domingo, 28 de novembro de 2010

ADVERTÊNCIAS DE DEUS AOS INSUBMISSOS (SOFONIAS 3.1-7)

     Meus amados, Deus é Deus de amor, de graça e de misericórdia. Isso massageia nosso ego, pois sabemos que incondicionalmente, Ele nos ama. Isso nos traz uma segurança tal, que descansamos sabendo que nada nos separará do amor de Deus que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. (Romanos 8).
     Também nos gabamos ao afirmar com tanta fé que se nós morremos com ele, com ele viveremos; se perseverarmos, com ele reinaremos, se o negarmos, ele também nos negará; mas se permanecermos infiéis, ele permanece fiel pois não pode negar-se a si mesmo. (2 Timóteo 2.11-13). Isso nos traz um certo conforto. Mas o desfecho desse pequeno versículo não deve ser interpretado como uma impunidade àquele que é infiel para com Deus. Mesmo se formos infiéis para com Deus, ele permanece fiel à si mesmo, à sua palavra empenhada, e isso significa que estamos debaixo da mão corretiva de Deus e assim se fará a nós quando necessitarmos de correção. O senhor não deixa de ser fiel, pois ele é fiel à sua Palavra, e isso inclui o juízo.
     O texto proposto para nossa meditação traduz o caráter fiel de Deus no tocante ao cumprimento da sua palavra sobre a vida do seu povo, mas também dos ímpios. Lembrando que a fidelidade de Deus inclui o juízo (v.5), àqueles que não andam segundo os seus santos preceitos.
     O povo de Jerusalém seria alvo da fidelidade de Deus no tocante ao cumprimento dos seus juízos sobre os rebeldes.
     Os moradores de Jerusalém chegaram a tal ponto, que a soberba lhes encheu o coração, a violência lhe perverteu os valores, e mesmo diante dos atos de justiça de Deus, não se submeteram ao poder de Deus.
     Antes de prosseguir, gostaria de fazer algumas considerações sobre o problema existente em Jerusalém, que começa na liderança da nação. A nação estava em crise e esta crise se manifesta nos poderes: executivos (v. 3: os seus príncipes se transformaram em leões rugidores), legislativo e judiciário (v. 3: os seus juízes se transformaram em lobos famintos da corrupção. Mas um terceiro poder havia se maculado: o poder espiritual da nação (v. 4: os seus profetas são levianos, homens pérfidos, seus sacerdotes profanam o santuário e violam a lei).
     Claramente, percebemos que os três ofícios que Deus confiou ao seu povo (reis, profetas e sacerdotes), haviam se corrompido.
     Deus na sua infinita misericórdia dirige uma palavra de advertência, em forma de “ai”, que traduz uma expressão de dor e sofrimento, a essas pessoas. Meus amados, eu e você, não podemos perder a autoridade que Deus nos confiou. Devemos, ser submissos à voz e à vontade de Deus, que será indubitavelmente cumprida sobre nós como manifestação explícita da sua fidelidade.
     Mas eu gostaria de destacar, quatro tipos de comportamentos vividos pela cidade de Jerusalém que deve ser evitado, em nosso meio, como povo de Deus. Não podemos cometer esses erros, contidos no v. 2:
     1) NÃO ATENDEM A NINGUÉM.
     Esse era o comportamento dos líderes e de todos os moradores de Jerusalém.
     Não davam ouvidos à ninguém.
     Não aceitavam opinião.
     Estavam tão obcecados pela autonomia em si mesmos que um sentimento de orgulho tomou conta deles, e isso foi manifesto em atos de rebeldia.
     Não ouviam a Deus, nem aos profetas, nem a ninguém que lhes dessem conselhos. (Provérbios 15.22 nos diz que: “onde não há conselhos, fracassam os projetos, mas com os muitos conselhos há bom êxito)
     Ouça as vozes dos sábios. Ouça, meu amado a voz dos profetas que te alertam a respeito de sua conduta. Atenda a essa voz, atenda à voz de Deus).
     2) NÃO ACEITAM A DISCIPLINA.
     Se não ouvem a ninguém, tampouco aceitarão a disciplina. A disciplina que Deus, em diversas ocasiões usou para corrigir o seu povo foi dura, e severa, pois o povo havia extrapolado. O próprio versículo 7, nos apresenta que mesmo depois de serem tratados por Deus, eles ainda se corrompem de madrugada, ou seja, não se submetem ao tratamento de Deus. (Hebreus 12. 10 e 11 nos afirma que a disciplina de Deus serve para nosso aproveitamento e nossa santificação, e que mais tarde trará frutos pacíficos de Justiça.
     Nem todos se submetem a disciplina de Deus. A rebeldia é ao meu ver, o pior de todos os pecados. Quando não se aceita o tratamento de Deus, a desgraça e a maldição está sobre o rebelde.
     3) NÃO CONFIAM NO SENHOR.
     Meus amados, tudo nos leva a crer que o povo de Jerusalém alcançou a pseudo autonomia. Isto é, não preciso de ninguém, não preciso de Deus, eu mesmo dirijo minha vida, com a ajudinha de alguns deuses estranhos (cap. 1 verso 4).
     O povo nem se quer se lembrava mais do Senhor (cap. 1 verso 6). Excluíram o Senhor Todo Poderoso de suas vidas. Quando não confiamos em Deus é como se destrancássemos a porta de nossa alma ao fracasso e à perdição.
     O senhor é nosso sustentador, nosso refúgio e fortaleza, nosso escudo, nosso baluarte. Não somos autônomos. Precisamos do Senhor, confiamos no Senhor.
     4) NEM SE APROXIMAM DO SEU DEUS
     O ápice da rebeldia, é a rejeição final à pessoa de Deus, sua intervenção, ou mesmo contato íntimo com ele. O sofrimento de Deus se traduz no auge da rejeição humana, em não querer qualquer proximidade de Deus.
     Eles trocaram o Senhor por outras coisas, por falsos Deuses, pelo materialismo, pelas coisas passageiras desse mundo. O Senhor se sentiu rejeitado e desprezado, mesmo depois de tanto ter abençoado esse povo. (Tiago 4.8: “chegai-vos a Deus e Ele se chegará a vós outros...).
     Mas quando não há interesse do homem em se aproximar de Deus? Somente o Espírito Santo é quem pode gerar no homem o desejo de se chegar a Deus.
     O povo sofreu a fidelidade de Deus diante da infidelidade de Jerusalém. Deus foi fiel à sua própria Palavra, porque não se quebrantaram diante de Deus.
     Meu amado, a chave da nossa vitória está em vivermos uma vida de submissão completa à vontade de Deus e esperar o cumprimento de suas promessas sobre nossas vidas. Seja diferente dos habitantes de Jerusalém. Seja ousado, aproxime-se de Deus e mude sua geração. Que Deus nos abençoe ricamente, em nome de Jesus. Reverendo Adeir Goulart da Cruz.



