quinta-feira, 26 de abril de 2012

O MONUMENTO À ALMA INCRÉDULA (LUCAS 17.28-32; GÊNESIS 19.26)

      Os achados históricos da arqueologia antiga e moderna ao longo dos anos encontraram vários monumentos que foram nomeados: Maravilhas do Mundo Antigo. Até hoje foram documentados sete que podemos citar:
       1) As Pirâmides de Gizé no Egito;
      2) Os Jardins Suspensos da Babilônia no Oriente Médio;
      3) A Estátua de Zeus em Olímpia na Grécia;
      4) O Templo de Artêmis (Diana) em Éfeso;
      5) O Mausoléu de Harnicarnasso em Caria;
      6) O Farol de Alexandria, em Alexandria;
      7) O Colossus de Rodes, na Grécia.
      Esses achados revolucionaram a arqueologia e o estudo científico nos séculos 19 e 20 quando a engenharia e a arquitetura antigas estavam desacreditadas e eram consideradas arcaicas. Esses monumentos eternizaram a história e contexto de seus povos, pois refletem estilos de vida como cultura, religião, política, trabalho, problemas e conflitos. No entanto eles representam muito mais a fé e a crença de seus povos.
      Os dois pequenos textos em questão, apontam para uma comunidade que também tinham suas crenças, seus conflitos, enfim sua vida. Mas a vida que essa comunidade vivia não agradava a Deus. Então Deus envia seus anjos para anunciar o julgamento dessa pequena cidade, Sodoma. Os moradores dessa cidade eram tão devassos e pervertidos que a palavra sodomia, que se refere a perversão sexual se originou dessa cidade.
      No entanto, Deus resolve preservar o remanescente dessa pequena cidade, a família de Ló e envia dois emissários celestiais para avisar esta família que a cidade seria subvertida no fogo e enxofre. Ló, por sua vez obedece a Deus e resolve sair dessa cidade com sua família. E a ordem de Deus era que todos se desapegassem do estilo de vida dessa cidade, não sentissem pesar no coração nem tampouco saudades da tudo o que lá se praticava. Isso é o que entendemos da ordem de Deus de não olhar para trás. Olhar para trás aqui não é o ato de virar o pescoço na direção oposta a que se caminha, mas sim, lembrar com saudades de algo que desagrada ao Senhor.
      O inesperado aconteceu. A mulher de Ló, olhou para trás e se transformou em uma estátua de sal. Creio eu, que se ela tivesse se transformado em uma estátua de metal, ou de pedra, ou qualquer outro material imperecível, talvez a arqueologia teria encontrado essa pobre mulher. O tempo dissolveu essa estátua.
      A mulher de Ló, que a Bíblia não informa o nome, e que deve ser lembrada por nós representa todos aqueles que estão presos às paixões do mundo e que embora caminhem para frente, olham o tempo todo, para trás.
      A Palavra de Deus nos diz: “... esquecendo-me das coisas que para trás ficam e, avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3.13b-14). Essa infeliz mulher não conseguiu esquecer-se do passado que estava deixando naquele momento. Por isso podemos chamar essa mulher de “MONUMENTO À ALMA INCRÉDULA”.
      Sobre esse monumento, que se dissipou com o tempo, Jesus recomenda: “Lembrai-vos da Mulher de Ló” (Lucas 17.32). É inevitável quando nos lembramos desse monumento infeliz, associamos seu significado à perdição eterna. Por isso como lição, quando nos lembramos da mulher de Ló, o monumento à alma incrédula aprendemos que ele é, na verdade:
      1) O SÍMBOLO DE UMA GERAÇÃO ESCRAVIZADA. Essa mulher estava com toda a certeza escravizada pela devassidão, imoralidade e toda a prática homossexual dentro daquela cidade. Em Gênesis 19, encontramos o relato da perversão dessa cidade. Ló recebe em sua residência dois anjos de Deus, que são assediados pelos homens da cidade inteira, ao ponto de quererem arrombar a porta da casa de Ló para abusar, isto é, praticar sexo ilícito (homem com homem) e outras atrocidades com os dois hóspedes de Ló. O texto diz que todos, e isto inclui desde o mais jovem até ao mais velho, intentaram abusar desses homens de Deus.
      Era nesse contexto que a família de Ló vivia, e tudo indica que esse estilo de vida agradava a essa mulher ao ponto de ela olhar para trás com pesar, saudade, e tristeza. Em outras palavras ao olhar para trás, ela dizia em seu coração: “que pena que minha amada cidade está sendo destruída; eu gostava tanto de morar aqui; eu gostava tanto da diversão que minha cidade oferecia; que saudades vou sentir de lá.”
