de nossas vidas. Não temos o poder sozinhos de reverter o quadro de derrota em vitória. Realmente, nós não temos esse poder mas o Altíssimo e Poderoso Deus possui todo o poder e está disposto a derramá-lo sobre nós, em toda sua plenitude. Sem esse revestimento do alto é impossível vencermos as lutas diárias. Somos sempre derrotados se lutarmos fora da dependência do Espírito Santo de Deus.
    O povo de Israel por diversos motivos precisava dessa Palavra de consolo vinda da parte de Deus. Eles haviam perdido a esperança. Muitos problemas como, por exemplo, pecados de idolatria, violência, desamor, infidelidade a Deus e isso tudo gerou como conseqüência a reprovação de Deus, escassez, invasões, muitas privações e diversos outros fatores que alavancaram a derrota e o período de cinzas, pranto e espírito angustiado.
   Sozinhos, jamais conseguiriam mudar de vida. Sozinhos eles jamais conseguiriam se reerguer. Sozinhos eles jamais alcançariam a vitória. O povo de Deus precisava das boas novas de salvação, e essa mensagem veio para oferecer-lhes a unção profética para alcançarem a vitória. Essa unção que estava sobre o profeta Isaías, e messianicamente sobre o Senhor Jesus, pode também ser derramada sobre sua vida, não importa a situação em que estejamos inseridos. Deus quer derramar sua unção que capacitadora para vencermos os infortúnios e trocarmos:
    1) CINZAS PELA COROA (v. 3a) – Cinzas significam algo que foi queimado, destruído, deteriorado por alguma razão. A situação de Israel era com toda certeza essa. Haviam abandonado o Senhor e por isso enfrentaram seu momento de cinzas e de derrota. Coroa significa glória, honra, vitória, algo que traz alegria, paz, algo que nos coloca numa posição de destaque, algo que exalta o ser humano. De fato todas as pessoas que eram coroadas publicamente eram homenageadas por alguma razão.
    A oferta que Deus faz ao seu povo é essa: trocar a derrota pela vitória. Cinzas pela coroa. O que Deus deseja fazer conosco com toda certeza é isso: trocar nossa derrota pela vitória, nos honrar no meio de nossas lutas. A Palavra do Senhor nos assegura em Romanos 8.37 que em Cristo somos mais que vencedores, pois ele removeu as cinzas a derrota, pela honra e pela vitória. Troque as cinzas da derrota pela Coroa da Vitória. (2 Tm. 4.8).
    2) PRANTO PELO ÓLEO DE ALEGRIA (v. 3b) – Eu e você, meu amado sabemos o que significa pranto. A Bíblia está repleta de expressões que retratam o coração triste, amargurado do homem.  As Escrituras nos afirmam em Neemias 8.10 que a alegria do Senhor é a nossa força. 
    Deus quer remover nosso pranto. O pranto gerado pelos problemas insolúveis. O choro causado pela tristeza que enfrentamos em todos os momentos de nossas vidas. Ele quer fazer essa bendita troca. De fato a promessa do Senhor é que Ele enxugará dos olhos toda lágrima (Apocalipse 21.4).
    Deixa Deus trocar seu pranto pela alegria, seu choro por júbilo. Ele quer sua felicidade, deixa essa unção transformadora penetrar no seu interior, e você será uma bênção nas mãos de Deus. Salmo 30.5 o salmista diz que podemos chorar uma noite inteira, mas pela manha o Senhor nos alegra. Aleluia. Troque seu pranto pela alegria do Senhor.
    3) ESPÍRITO ANGUSTIADO PELAS VESTES DE LOUVOR (v. 3c) – Coração deprimido é considerado pela maioria dos especialistas como o mal do século. A depressão pode bater a nossa porta. Ela pode trazer choro, dor, estagnação, murmuração, e muitos outros sintomas que retratam na realidade o desespero e a dor de alguém. Provérbios 17:22  diz: “O coração alegre é bom remédio, mas o espírito abatido faz secar os ossos.” 
   Deus pode colocar seu louvor em nossos lábios mesmo quando nós enfrentamos dificuldades e muito mais quando superá-las. Não podemos aceitar as vestes da angústia.    Mas devemos trocá-las pelas vestes de louvor. O profeta Habacuque mesmo sabendo o que estava por vir sobre todo o povo, mesmo recebendo de Deus a Palavra profética do juízo, declarou com suas próprias palavras em forma de oração: eu me alegro no Senhor, exulto no Deus da minha Salvação (Hc. 3.18). Quando nos revestimos de vestes de louvor reconhecemos o poder de Deus que tudo pode mudar. 
    Deus não deseja que sejamos quais árvores secas, podres, envelhecidas e infrutíferas, mas sim que sejamos Carvalhos de Justiça plantados, firmados, fundamentados pelo Próprio Deus. 
    Um carvalho se difere das outras árvores porque demora muitos anos pra crescer. Quanto mais temporais e tempestades o carvalho enfrenta, mais forte e adulto se torna. Suas Raízes naturalmente se aprofundam na terra e seu caule se torna mais robusto, sendo impossível uma tempestade arrancá-lo, ou derrubá-lo. As tempestades para ele não representam ameaça, apenas desafios. Os Geólogos usam o carvalho como um medidor de nível de tempestades ocorridos em florestas. Basta olhar a aparência do carvalho para eles saberem. Pois ele muda sua aparência, como se tivesse feito muita força, ele absorve os temporais e tempestades chegando até ficar disforme. Numa Grande Tempestade muitas árvores são arrancadas, mas o carvalho permanece firme. As tempestades não têm poder sobre ele.
    Receba a unção de Deus para trocar cinzas pela coroa, pranto por óleo de alegria, espírito angustiado por vestes de louvor, e viva como um carvalho de Justiça firme e inabalável.