domingo, 21 de novembro de 2010

A Síndrome de Faraó (Êxodo 8.1-15)

    Vivemos um tempo em que o comodismo nos afeta da seguinte forma: sabemos o que devemos fazer em diversas, senão quase todas as situações que nos cercam, e não o fazemos. Conhecemos a solução, e a solução pode estar em nossas próprias mãos, quando Deus assim nos disponibiliza. Há um dito popular que ensina o seguinte: “Não deixe para amanhã, o que você deve fazer hoje!”.
    Somos especialistas em adiar decisões importantes de nossas vidas. Decisões que podem conter a solução para nossos problemas. E quem sofre com o adiamento das decisões, somos nós mesmos, e as pessoas que nos cercam e que em alguns casos estão sob nossa autoridade.
    O pequeno texto que acabamos de ler trata de um drama vivido pelo povo do Egito, que, com o coração endurecido não queria libertar o povo Judeu para retornar para sua pátria. E durante mais de 400 anos de estadia no Egito, os Judeus foram em determinado momento escravizados e oprimidos pela dura servidão no Egito sob o domínio do Faraó Ramssés II. (provavelmente)
    Nesse ínterim, Deus através de Moisés, manifesta seu poder de forma tremenda, e executa seus juízos sobre os egípcios, por três motivos: 1) para ser glorificado sobre os egípcios; 2) para mostrar que o domínio está em suas mãos; 3) para libertar seu povo.
    E uma das formas que Deus usa, é as dez pragas do Egito.
    Como a idolatria egípcia estava em alta, Deus se utiliza de pragas que tinham a ver com suas divindades: rãs, trevas, águas se transformam em sangue, etc.
    O que mais me chama a atenção nessa história, porém, não é a quantidade de rãs que se apoderaram do Egito, e sim a atitude de um homem que poderia ter amenizado a situação e poupado seu povo e sua família, de maiores sofrimentos. Notem que no v. 9, Faraó adia uma decisão que poderia trazer alívios para a nação. Os encantadores não puderam retirar as rãs, pelo contrário, só aumentaram a desgraça. Tudo estava nas mãos de Faraó, mas sua resposta é essa: amanha, você ora por mim e resolve o problema, Moisés. Hoje não. Ele preferiu ficar mais uma noite no meio dos sapos, a se humilhar e tomar a decisão certa.
    Quero meditar com os irmãos nessa noite sobre esse tema: A Síndrome de Faraó. Como Vencê-la!
    Há muitas pessoas hoje, diferentes de Faraó, pois são servas de Deus. Mas preferem adiar decisões importantes e sofrer noites e mais noites de tribulação, a tomarem essa decisão. Ficam “engolindo sapos”.
    Meu amado, não podemos adiar decisões que Deus quer que tomemos hoje. Não podemos mais engolir sapos na vida. Os sapos simbolizam tribulação, incômodo, perturbação. Imagine você, se sua esposa chega em casa e topa o quarto, a sala, a cozinha, o banheiro cheio de sapos.... ninguém dorme. Ninguém fica em paz. Era essa a situação dos Egípcios. Gostaria de apresentar algumas áreas de nossas vidas que devemos tomar decisões importantes hoje, e não podemos adiar para amanhã se é que queremos ser abençoados hoje:
    1) NÃO DEIXE SEU RELACIONAMENTO COM DEUS PARA AMANHÃ.
    - Meus amados, há decisões importantes que devemos tomar hoje, com relação a Deus, que não devemos deixar para amanhã.
    - Nosso compromisso, nossa vida de santificação, nossa vida devocional, nosso compromisso de adoradores, etc.
    - Há pessoas que estão postergando decisões importantes, e estão dormindo com as rãs. Estão vivendo atribuladas o tempo todo. E a família toda sofre. Filhos, esposa, irmãos, até mesmo a igreja.
    Certa vez Jesus disse a um grupo de pessoas: “se alguém quiser vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me (Marcos 8.34).