      A Palavra de Deus nos diz que todo aquele que comete pecado é escravo do Pecado (João 8.34), e ainda Deus nos assegura que Cristo nos libertou para sermos livres e não devemos novamente nos submetermos a jugo de escravidão (Gálatas 5.1). Ela conhecia a verdade libertadora que Jesus anunciou em João 8.32. A mulher de Ló, o Monumento à Alma Incrédula representa o homem escravizado pelo pecado que precisa ser liberto.
      2) O SÍMBOLO DE UMA GERAÇÃO COM O CORAÇÃO DIVIDIDO. Essa mulher conhecia o Deus a quem ela servia, com toda a certeza. Ela convivia com a comunhão de Ló, de Abraão com Deus, e percebia claramente como Deus tratava com esses homens. Embora fosse esposa de crente, por assim dizer, ela vivia com o coração dividido. Não conseguia se decidir, se santificaria sua vida, ou se continuaria levando o mesmo estilo de vida. A Palavra de Deus nos diz que de uma fonte não pode jorrar água amarga e doce ao mesmo tempo (Tiago 3.11). Quando o profeta Elias, no monte Carmelo, diante dos profetas de Baal, reúne o povo que estava divido, e lhe faz a seguinte pergunta: “...Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, seguí-o, se Baal é deus, seguí-o”, (1 Reis 18.21), o povo não tomou decisão alguma. Estavam claramente divididos. Deus não tolera coração dividido. Deus conhece nosso coração e sabe se estamos servindo-o com inteireza de coração ou se servimos a outros deuses também.
      O resultado dessa indecisão, encontramos em Apocalipse 3.15 e 16 que nos diz o seguinte: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem deras fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.” A mulher de Ló foi vomitada da boca do Senhor. O crente do coração dividido é intragável. Ninguém pode servir a dois senhores como diz as Escrituras. A mulher de Ló, o Monumento à Alma Incrédula representa o homem com o coração dividido, que precisa se decidir urgentemente.
      3) O SÍMBOLO DE UMA GERAÇÃO REBELDE QUE DESPREZOU O LIVRAMENTO.
      A mulher de Ló viu os anjos em sua própria casa, ouviu as previsões da destruição da cidade, ouviu os alertas de Deus e todas as instruções para desocupar esse território condenado, e muito mais, ouviu claramente o aviso de não sentir pena, pesar, ou saudades dessa cidade.
      No entanto, ela desprezou todas as instruções redentoras do Senhor. Ninguém é condenado sem um prévio aviso de Deus. Romanos 2, nos diz que todos os homens, gentios ou judeus são indesculpáveis, pois todos foram alertados, e não há como os homens julgar-se mutuamente, se não observam a lei, a Palavra de Deus. A mulher de Ló é indesculpável, pois desprezou todas as instruções de Deus, desprezou o livramento. Em Números 11.20 Deus repreende seu povo pela rejeição do Maná dizendo: “Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco, nem dez, nem ainda vinte, mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis dela, porquanto rejeitastes o Senhor, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?”
      O povo rejeitou o Maná, rejeitou a instrução de Deus e sentiu saudades da escravidão do Egito. Essa geração também desprezou o livramento de Deus. O povo de Deus também rejeitou o seu governo Teocrático, pedindo um rei, sendo o primeiro e um dos piores reis de Israel, o rei Saul (1 Samuel 10.19). O que aconteceu a essa mulher se confirma em João 12.48: “Quem me rejeita e não recebe as minhas Palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.”
      Não devemos desprezar a Palavra de Deus nem tampouco o seu livramento. A mulher de Ló, o Monumento à Alma Incrédula, representa o homem pecador que têm desprezado o livramento de Deus.
      Não olhe para trás meu amado leitor. Olhe para frente e para cima. Mude de vida, em nome de Jesus. Ele pode te libertar de seu pecado, ainda que seja algo que você tem se apegado muito, mas tem desagradado a Deus, Jesus a verdade que liberta pode te fazer livre para não mais pecar. Decida-se ainda hoje. Saia de cima do muro e tome uma decisão de seguir somente a Jesus. Abandone a Babilônia, o Egito e Sodoma. Seja um crente puro, decidido a ser santo, e esqueça-se do seu passado. Pois quem está em Cristo é nova criatura. As coisas antigas já passaram eis que tudo se fez novo. Não despreze o livramento de Deus. Sua misericórdia se renova a cada manhã, mas não sabemos quando nosso coração vai parar de bater, e não sabemos quando o juízo de Deus virá. Esteja atento aos livramentos, alertas, e mensagens que Deus tem te dado nesses últimos dias. Ainda há tempo. Entregue sua vida para Jesus ainda hoje, e se transforme em coluna eterna, monumento perpétuo erigido à Deus pela sua vitória. Em nome de Jesus.