Reverendo Adeir Goulart da Cruz

domingo, 3 de março de 2013

"JÁ FOI TARDE" - 2 Crônicas 21.1-20


    Nossa vida nessa terra é mais rápida do que imaginamos. As Escrituras nos asseguram que nós somos como uma fumaça que hoje aparece e amanhã ja se dissipou. (Tiago 4.13,14).
    No Salmo 90, o salmista Moisés também nos ensina em sua oração que todos os nossos dias se passam rapidamente na ira de Deus; acabam-se os nossos anos como um breve pensamento (v. 9). E nós não sabemos quanto tempo de vida ainda temos. Podemos partir para a eternidade a qualquer momento.
    Há duas verdades que precisamos encarar em nossa trajetória. É a certeza de que vamos morrer um dia, e ao mesmo tempo a incerteza porque não sabemos quando. A verdade é que toda vida na terra um dia acaba. Todos os seres vivos, animais e homens um dia exalam seu último suspiro.
    O que deixar nesse mundo após nossa partida? Bens? Propriedades? Entes queridos? Igreja? Sonhos? Projetos? Princípios? Coisas boas ou coisas ruins?
    O texto em questão trata da história de um dos piores reis que ja ascendeu ao trono de Judá: O Rei Jeorão. Tinha 32 anos quando começou a reinar mas reinou um curto período: 8 anos apenas. Morreu aos 40 anos de idade. Esse homem teve todas as oportunidades de ser um rei segundo o coração de Deus e exercer a justiça, o amor, o equilíbrio e a prudência no meio do povo de Deus. Porém Ele desprezou todas as oportunidades de ser um bom rei. 
    Todos os reis que inevitavelmente morriam no meio do povo de Deus, eram respeitados, chorados, velados de forma respeitosa no dia de seu ofício fúnebre por piores que fossem. Mas não foi esse o caso do rei Jeorão. No dia da sua partida, ninguém sentiu sua falta. Devido à suas maldades, ninguém chorou pela morte de Jeorão, não lhe queimaram incenso, como de costume num cortejo fúnebre, enfim, ninguem sentiu saudades. Por isso a expressão forte no texto, precisamente no versículo 20 enfatiza que "...se foi sem deixar de si saudades..." O sentimento desse povo sofrido, oprimido, machucado, e injustiçado com certeza foi esse: "Já Foi Tarde".
     De tudo o que Jeorão deixou para trás após sua partida, podemos concluir sem sombra de dúvidas que o principal ele não conseguiu construir: Um Legado de paz, vitória, justiça e bênção. Jeorão deixou um legado de vergonha e derrota. Provavelmente seus descendentes não ouviram boas histórias a seu respeito.
    Que tipo de legado você vai deixar depois de sua partida? Será que as pessoas que ficarem, seus filhos, netos e seus descendentes sentirão saudades de você ou sentirão alívio depois de sua partida? Ou dirão a seu respeito: "Já Foi Tarde?".
    Quero compartilhar com os irmãos nessa oportunidade algumas falhas do rei Jeorão que fez com que fosse lembrado apenas pelos pontos negativos de sua vida, ao ponto de se tornar um rei tão ruim que ninguém chorou sua morte nem sentiu sua falta. Se você quer deixar de si saudades e se tornar um herói na fé evite esses erros que Jeorão cometeu:
     1) NAO VALORIZOU A MISSÃO QUE DEUS LHE CONFIOU (v. 2-3).
    Todos os irmãos de Jeorão receberam bens, e alguns benefícios como parte da herança da família. Jeorão porém recebeu o reino, a autoridade, o direito de governar justamente, por ser o primogênito da familia. Ele não valorizou a missão que Deus lhe confiou, desprezando a maior de todas as honras: Ser um instrumento de Deus para pastorear de forma justa e equilibrada toda a nação.