    Esse convite-ordem de Jesus, é para hoje, não é para amanhã. Amanhã pode ser tarde demais para ter tempo com Deus. Fique livre dos sapos hoje.
    Quando andavam pelo caminho, um homem lhe disse: - Eu te seguirei por onde quer que Tu fores. – Jesus respondeu: - As raposas têm suas tocas e as aves do céu tem seus ninhos, mas o filho do homem não tem onde repousar a cabeça. A outro disse: -siga-me! Mas o homem respondeu: -Senhor, deixa-me ir primeiro sepultar o meu pai. Jesus lhe disse: - Deixe que os mortos sepultem os seus próprios mortos; você, porém, vá e proclame o reino de Deus. Ainda outro disse: - Vou seguir-te, Senhor, mas deixa-me primeiro despedir-me da minha família. Jesus respondeu: Ninguém que pôe a mão no arado e olha pra trás é apto para o Reino de Deus” - Lucas 9: 57-62
    Jesus quer se relacionar com você ainda hoje. Não adie essa decisão.
    2) NÃO DEIXE SUA IGREJA PARA AMANHÃ.
    - Querido, coloquei nessa ordem, porque há muitas pessoas que tem compromisso com a igreja, mas não com Deus. Há muitos crentes que se dedicam à igreja e não tem compromisso com Deus.
    - Por outro lado, há muitos irmãos que afirmam ter comunhão com Deus, mas não se prontificam em ser útil na igreja.
    - Vão continuar engolindo sapos, dormindo com as rãs. Ageu 1.1-11 nos apresenta o porque do povo de Deus não ser abençoado (em todos os aspectos, inclusive financeiramente). Era porque esse povo deixou a obra do Senhor para amanhã. Engoliram o sapo da escassez, dormiram com a rã da miséria, porque deixaram o Senhor para amanhã. Quando o povo por intermédio do profeta Zorobabel atende a voz do Senhor, o quadro muda, e até a Glória do Senhor se manifesta no novo templo (cap. 2).
    - Priorize a obra do Senhor, e eu tenho certeza que você também estará no topo da lista de prioridades de Deus. Abrace a obra do Senhor. Tome essa decisão hoje, não deixe para amanhã.
    3) NÃO DEIXE PARA LUTAR PELOS SEUS SONHOS AMANHÃ.
   - Por incrível que pareça, há pessoas que já desistiram dos seus sonhos, da sua caminhada, e se acomodaram.
    - Estão tão envolvidas pelos problemas que desistiram de lutar. Sofrem mas, estão esperando um amanhã melhor, ao invés de lutar por um amanhã melhor.
    - Amados, não desistam de lutar pela solução dos seus conflitos no casamento, na vida dos filhos, nas finanças, e principalmente pelos seus objetivos. Gênesis 32.26, nos relata que Jacó não se acomodou no Vau de Jaboque, insistiu, lutou, persistiu até ficar manco, mas atingiu sua meta, que era ser abençoado por Deus.
    - Não sei qual é sua perspectiva hoje, meu amado, mas quero te dizer que você não pode deixar para lutar pelos seus sonhos amanhã. Lute agora.
    - Quer ver seu filho reconciliado? Então lute hoje. Quer sair de uma dívida? Então lute hoje. Quer ver almas se convertendo a Jesus? Então lute por isso hoje. Quer ver sua igreja abençoada? Então lute hoje.   Não deixe para amanhã o que você deve fazer hoje.
    Ramssés II sofreu todas as pragas, mas a praga das rãs ele poderia ter se humilhado e resolvido o problema imediatamente. Sofreu por mais uma noite. Até quando você ficará sofrendo?
    Basta uma decisão firme que você tomar agora, e sua vida pode mudar por completo. Não seja acometido pela síndrome de Faraó. Mas seja abençoado hoje, meu amado, em nome de Jesus, seja mais que vencedor em Cristo. Amém.
Reverendo Adeir Goulart da Cruz.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

MACKENZIE LUTA PELA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA. ABRACE ESSA LUTA!