Rev. Adeir Goulart da Cruz



quarta-feira, 25 de abril de 2012

JESUS, PODER ABSOLUTO (MATEUS 28.18)


      Cremos que o poder de Deus se manifesta na pessoa de seu Filho, uma vez que Jesus é o próprio Deus Filho encarnado. Quando abraçamos essa verdade, podemos descansar em Cristo, sabendo que Ele é Deus e que tem todo o poder ou toda autoridade que lhe foi entregue pelo Pai, tanto sobre os céus como sobre a terra..
      Quando falamos sobre os céus e sobre a terra, estamos nos referindo não somente ao espaço celestial onde residem os astros, nem tampouco somente sobre o espaço geográfico onde reside toda a criação. Mas nós nos reportamos também à premissa inegável e irrefutável de que Jesus, o Filho de Deus tem todo poder e autoridade sobre o mundo físico e o metafísico, sobre o mundo natural e sobre o mundo transcedental, já que Deus é transcendente e imanente.
      Jesus tem poder para fazer tudo aquilo que foge da nossa capacidade intelectual e humana de explicar. É o que nós chamamos de impossível. Pelo seu agir, ele contraria as leis da matéria, tempo, espaço, física, etc. Tudo o que a ciência não consegue explicar ou resolver, Jesus pode fazer. Biblicamente Ele tem poder de alterar o curso da vida humana. Ele tem poder sobre:
      1) AS TEMPESTADES (Marcos 4.35-41). Jesus pode repreender os ventos e o mar e fazer com que as tempestades se acalmem. Ele tem poder sobre as variações climáticas, sobre a natureza como um todo. Todo o universo se curva diante da voz do intermediário da criação, Jesus, o Filho de Deus. Se ele tem poder sobre a natureza e sobre as tempestades, Ele tem poder sobre as tempestades existenciais que enfrentamos no dia a dia. O filho de Deus pode acalmar as tempestades que enfrentamos com uma só palavra que sai da sua boca. Ele é o Deus Filho encarnado, a segunda pessoa da trindade, e tem todo o Poder no céu e na terra para operar sua soberana vontade e fazer com que as tempestades de nossas vidas desapareçam.
      2) OS DEMÔNIOS (Marcos 5.1-14). Jesus tem o poder de afastar os demônios, repreender, subjugá-los e derrotá-los. Todos os principados e potestades se curvam diante da presença santa e poderosa de Cristo Jesus. Não há motivo para temer o adversário de nossas almas. Jesus está conosco como o Deus Emanuel, e ele prometeu nunca, jamais nos abandonar. Os ardis de Satanás e toda a sua ação são anuladas pelo nome e pela presença de Jesus. Não há potestade que possa se equiparar com o ser divino de Jesus. Todos os poderes espirituais da maldade são vencidos pela autoridade de Cristo, o Filho de Deus.
      O mais perto que Satanás pode chegar, de nós, é até ao extremo de sua coleira. Quem segura essa coleira é o Senhor dos Senhores, o Santo de Israel, o Leão da Tribo de Judá, o Alfa e Ômega, a Estrela da Manhã, o Rei dos Reis, o Anjo do Senhor, o Cavaleiro do Cavalo Branco, o Soberano senhor de nossas vidas, o Rei Jesus. Aleluia!
      3) AS DOENÇAS (Marcos 5.24-34). Jesus pode curar-nos de toda e qualquer doença se estiver dentro da vontade de Deus. Não há enfermidade que possa nos subjugar se Deus determinou que ela saia. Deus é um Deus restaurador que se compraz em ver-nos abençoados e sobretudo curados das nossas enfermidades físicas.
      Porém muito mais do que uma cura física para nossas enfermidades carnais, Ele nos oferece a cura, a vacina, a inoculação da maior de todas as doenças: o pecado. Ele injeta seu sangue em nossas veias, e a cada dia vai nos tornando invulneráveis a esta anomalia espiritual.
      Todos nós necessitamos desta cura, uma vez que essa praga mortal infectou toda a humanidade. Todos de fato pecaram. Todos de fato, se encontram enfermos e carecem urgentemente da cura. Muitos buscam a cura física para suas doenças, e de fato, Jesus pode curar, mas nem todos procuram a cura para a pior de todas as doenças que leva o homem ao óbito eterno: o pecado. Ele pode nos curar duplamente. Ele é Deus.
      4) A MORTE (Marcos 5.35-43). Somente aquele que venceu a morte, é quem tem poder sobre a morte. Jesus na sua trajetória aqui na terra, curou muitos enfermos e operou inúmeros milagres. Mas talvez o mais estarrecedor de todos eles fosse sem dúvidas o milagre de reverter o processo da morte, e trazer uma pessoa morta à vida. Jesus venceu a morte na cruz do Calvário, porque ele tem poder sobre a morte. Sei que muitos também se reportam a morte física apenas, mas Jesus pode também resgatar o homem da morte eterna. Há várias promessas, e alusões diretas na Bíblia de que um dia venceremos também a morte ao sermos ressuscitados por Cristo no último dia.
      Receberemos um corpo glorificado, e a imarcescível coroa da glória. Sairemos da casca da corrupção e seremos revestidos do puro véu da incorruptibilidade, como nos diz o Apóstolo Paulo. A morte eterna é anulada pois Cristo tem o poder de nos trazer à vida novamente. Ele tem poder sobre a morte. Ele é Deus.
      Que no nome de Jesus, você possa crer no poder ilimitado e absoluto de Jesus. Não há situação que ele não possa resolver. Ele pode acalmar nossas tempestades, ele já derrotou os demônios subjugando-os debaixo de seus pés, portanto esses demônios não têm poder sobre o crente, ele pode curar enfermidades sejam elas físicas ou espirituais, e ele também pode nos livrar da morte. Creiamos no poder ilimitado e absoluto de Jesus.