    2) DESTRUIU A PRÓPRIA FAMÍLIA (v.4).
    O que você tem feito com sua família? De todos os bens, dinheiro, riqueza, fama, prestígio e poderes que podemos adquirir nesta vida, nada se compara ao valor da família. É algo que o dinheiro não pode comprar.   Há pessoas hoje por diversos motivos matando seu irmão, eliminando sua paz, seus sonhos, se esquecendo que terá de prestar contas para Deus, e um dia, pelas suas maldades dentro de sua família de sangue, e até mesmo no meio da família da fé, todos sentirão um certo alívio pela sua partida.
    O que você tem feito de sua familia de sangue, e de sua família na fé? Você protege com todas as suas forças e com seu zelo, ou você é um homicida da sua família, porque 1 João 3.15 nos diz que quem odeia seu irmão é homicida, assassino. Jeorão colheu o fruto da semente maligna plantada no solo familiar. Ele exterminou sua família inteira por motivos fúteis.

    3) ABANDONOU O SENHOR (v. 21.6,11).
    Jeorão deixou o Senhor para seguir a outros deuses. De todos os pecados cometidos por ele, com toda certeza, esse foi a causa primária de todos os outros erros. Abandonar o Senhor para seguir a outros Deuses, ou para depositar nossa fé, nossa confiança e nossa motivação em outras coisas é idolatria. 
    Jeorão praticou idolatria, e trouxe sofrimento para todo o povo. O povo inteiro presenciava os erros grotescos e cruéis de Jeorão, e o povo inteiro foi prejudicado durante seus oito anos de reinado. Foram oito anos difíceis. O povo não via mais a hora desse rei cruel e néscio deixar o trono. Mas todos os problemas foram alavancados pelo seu abandono ao Senhor.
    Abandonar o Senhor é assinar nossa sentença de morte espiritual. É suicídio espiritual. Sem o Senhor ninguém vai adiante. Sem Deus ninguém é abençoado. Sem o controle absoluto de Deus ninguém prospera, ninguém recebe vitória.
    "Atenção povo de Judá, uma boa notícia para todos... vamos nos alegrar: Nota de falecimento: comunicamos com alegria o falecimento do senhor Jeorão de Judá filho de Josafá. Nosso sonho, nosso desejo se realizou: Já foi tarde". 
    Foi essa a notícia que ecoou em todos os veículos de comunicação de Judá. Uma boa notícia, pois o legado deixado por Jeorão foi um legado de vergonha, derrota e lágrimas. Ninguém sentiu sua falta, ninguém chorou por ele, ninguém lhe queimou incenso.
    Meus amados que possamos refletir sobre essa história, e que tomemos atitudes positivas para mudarmos nosso comportamento enquanto ainda é tempo, pois chegará um dia em que nossa invocarão nossa memória, de forma positiva ou negativa, depende de nosso comportamento. Que eu e você deixemos um legado de bençãos e vitórias para nossos descendentes, e que se lembrem de nós com saudades quando partirmos. Que Deus assim nos abençoe ricamente