UNIVERSIDADE MACKENZIE: EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO RELIGIOSA

    A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência.                 
    Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.
    Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).
    Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.
    Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 [LINK http://www.ipb.org.br/noticias/noticia_inteligente.php3?id=808] e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.
    Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.
    Para ampla divulgação.
   
    Portal da Igreja Presbiteriana do Brasil






quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CONFISSOES DE UMA EX ESPOSA DE PASTOR

Ela tinha 20 e ele 27 anos.
Ambos não sabiam que o outro existia.
Ela, nova convertida e cheia de alegria por ter sido encontrada pelo Caminho, pela Verdade e pela Vida.
Ele, não lembro exatamente agora, onde estava.
Ela veio a conhecer o mundo evangélico depois da sua compreensão da Verdade, que foi acontecendo enquanto caminhava pela vida, à sós com Deus. Deus a encontrou fora de qualquer religião, isso para ela é como um troféu. Tudo simples, apenas ela, o Evangelho e o Espírito.
Dois anos se passaram.
Ambos encontraram-se, então, numa pequena congregação que logo depois se tornou “igreja”, pois passou a preencher os requisitos requeridos no Manual Legislativo da denominação da qual havia passado a ser membro.
Ele, pastor denominacional e de família protestante “da mais alta linhagem teológica”, de 3º ou 4º geração, enfim, um invejável pedigree.
Ela, uma “trabalhadora de última hora”, ex-católica não praticante, sem família no ambiente religioso evangélico.
Ele, pastor formado em excelentes instituições, o totem da sua família.
Ela, a uma-boca-a-mais-na-mesa de uma família toda arrebentada, pais separados, mas, que na busca sedenta por Deus, com Ele encontrou-se aos 20 anos.
Ele e ela encontraram-se.
Em pouco tempo, casaram-se.
Ela...
Ela ainda acredita que apesar dos enganos da Religião, casou por amor.
Ele...
Não sei ao certo. Talvez tenha casado com ela pela cruel pressão psicológica que uma comunidade religiosa exerce sobre um pastor com quase 30 anos, ainda solteiro.
Ela tornou-se, então, uma nova convertida chamada por todos de Esposa-de-Pastor.
Esse foi seu único nome por muito tempo.
Ela, bem...
Ela nunca conseguiu deixar-se formatar pelo modelo de esposa-de-pastor.
Assim...
A comunidade religiosa não a aceitou. Começou a oprimi-la desde o início, houve uma rejeição coletiva da pessoa dela por ela não enquadrar-se nos padrões do que deve ser uma esposa-de-pastor segundo os moldes desse mundo evangélico doente.
Ela não conseguia entender simplesmente nada do que acontecia, as hostilidades gratuitas, os gritos agressivos em público contra ela, o fato de ser pauta na reunião do conselho da igreja por não conseguir estar presente sempre, as humilhações de senhoras em reuniões de senhoras.
Angústias profundas e ela adoeceu seriamente. Deprimiu-se com o fardo pesado que as pessoas da religião colocaram sobre seus ombros. Os domingos, que antes eram alegres, tornaram-se sufocantes, cheios de ansiedade, febres e outras somatizações.
Ela perdeu a alegria e ele também.
Ela...
Quanto mais deprimida ficava, mais humilhada era, pois correspondia cada vez menos às expectativas dos membros da “igreja” que tem a fixação de que mulher de pastor tem que ser, pelo menos, presidente de alguma sociedade feminina, pois isto “... a tornará mais feliz!”, era o que para ela diziam.
Ela refugiou-se no trabalho com crianças.
Ele, que sempre foi mais ele-pastor do que ele-mesmo, pois ser pastor era algo a que ele apegou-se mais do que ser ele próprio em primeiro lugar, perdeu-se de si mesmo diante dos olhos dela.
Ele deixou-se ser consumido pela instituição, que é pesadíssima e opera de maneira diametralmente oposta à simplicidade da proposta do Evangelho.
Ela, para minimizar tensões no lar, ouvia calada no café da manhã, no almoço, no jantar e em todas as horas do dia as lutas do pastorado dele, que giravam quase sempre em torno da burocracia da denominação, litígios no meio da comunidade e tribunais eclesiásticos, enfim, até a alma dela fadigar.
Ela adorava quando o dia terminava, pois ficava a sós com Deus buscando um pouco de alívio.
Ela chorava, pois via tudo desmoronar.
Ele foi adoecendo da doença chamada Religião sob os olhos dela e ficando uma pessoa cada vez mais agressiva.
Ela percebeu. Advertiu-o sobre o cultivar do amor entre eles. Ele não ouvia mais. Estava absorvido por tudo que dizia respeito à Santa Madre Igreja Protestante.
Ele tornou-se por dentro seco e frio como a Constituição da denominação à que servia, e servia como quem serve a um ídolo.
Ele, cujo Nome Próprio havia se tornado cada vez mais em Sr. Pastor-Ordenado-da-Igreja-Tal, não tinha paz em um segundo de sua vida.
Ela sempre questionou o que via e ouvia, e, calada e em oração, conferia coisa com coisa no coração.
Ela foi tornando-se cada vez mais convicta de que havia algo errado, pois não havia o Amor em nenhum lugar na “igreja” da qual ele era pastor, modo simples de aferição das coisas dado pelo Mestre, Amor, que é a marca da comunidade dos discípulos de Jesus.
Ela viu que tudo aquilo era antítese do Evangelho de Jesus e disse para si mesma observando, um certo dia, o ajuntamento de pessoas que apenas digladiavam-se o tempo todo no dia a dia da vida comunitária, e causavam danos umas às outras:
“Ou eu pago o preço alto e faço a ruptura com tudo isto aqui, e mantenho minha lucidez, ou me torno mais uma nessa linha de produção de gente adoecida e diluída na personalidade.”
Ele adoecia cada vez mais e era cada vez mais agressivo com ela. Ela passou a temer a companhia dele.
Ela havia cansado de lutar sozinha para manter acesa a última fagulha de sentimento que ainda existia.
Ele, adoecido, humilhava-a.
Ela estava traumatizada e sua alma em ruínas.
Tudo acabou.
Ambos seguem seus caminhos sozinhos.
Ela recupera devagar a alegria por ter sido encontrada pelo Caminho, pela Verdade e pela Vida. Tem o Evangelho, somente, como lâmpada para os pés e luz para o seu caminho.
Ela quase não tem notícias dele.
Ele, ouvi falar, estava novamente falando de um púlpito para algum ajuntamento de gente, pela denominação que lhe dá Nome e Sobrenome.