Rev. Adeir Goulart da Cruz.

NÃO EXISTE CASOS PERDIDOS PARA DEUS (2 CRÔNICAS 33.1-17)

     Todos nós necessitamos de uma real transformação em nossas vidas. Essas mudanças que tanto almejamos muitas vezes precisam ser radicais e positivas. Todas as áreas da existência humana precisam de uma virada radical. Precisamos de mudanças na vida espiritual, na família, na vida financeira, no trabalho, no casamento, no ministério, nos relacionamentos, enfim, no testemunho e na forma de vivermos.
      Sempre há brechas a serem tapadas, e não podemos nos contentar com essas brechas e vivermos como se estivesse tudo bem. Porém há situações em que ao olharmos ao redor, consideramos aos olhos humanos um grande caso perdido. Há falhas que cometemos ao longo de nossa trajetória que se fôssemos analisar aos olhos carnais, diríamos que se trata de situações insolúveis. Mas para Deus tudo é possível.
Isso se processou de uma forma clara e evidente na vida do rei Manasses, de Judá. O rei Manasses era um caso perdido. Um dos piores reis que ascendeu ao trono de Judá. Quem foi o rei Manasses? Manasses foi o sucessor direto do rei Ezequias e após a morte deste, assumiu o trono de Judá aos doze anos de idade e até certo ponto reinou de forma abominável em Judá.
     Tudo o que seu pai realizou ao longo dos vinte e nove anos de reinado em Judá, Manasses perversamente destruiu. Ezequias removeu os altos, Manasses os reergueu; Ezequias derribou os altares idólatras, Manasses os reconstruiu; Ezequias purificou e reabriu o templo, Manasses o manchou novamente com altares a deuses estranhos. Ezequias consultou, e sacrificou somente ao Senhor lhe oferecendo ofertas pacíficas, Manasses consultou necromantes, feiticeiros, adivinhava pelas nuvens e teve a abominável capacidade de sacrificar seus filhos a Moloque no vale do filho de Hinom. Como resultado de todas essas atrocidades, o juízo de Deus inevitavelmente veio sobre o rei Manasses. Deus lhe alertou, o visitou e lhe chamou ao arrependimento mas ele não quis dar ouvidos à voz de Deus. Como resultado de sua rebeldia, os Assírios o capturaram e o levaram para a Babilônia, amarrado e preso com cadeias. Um grande caso perdido, eu diria. Qualquer um que observasse todos os feitos cruéis e abomináveis deste homem diria: “bem feito”, “é digno da pena de morte”, “não tem jeito”, “é um grande caso perdido”
      Mas para Deus não existe caso perdido. Deus não desiste do pecador. Ainda que nós nos coloquemos em um patamar mais alto do que outros que também pecam, todos nós, indistintamente necessitamos da graça transformadora de nosso Deus. Deus amou a Manasses a despeito de todas as suas maldades, O Senhor não desistiu dele e não o tratou como um caso perdido. No cativeiro Manasses experimentou uma mudança radical em sua vida, porque seguiu três passos indispensáveis que foram, pela graça de Deus fatores determinantes na sua restauração, a saber:
      1) SE HUMILHOU NA PRESENÇA DO SENHOR (12-13). Ele suplicou, orou e reconheceu que o Senhor era Deus. Isto implica, meu amado irmão, que ele se arrependeu de sua idolatria, e de todos os erros que cometeu. Quando nós nos humilhamos e reconhecemos nossos pecados, e clamamos ao Senhor pela sua misericordiosa visitação, Deus se torna favorável para conosco, como se tornou favorável para com o rei Manasses, o caso perdido que mudou de vida. Se você meu querido leitor deseja uma mudança radical na sua vida, seja qual for ela, se humilhe, clame, chore diante do Senhor e se arrependa de seus pecados. Deus se tornará favorável para contigo e sua causa não será perdida em hipótese alguma. O Senhor se compadecerá de ti, e te abençoará, porque Ele é fiel.
      2) FORTALECEU OS SEUS MUROS (14). O rei Manasses não somente orou ao senhor para que fosse restaurado, mas também retorna agora transformado e decidido a tomar uma atitude urgente e necessária: fortalecer suas entradas. Tudo leva a crer que as entradas da cidade de Jerusalém estavam enfraquecidas. Ele edificou o muro de fora da cidade de Davi, o ergueu e o fez muito alto, e colocou soldados, sentinelas em todas as cidades fortificadas de Judá. Manasses fortaleceu seus muros, protegeu suas entradas, vigiou para que o inimigo não invadisse novamente seu território e saqueasse sua vida. Meu amado, se queremos experimentar mudanças radicais em nossas vidas precisamos fortalecer nossas entradas, levantar nossos muros, tapar todas as brechas, e vigiarmos o tempo inteiro para que o inimigo não venha invadir e destruir nossas vidas. Essa decisão estratégica cabe a mim e a você, pois o próprio Senhor Jesus nos ordenou “Vigiai e Orai”. Manasses retorna de seu cativeiro transformado e com uma nova visão do reino.
      3) CONSAGROU SEU REINO E SUA VIDA AO SENHOR (15-17). Após seu cativeiro e sua restauração Manasses reconheceu que suas atrocidades foram o que ocasionaram o juízo de Deus sobre sua vida. É evidente que toda a terra foi manchada pela idolatria e pelas abominações cometidas por esse rei. Mas quando retorna do cativeiro, Manasses purifica o templo, a nação, restaura o altar do Senhor, oferece a Ele sacrifícios agradáveis segundo a lei de Deus, e sanciona uma lei que impede que os filhos de Deus adorem a outro deus, senão ao único e verdadeiro Deus. Manasses finalmente consagra todo o seu reino e sua vida ao Senhor. Sem consagração não experimentamos o mover de Deus em nossas vidas.
      Com toda a certeza, quando Manasses voltou de seu cativeiro, ele já não era mais o mesmo homem. Um novo Manasses, mudado, transformado, consciente da soberania e da santidade de Deus senta no trono de Judá. Toda essa mudança radical só foi possível na vida desse caso perdido, porque ele se humilhou e orou ao Senhor, Fortaleceu seus muros e vigiou, consagrou seu reino e sua vida ao Senhor.
      Não existe casos perdidos para Deus. Você também pode experimentar essa mudança radical na sua vida, não importa a gravidade de seus problemas, Deus não desiste de você assim como ele não desistiu do rei Manasses, o caso perdido que não estava perdido.