Reverendo Adeir Goulart da Cruz

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

AGEU 1.1-15 - COMPROMISSO COM DEUS: A ALAVANCA DA VITÓRIA


    Tudo neste mundo segue uma das mais famosas leis univesrais que regem todas as coisas: a lei da causa e efeito, ação e reação, ou semeadura e colheita. Tudo o que nós fazemos de bom ou de ruim nos trazem conseqüências, boas ou ruins, todas as nossas ações produzem de imediato ou medio ou longo prazo reações boas ou ruins.
    Tudo o que nós plantamos, nos colhemos. Há um slogan que hoje as pessoas têm como ditado que diz o seguinte: "Quem semeia vento, colhe tempestade." Porém, não é um dito popular, não é uma frase filosófica, não é uma verdade humana mas uma advertência de Deus no tocante ao nosso comportamento no dia a dia. Este versículo está registrado em Oséias 8.7 ("...semearam ventos, segarão tormentas...").
    Tendo em vista que não obtemos favor nenhum da parte de Deus por meio de barganhas, ou qualquer pagamento, entendemos que na medida em que vamos semeando, Deus vai permitindo certas atitudes nossas, até certo ponto e num ato corretivo Ele começa a agir contra nosso sonhos, mesmo Ele desejando realizá-los. Podemos inferir com toda certeza, de acordo com as Escrituras, que Deus estende sua mão para abençoar, mas também para corrigir-nos quando necessário.
    O pano de fundo histórico para essa mensagem dentro do texto que acabamos de ler, já conhecemos. O povo de Deus após 70 anos no cativeiro babilônico, liberto e já nos tempos do rei Dario, retorna para Jerusalém e têm a tarefa de reconstruir o que Nabucodonozor e suas tropas destruíram a 70 anos atrás. Porém nesse trabalho de reconstrução da cidade, Deus foi deixado para último plano. Cada um se ocupou de compromissos pessoais como suas próprias construções deixando a obra do Senhor completamente parada.
    Até quero crer que o povo não se esqueceu totalmente de Deus, porém deixou a obra de Deus em último plano. Deus não ocupava mais a lista de prioridades desse povo. O povo já não tinha mais compromisso com a Obra de Deus, que era aqui a reconstrução do templo, da Casa de Deus, mas colocavam suas aspirações pessoais em primeiro lugar. Como resultado disso, Deus deixou de abençoar seu próprio povo. Precisamos entender que  Deus tem compromisso com aqueles que têm compromisso com Ele.
    O que determina nosso sucesso em todas as áreas de nossas vidas é nosso compromisso com Deus e sua obra. Não adianta entrarmos em conflito com nossa consciência nem tampouco com a própria Palavra de Deus, ou fazermos de conta que tudo está bem, a família vai bem, as finanças nem se fala, o trabalho está produzindo, gozamos de um conforto nunca vivido antes, a saúde está de vento em popa.... Tudo isso pode mudar e para a pior se nós não priorizarmos o reino e a obra do Senhor. Deus pode tocar em tudo isso, Deus pode nos colocar em situações difíceis para nos corrigir.
  O povo de Judá sofreu durante a reconstrução porque todo o trabalho de reconstrução, plantio, manutenção de lavouras, de gado, e todo o mercado construído para sustento desse povo não produzia lucro. Tudo o que faziam era em vão. Deus não estava abençoando. Seus esforços eram inúteis. Porque esse povo sofreu tanto? Vejamos alguns motivos de acordo com o texto que também nos servem de alerta ainda hoje:
    1) PENSAR QUE DEUS PODE SER DEIXADO PRA DEPOIS (v. 2) - O pensamento desse povo era exatamente esse mencionado aqui no texto: "Outra hora nos ocuparemos da obra do Senhor, mas não hoje, não agora... nossos trabalhos são mais importantes, nossas transações comerciais, nossos projetos de vida, tudo isso é mais urgente do que construir igreja, não é tempo de reconstruir a Casa de Deus que está em ruínas, nossos problemas são mais importantes e urgentes". 
O povo se esqueceu que o reino de Deus é mais importante e que tudo o que sonhamos nos é acrescentado quando priorizamos sua obra: "Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e todas as coisas vos serão acrescentadas”. (Mt 6:33).
    2) SE ESQUECER O PORQUE DE TANTAS DIFICULDADES (v. 5,7) - "Considerai o vosso passado." Deus diz a esse povo: vocês já se esqueceram a causa do cativeiro? Vocês já se esqueceram o porque de tantas dificuldades? Vocês já se esqueceram que em todos os momentos Eu os livrei, os amparei, os libertei, e ouvi os seus clamores? Já se esqueceram que estão hoje em Judá porque eu os trouxe? Lembrem-se de que toda essa dificuldade é por causa da infidelidade de vocês.
Deus Clama de forma emocionada a mim e a você hoje dessa forma: Lembre-se do seu passado. Não seja ingrato, para comigo, não seja néscio; olhe o que você já passou e olhe para tudo o que fiz por você hoje. 
A maioria de nossas dificuldade, amados têm uma causa: O pecado. Quando nos esquecemos de Deus nem sabemos o porque das lutas quando elas vêm. Olhemos para nosso passado, e consideremo-los um instrumento pedagógico para que aprendamos a ter mais compromisso com a obra de Deus, principalmente Sua casa (igreja).
    3) SE SUBMETER A MALDIÇÃO EM VIRTUDE DA NEGLIGÊNCIA PARA COM DEUS (v. 6, 9, 11) - Tendes semeado muito e recolhido pouco; Comeis, mas não chega para fartar-vos;  Bebeis, mas não dá para saciar-vos; Vestis-vos, mas ninguém se aquece; O que recebe salário; recebe-o num saco sem fundo; Esperastes o muito, e eis que veio a ser pouco e esse pouco, quando trouxestes para casa, eu com um assopro o dissipei; Os céus sobre vós retêm o seu orvalho, e a terra, os seus frutos; Fiz vir a seca sobre a terra.
    Todo  aquele que trata a obra do Senhor com negligência está sob jugo de maldição. Essa verdade Bíblica como todas as outras é irrefutável e imparcial: "Maldito aquele que fizer a  obra do Senhor relaxadamente.”  (Jeremias 48:10). Nada estava dando certo nos sonhos dessa gente porque ignoraram o mais importante: O Reino de Deus.
    Nos versos 12 a 15 o povo atente a voz do Senhor e volta-se para a sua Obra. Com certeza essa geração que se conscientizou de seu pecado foi abençoada por Deus. Esse povo que mudou de atitude, creio que foi honrado por Deus, tudo fluiu como eles planejavam, porque deram prioridade a Obra do Senhor. 
     Quem coloca o Senhor em segundo plano, também fica em segundo plando para Deus. O comprimisso de Deus é com o remanescente fiel, e não com negligentes, que parecem servos, mas são meros interesseiros dos bens materiais e de bênçãos terrenas que desejam tanto alcançar. Querem mais de Deus, mas não oferecem nada de si para Deus. Se queremos mais de Deus, lembremo-nos sempre de que Deus também quer mais de nós. Que Deus nos abençoe.

Reverendo Adeir Goulart da Cruz