extraído de: http://www.genizahvirtual.com/2010/11/confissoes-de-uma-ex-esposa-de-pastor.html

domingo, 14 de novembro de 2010

PROTEGENDO MEUS TESOUROS (2 REIS 20.12-19)

      A era monárquica em Israel e Judá foi marcada de grandes altos e baixos na história do povo de Deus. Quando os reis observavam os preceitos divinos, a nação inteira ganhava com isso. Porém, quando os reis desobedeciam, a nação inteira sofria. Embora todos os reis estivessem debaixo da instrução profética, nem todos observavam o que Deus sancionava pela boca dos seus profetas. Hoje a história se repete. Vivemos uma grande corrida pela bênção de Deus, e ao passo de que cremos que Deus não nos toma o que nos dá, penso eu que nós é quem não guardamos nossos tesouros, não colocamos guardas em nossas vidas e perdemos coisas valiosas devido à portas que abrimos para os assaltantes espirituais.
      A ênfase hoje é ser abençoado por Deus de diversas formas, mas não vigiar e guardar as coisas mais valiosas que Deus nos deu.
      O texto proposto para essa meditação, nos traz a história de um dos melhores reis que Judá já teve. Um homem temente a Deus, estrategista, inteligente, sábio, que trouxe 29 anos de prosperidade para Judá nos tempos do seu reinado. O Rei Ezequias.
      Mas como todo mortal, certa vez esse homem foi acometido pelo sentimento de soberba, e foi atingido por uma doença incurável. Ao constatar que suas riquezas de nada adiantariam, e que seu dinheiro não compraria sua cura, esse homem ora a Deus e se humilha clamando por misericórdia.
      Deus se agrada da oração desse homem e lhe concede mais quinze anos de vida, e o cura de sua enfermidade.
      Passados alguns anos, esse homem comete um dos piores erros que qualquer rei poderia cometer nos tempos monárquicos em Israel e Judá: abre as portas de sua casa e mostra todos os seus tesouros a Merodaque-Baladã, um babilônico.
      Todos nós sabemos que mais tarde, os babilônicos é quem invadiram Jerusalém levando tudo o que era mais valioso. Ezequias mostrou toda a riqueza para um povo inimigo. Ezequias derribou tudo o que havia conquistado ao abrir as portas de Jerusalém aos babilônicos. Ele não soube proteger seus tesouros mais valiosos.
      Como conseqüência desse gravíssimo erro, Isaías profetiza que esse mesmo povo levaria tudo o que era mais valioso de Jerusalém para a Babilônia.
      Precisamos proteger nossos tesouros. E não deixar que sejam roubados. Ezequias não soube guardar sua própria casa, seu próprio palácio. Essa maravilhosa lição nos ensina que nós não podemos cometer os erros de Ezequias. Quais foram os erros de Ezequias, o que alavancou uma estratégia de invasão que durou décadas e que nós não devemos cometer?
      1) NÃO FAÇA ALIANÇA COM O SALTEADOR (v. 12)
      Meus queridos, notem que a nação que Ezequias buscou amizade foi a nação que amanhã invadiu, saqueou Jerusalém. Ezequias ao ser curado por Deus, aceitou a visita de Merodaque-Baladã, o rei da Babilônia.
      Com certeza a comitiva que examinou os tesouros de Ezequias ficou vislumbrada com tanta riqueza e tantos detalhes na casa do rei, isto é no palácio de Jerusalém e com certeza no templo.
      Nós não podemos fazer aliança com o salteador. Ele veio para roubar, matar e destruir. Ele veio roubar nossas riquezas, nossos sonhos e as promessas que recebemos do Senhor. Não faça aliança com Merodaque-Baladã. Não faça aliança com as trevas. Não se curve, meu amado, não ceda a pressões, não se contamine.
      2) NÃO ABRA AS PORTAS DA SUA VIDA PARA O SALTEADOR (v. 13, 15)
      Meus irmãos, o Rei de Judá abriu os portões de Jerusalém, e deixou que a comitiva de Merodaque-Baladã entrasse e perscrutasse todos os tesouros da casa real. O segundo erro de Ezequias foi abrir as portas da cidade para os inimigos salteadores.
      A partir daí, meus amados, tudo o que era aprazível aos olhos dos babilônicos foi catalogado. Os tesouros da casa real, do templo e tudo o que tivesse valor. Meus amados, cinco gerações de reis depois, precisamente no reinado do rei Jeoaquim, em seu terceiro ano de reinado, a profecia de Isaías (v. 17,18) se cumpre conforme capítulo 24.13 e conforme Daniel capítulo 1. Provavelmente Merodaque-Baladã levou todo o inventário que foi levantado da casa real, para a Babilônia e durante cinco gerações de reis, a estratégia de invasão foi elaborada.
      Quando se abre as portas para o salteador, nossa vida é saqueada. Nossa família, nossos sonhos, nossos relacionamentos, enfim, os nossos tesouros são levados. Não abra as portas da sua casa, ou da sua vida para o salteador.
      3) NÃO SE ACOMODE QUANTO À AMEAÇÃ DO SALTEADOR (v.19)
      Irmãos, o comodismo gerado pela frieza e pelo egoísmo do rei de Judá é impressionante. O profeta Isaías adverte que tudo o que era valioso em Jerusalém seria levado. Mas não era apenas ouro e prata. Era também a família do rei. Isaías prediz que os filhos de Ezequias seriam castrados e levados para servirem de eunucos na babilônia pelo resto de seus dias (v.18).
      Mesmo sendo apontado o erro do rei, ele não se retrata. Mesmo sendo informado das conseqüências nas gerações futuras, o rei não se importa. Estava vivendo uma vida confortável em seus dias. Ao receber as predições do profeta Isaías ele se tranqüiliza, dizendo: “ufa! Ainda bem que isso não vai acontecer no meu reinado”, “ainda bem que quando isso acontecer eu não estarei mais aqui, serão meus descendentes que enfrentarão os babilônicos”. O comodismo traz essa frieza e esse egoísmo.
      Não se acomode meu amado, vença o comodismo, deixe um forte legado. Ajude a construir os heróis da próxima geração. Eu e você não estaremos aqui, mas nossos filhos e netos sim. Não deixe que a próxima geração seja saqueada. Lute, fortaleça sua vida, seus sonhos, seus projetos, e deixe um legado vitorioso à próxima geração. Talvez você pense que a bomba não vai estourar na sua mão, mas talvez estourará nas mãos de seus descendentes. Lute, mude de vida, construa, e seja responsável por uma geração fortalecida e comprometida com Deus.
      Meus amados, proteja seus tesouros. O que é mais valioso para você hoje? Você tem protegido o que Deus te deu? Então não faça alianças com o salteador. Não abra as portas para o salteador, e não se conforme com as ameaças do salteador. Salve o tesouro da sua família, seu relacionamento com Deus, com seu Irmão, suas finanças, sua saúde, SUA ALMA. Proteja seu maior tesouro, em nome de Jesus, e não acredite em Merodaque-Baladã. Seja mais que vencedor em Cristo Jesus, em nome de Jesus, amém.
      Reverendo Adeir Goulart da Cruz.

domingo, 7 de novembro de 2010

IMPEDIDOS DE VEREM A JESUS (LUCAS 18.35-43; 19.1-10)