Rev. Adeir Goulart da Cruz.

terça-feira, 24 de abril de 2012

COMO SE INICIA O VERDADEIRO AVIVAMENTO? (HABACUQUE 3)

      Ouvimos sempre no ambiente religioso falar sobre avivamento. Avivar significa colocar vida. Mas o que percebemos é que a definição de avivamento atual que encontramos nas igrejas está muito aquém do que realmente a Palavra de Deus revela.
      Avivamento não é euforia produzida em congressos, encontros e ministrações. Avivamento não é produzido pelo planejamento do homem, nem tampouco pode ser controlado ou induzido por métodos pragmáticos, ou místicos. O avivamento bíblico não pode ser manipulado por grandes personagens do cenário gospel mundial, mas é produzido tão somente pelo Espírito Santo. Avivamento é quebrantamento, é a volta do pecador arrependido aos pés do Senhor, é arrependimento, é mudança de vida, de caráter, de comportamento, e não uma trilha fácil para que eu alcance meus objetivos.
      O livro do profeta Habacuque foi escrito por volta do ano 605 a.C. quando Deus resolveu dar um “abraço apertado em seu povo”. Habacuque significa “abraçado”, ou “abraçar”. O contexto desse livro é como em muitos outros livros proféticos o que antecipou a invasão babilônica em 597 a.C.
      Deus chama Habacuque, aponta os pecados de seu povo, a iniqüidade de Judá e pronuncia sua sentença primeiro contra seu próprio povo e depois contra o povo caldeu que arrasou a nação. Em ambos os episódios Deus exerce sua justiça sobre Judá e depois sobre a Babilônia.
      Habacuque então ora ao Senhor suplicando que Deus avivasse seu povo especificado em sua obra. O profeta filósofo sente-se comovido e estarrecido diante das declarações de Deus e entende que somente Deus poderia avivar seu povo. Habacuque segue os passos de Deus e não do homem na busca de avivamento. Habacuque clama a Deus para que Ele se compadeça de seu povo e lhe traga vida. O povo necessitava de arrependimento, mudança de caráter, perdão, e da renovação de sua aliança com o Deus verdadeiro.
      Se queremos um verdadeiro avivamento precisamos buscar sincera e com o coração contrito, seguindo os passos primordiais para que isso aconteça em nossas vidas. Avivamento se processa através:
      1) DA ORAÇÃO (3.1-19) Habacuque orou ao Senhor. Sua oração foi dedicada ao mestre de canto para instrumentos de cordas. Habacuque completamente quebrantado por Deus ainda encontrou uma linguagem poética para clamar ao Senhor nessa época de tribulação. Todo o capítulo 3 é, na realidade a oração desse homem de Deus. Deus nos diz o seguinte em II Crônicas 7.14: “Se o meu povo que se chama pelo Meu Nome se Humilhar e ORAR e me buscar, e se converter de seus maus caminhos, então eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra.”
      William Seymor, iniciante do Avivamento na Rua Azusa em 1905, que orava em torno de sete horas por dia antes do avivamento começar.
      A humilhação e a oração são os primeiros requisitos de Deus para o avivamento. Deus quer avivar sua obra em nós precisamos nos humilhar e orar ao Senhor dizendo: “...aviva a tua obra, ó Senhor...” (3.2). Avivamento se processa através da oração de alguém que se humilha na presença do Senhor.
      2) DA ACEITAÇÃO E PRÁTICA DA PALAVRA DE DEUS (3.2A). “Tenho ouvido, ó Senhor tuas declarações e me sinto alarmado...” Habacuque ouviu a Palavra do Senhor e foi impactado por ela.      
      As declarações de Deus aqui revelam a gravidade do pecado do povo e a sentença proferida pelo Senhor.
      Com toda a certeza essa Palavra de Deus perfurou o coração do profeta como uma flecha. Habacuque foi quebrado, sacudido, abalado pela seriedade dessa Palavra. E como um profeta fiel, ele aceitou essa Palavra e a apregoou. Habacuque ficou alarmado, boquiaberto, assustado, enfim impactado pelas declarações de Deus.
      Conta-se que, após uma das pregações de Charles Finney em Governeur, no estado de Nova Iorque, não houve baile ou representações teatrais por quase seis anos, tamanha a força das palavras proferidas por ele. Ao longo de todo seu ministério pela América, calcula-se que cerca de 500 mil pessoas aceitaram ao Senhor
      Se a Palavra de Deus não nos impactar, se não a aceitarmos e não a praticarmos o avivamento não virá. Nem todos aceitam a Palavra de Deus. Nem sempre Deus nos traz Coisas que nos agradam. Mas o objetivo da Palavra de Deus não é nos agradar, mas sim cumprir o seu propósito. Não creio que quem rejeita as Escrituras será avivado pelo Espírito Santo do Senhor. Avivamento se processa através da aceitação e prática da Palavra de Deus, ainda que nos doa.
      3) PELO LOUVOR PURO E INCONDICIONAL (3.1; 3-19). Quem consegue adorar a Deus no meio da adversidade, com certeza no momento certo será avivado por Deus. Em uma das mais belas orações já registradas nas Escrituras, Habacuque diz ao Senhor que ainda que tudo pareça estar perdido, ainda que enfrente problemas insolúveis ele se alegra no Senhor, e exulta no Deus que irá salvá-lo.
Deus não resiste a um coração quebrantado. O louvor incondicional mostra quem nos somos e quem é Deus. Quando somos gratos a Deus independente das circunstâncias, ele se compadece de nós como fez com Jó, quando este adorou no meio da calamidade dizendo: “bendito seja o nome do Senhor” (Jó 1.21)
      Não acredito que um murmurador, ou mesmo aquele que culpa a Deus por todas as adversidades no seu caminho alcançará o que todos desejam: vida em suas vidas. Deus avivará aquele que suporta a adversidade e é um adorador incondicional. Deus age no meio da adoração verdadeira. Veja: “ À meia-noite Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, enquanto os presos os escutavam. De repente houve um tão grande terremoto que foram abalados os alicerces do cárcere, e logo se abriram todas as portas e foram soltos os grilhões de todos.”Atos 16.25 e 26.
      Busquemos a presença de Deus e façamos sempre a oração de Habacuque. A história mostra que os grandes avivamentos que se processaram ao longo da história da igreja cristã se deram em tempos de tribulação, e em momentos que grandes homens de Deus se humilharam, oraram, obedeceram à Palavra de Deus e foram verdadeiros adoradores. 
 Rev. Adeir Goulart da Cruz