      Meus amados, todos nós conhecemos o texto proposto para nossa meditação. Mas antes de prosseguir, eu gostaria de fazer algumas considerações importantes que irão elucidar melhor os pontos dessa mensagem para nossa maior compreensão:
      1) O nome Bartimeu significa sensibilidade, simpatia, receptividade, cooperação, diplomacia;
      2) O nome Zaqueu significa puro, casto, que não se contamina.
      3) Ambos possuem belos nomes, mas uma história vergonhosa.
      4) Bartimeu era cego, mendigo, pobre.
      5) Zaqueu era saudável, rico e abastado financeiramente.
      6) Bartimeu esmolava para sobreviver, pois não podia trabalhar sendo cego.
      7) Zaqueu era funcionário da Receita Federal de Roma, ganhava bem e segundo o texto, provavelmente cobrava mais do que deveria, retendo para si a diferença.
      São diferenças e semelhanças que os tornam muito diferentes um do outro, mas que ao mesmo tempo os torna iguais perante Jesus. Mas eu gostaria de destacar aqui, meus queridos, uma semelhança principal que os une dentro da mesma necessidade salvífica que ambos tinham. Eles não podiam ver a Jesus. Estavam impedidos não somente de ver mas também de ter qualquer contato com Jesus.
      Bartimeu não podia ver porque era cego, e a multidão apertava cada vez mais gerando muito tumulto. Zaqueu não podia ver porque era muito baixo e não conseguia uma visão privilegiada. Ambos se utilizam de estratégias diferentes para ver a Jesus. Bartimeu não enxergava, mas ouvia perfeitamente e ao se inteirar de quem é que passava e ter certeza de que era Jesus, usa sua maior ferramenta: a voz, e começa a gritar desesperadamente pela Misericórida de Jesus. Zaqueu por sua vez, por ser baixo não conseguia ver a Jesus e sobe em uma árvore para conseguir visualisar melhor o salvador.
      Jesus sabia que eles estavam ali. Jesus não precisava que alguém o gritasse ou subisse numa árvore para ser notado. Mas o desejo de ver a Jesus por parte desses dois homens eram tão grande que Jesus parou para ter com eles.
      Meus amados eu gostaria de meditar com os amados sobre algumas lições que o texto nos ensina no tocante à Bênção de Jesus, que irá ser derramada nesta noite se você crer e desejar ardentemente uma mudança em sua vida. Essa maravilhosa história nos ensina que:
      1) TODAS AS CLASSES PRECISAM ENXERGAR JESUS (18.35; 19.2,3)
      Meus amados, Bartimeu não podia ver Jesus porque era cego. Zaqueu não podia ver Jesus porque era baixo. Mas muito pais do que somente por esses dois motivos, espiritualmente eles não podiam ver Jesus porque estavam impedidos espiritualmente. Ainda não estavam libertos de seus pecados.
      Todas as classes sociais precisam se encontrar com Jesus. Todos necessitam de salvação. Todos necessitam da bênção de Jesus. Os ricos precisam de Jesus. Os pobres precisam de Jesus. Não importa nossa condição sócio-econômica. Todos nõs precisamos enxergar a Jesus.
      Quando somos impedidos de ver a Jesus pelos nossos pecados, pelos problemas que nos cercam, nossa vida se afunda num mar de desespero, inércia, incredulidade e perdemos a percepção de Jesus, e nos afastamos cada vez mais dele.
      Precisamos de Jesus em todas as áreas da nossa vida. Espiritual (principalmente), na saúde, no campo familiar, nas finanças, enfim... Jesus é o único que pode nos livrar das nossas dores e de tudo o que nos impede de vê-lo. Lucas 24.13-35 nos traz o relato dos dois discípulos no caminho de Emaús logo após a morte e sepultamento de Jesus. Eles iam andando e comentando tudo o que aconteceu nos últimos dias. De repente Jesus aparece e se inteira do que estava acontecendo, e vão caminhando e conversando sobre tudo o que havia acontecido. Esses dois discípulos estavam tão atordoados, amedrontados e preocupados que não reconheceram que era Jesus. Estavam impedidos de vê-lo. Meu amado, não perca Jesus de vista em nenhuma situação da sua vida.