O QUE SINGNIFICA A PÁSCOA PARA OS CRISTÃOS? (ÊXODO 12.1-36)

     Graças a Deus que os verdadeiros cristãos têm se conscientizado do verdadeiro sentido da Páscoa, que comemoramos neste mês. Há um aumento nas vendas de chocolates durante esse período. Os supermercados são enfeitados, os estoques de ovos de páscoa são multiplicados nas prateleiras e nos expositores suspensos das lojas.
     Os pais, tios, e demais adultos sempre se lembram nesta data de presentear alguma criança com essas iguarias deliciosas. Há algum inconveniente em comprar ovos de chocolates e dar para as crianças? Claro que não.
     O inconveniente é que o sentido da páscoa se perde na mente dessas crianças e de muitos adultos, porque a páscoa ensinada pelas Escrituras nada tem a ver com essa comercialização que se utiliza de uma data sagrada para lucrar fortunas.
     A Palavra de Deus nos traz lições preciosas sobre o verdadeiro sentido da páscoa à luz do texto proposto para nossa meditação, e que se aplica a todo o Cristão que hoje está ligado ao Cordeiro de Deus. A páscoa nos ensina que:
     1) ESTAMOS PROTEGIDOS PELO SANGUE DO CORDEIRO (1:7, 12 e 13)
     O Sangue do Cordeiro nesse contexto trouxe proteção ao povo de Deus, de sorte que as portas marcadas não somente trouxeram proteção, mas identificou quem era povo de Deus e quem não era. Onde estava o sangue do cordeiro, lá estava uma família de Deus. Onde não havia o sangue do cordeiro, não havia uma família de Deus. O sangue do Cordeiro nos protege de todos os males presentes e da perdição final.
     O sangue do Cordeiro está sobre sua vida, me amado? Você e sua família já estão marcados por Ele? Já consagrou sua casa à Ele? Clame pelo Sangue do Cordeiro e por sua proteção. Jesus é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e que verteu seu sangue na cruz do Calvário para que tivéssemos sua cobertura eterna.
     2) SOMOS LIVRES DA MORTE PELO SANGUE DO CORDEIRO (1.22,23 e 27)
     O cordeiro foi imolado no Egito no lugar dos judeus escravos. Seu sangue os livrou da morte eminente. Todos morreriam no Egito, se Deus não providenciasse o livramento. O sangue do cordeiro identifica quem são os eleitos de Deus, que não morrerão. Se o sangue do Cordeiro Jesus está sobre sua vida, você já passou da morte para a vida. Deus enviou o Cordeiro Jesus para morrer em nosso lugar e nos livrar da morte. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu seu Filho Unigênito para que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna” João 3.16.Pelo Sangue do Cordeiro somos livres da morte, e passamos dessa morte para a vida. (Efésios 2).
     3) SOMOS LIBERTOS DA ESCRAVDÃO (31-33; 36, 37 e 51)
     O Sangue do Cordeiro nos torna livres da escravidão do pecado. (João 8.32-36). Somos livres a partir da visitação de Deus por intermédio do Cordeiro Jesus em nossas vidas. O sangue do Cordeiro foi um fator determinante na proteção, no livramento da morte mas também na libertação do povo de Deus. Somos livres para andarmos com Deus. Embora sejamos ainda pecadores, não somos mais escravos do pecado, porque Cristo o Cordeiro de Deus nos libertou, e somos livres não para pecarmos, mas sim para vivermos uma vida santa ao Senhor e vivermos uma comunhão mais íntima com Jesus. Somente pelo Sangue de Jesus podemos ser livres totalmente conforme João Batista apregoou: “Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” João 1.29.
     Era necessário a aspersão do sangue do Cordeiro de Deus nas portas das casas dos Israelitas para que experimentassem a liberdade. Era também necessária a aspersão do Sangue do Cordeiro Jesus em nossa vida para que fossemos libertos de nossos pecados, como consta: “Sem derramamento de sangue, não há remissão” Hebreus 9.22.
     Seja livre pelo Sangue do Cordeiro Jesus. Ainda há tempo. Viva essa páscoa eterna, ligue-se ao cordeiro eternamente, tenha assim sua proteção, tenha o livramento da morte eterna, e seja livre, para sempre. Esse é o verdadeiro sentido da Páscoa.
Rev. Adeir Goulart da Cruz