      2) JESUS PÁRA PARA NOS ATENDER QUANDO DESEJAMOS UMA TRANSFORMAÇÃO DE VIDA (18.40-42; 19.5)
      Meu amado, Jesus não fica inerte quando clamamos por socorro. Ele não está ocupado demais que não possa nos atender. Ele ouve nosso clamor. Ainda que você não grite como Bartimeu, mas clame pela eloqüência da alma, como Zaqueu, Jesus escuta e pára para nos atender. No salmo 113.5-9, o salmista relata que ninguém há como o Senhor que se inclina para ver o que está acontecendo conosco. E ele ergue o desvalido do pó, das ruínas, o necessitado, e os honra na presença dos príncipes e dá fertilidade à mãe estéril.
      Jesus se inclina para ver de perto o que está acontecendo conosco. E quando nosso coração deseja ardentemente uma resposta Dele, ele ouve nossos atos de desespero. Seja um clamor desesperado, um choro, ou uma forma de ver Jesus mais de perto.
      Se você quer uma resposta visível de Jesus, para sua vida, então clame, chore, se humilhe, peça, faça o que for necessário... Jejue, ore, faça propósito, mas tenha determinação, meu amado, minha amada, para chegar à sua vitória. Jesus vai parar para te atender. Ele nos ouve. Peça a Deus para restaurar sua visão e tirar todo impedimento dos seus olhos. Veja Jesus agir na sua vida e mudar sua história de forma poderosa e miraculosa.
      3) NOSSO ENCONTRO COM JESUS PRECISA GERAR FRUTOS (18.42-43; 19.8,9)
      Em ambos os casos, houve nessa ordem: a) a atenção de Jesus; b) o atendimento de Jesus; c) a salvação em Jesus; d) a glorificação de Jesus.
      Isso tudo é manifesto em atitudes que demonstram uma mudança radical de vida. O cego humilhado agora salta e comemora, seguindo a Jesus até uma certa altura e glorificando a Deus. Sua vida nunca mais foi a mesma. Ele experimentou salvação de uma vida humilhante e terrível, e também a salvação eterna.
      Zaqueu evidencia sua transformação agora, glorificando a Jesus, da seguinte forma: a) obedecendo a Jesus, descendo da árvore e o hospedando em sua casa; b) confessando seus pecados; c) reparando seus erros; d) sendo também salvo da perdição eterna.
      Quando nós tivermos a exata percepção da presença de Jesus em nossas vidas, no meio dos nossos problemas, então teremos nossas vidas totalmente mudadas, abandonaremos nossos pecados, repararemos as brechas, consertaremos nossos erros e evidenciaremos que somos salvos em Cristo Jesus, e o melhor de tudo isso: o nome do Senhor será glorificado.
      Deixe Jesus entrar em sua casa, curar você da cegueira espiritual, deixe Jesus transformar sua vida, sua história enfim toda a sua família. Você será salvo da situação imediata que está vivendo hoje mas também da perdição eterna.
      Não importa sua classe social. Você precisa de Jesus. Não importa sua condição física. Você precisa de Jesus. Não importa se até agora você teve uma história feliz, bem sucedida, cheio de saúde, de dinheiro, de amigos, ou mesmo sem tudo isso, você precisa de Jesus.
      Ainda que sua vida esteja aparentemente bem, você precisa enxergar Jesus. Ainda que tudo esteja desmoronando, e de mal a pior, você precisa enxergar Jesus. A visão que você terá, não é de um deus pendurado numa parede com cara de moribundo sofredor. Ou mesmo de uma estátua de braços cruzados, mas você terá a visão do filho de Deus e ouvirá Dele duas frases: que queres que eu te faças? E Hoje houve salvação nesta casa, isto é, a tua fé te salvou. Veja Jesus, meu amado e seja mais que vencedor. Em nome de Jesus, amém. Rev. Adeir Goulart da Cruz