Trocando o Cordeiro pelo Coelho (Êxodo 12.1-28)


     O título é sugestivo e proposital, porque essa é uma grande realidade. Uma época de intensa confusão a mente de crianças do mundo inteiro, e de grande descuido de muitos adultos: pais, mães, e infelizmente muitos cristãos. É a época em que milhares de pessoas no mundo inteiro substituem na Páscoa o Cordeiro pelo coelho.
     Essa estratégia de marketing desvia em todos as páscoas o verdadeiro sentido do sacrifício de Jesus na mente de milhares de cristãos. A páscoa e a centralidade do Cordeiro, foram instituídos por Deus, quando o povo de Deus saía da terra do Egito, após longos anos de escravidão.
     O ápice dessa transição se deu, de fato, no que poderíamos chamar de madrugada da mortandade, quando o anjo do Senhor feriu todos os primogênitos no Egito, causando óbito em toda a terra, até nos primogênitos dos animais. A partir daí os Israelitas seguem rumo ao deserto, em direção à terra prometida.
     Os primogênitos dos filhos de Deus foram poupados, porque nessa páscoa o sangue do cordeiro foi aspergido nos umbrais de cada porta, e isso serviu de sinal para que os filhos de Deus não sofressem a perda de seus mancebos.
     A páscoa significa, libertação, passagem do estado de escravidão para a liberdade, passagem da morte para a vida. Porém, eu questiono: o que tem a ver coelho de páscoa, ovos de chocolates, doces, etc. com a verdadeira páscoa cristã? Na maioria das literaturas explicativas encontramos simbologias que associam o coelho e o ovo à vida, fertilidade, preservação, etc.
     Mas não foi o coelho que Deus ordenou que fosse imolado e seu sangue salpicado nas portas, lá no Egito para a libertação do povo de Deus. O coelho foi introduzido pelos alemães há muitos séculos atrás, e mais tarde no concílio de Nicéia, em 325 d.C, foram introduzidos ovos que no princípio eram de galinha, decorados, pintados e enfeitados com pequenos desenhos de Jesus, Maria, Apóstolos, e mais tarde, esses ovos foram substituídos pelos franceses por ovos de chocolates.
     A Páscoa do povo de Deus não é nada disso, mas sim a reflexão da nossa libertação da escravidão, a passagem do estado de morte para a vida, é a celebração do Cordeiro de Deus, que no Novo Testamento é substituída pela Ceia do Senhor. A centralidade da Páscoa Cristã é o próprio Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. É o derramamento do Seu sangue para que tenhamos vida. É a libertação da escravidão do pecado, pelo sangue de Jesus.
     Viva todos os dias a verdadeira páscoa com o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, e não com o coelho dos pagãos.

Rev. Adeir Goulart da Cruz