terça-feira, 2 de novembro de 2010

REFORMAS JÁ!!! (1 REIS 18.1-7)

     “Agora ouçam as vozes de seus queridos parentes e amigos mortos! Eles estão pedindo a vocês: Tenham piedade de nós! Tenham piedade de nós! Estamos em terríveis tormentos! Somente vocês podem nos salvar. Tudo o que precisamos é de uma pequena contribuição! Por que vocês não nos ajudam? Abram seus ouvidos... ouçam os pais clamando aos filhos: nós lhes demos a vida, os alimentos e os educamos! Deixamos a vocês nossa herança! Por que vocês são tão cruéis que não queiram nos salvar agora? Vocês vão nos deixar aqui em chamas para sempre? Vocês querem realmente retardar nossa entrada no céu?”
     Essa era a propaganda herética veiculada por João Tetzel, o pregador das indulgências pelas ruas da Alemanha em 1517. Um dos momentos mais dramáticos que ocasionou o cisma da igreja em duas partes: protestantes e católicos, se deu entre muitos outros motivos, por causa das indulgências (um tipo de taxa para salvação ou por qualquer outra coisa). Lutero, revoltado com essa mensagem mentirosa, escreve 95 teses contra esse sistema enganador, e como resultado é excomungado da igreja, visto não ter se retratado. O problema era tão grave já nessa época que vendia-se água milagrosa, pedaço da cruz de Cristo, dente de João Batista, e as pessoas pagavam achando que isso traria algum benefício.
     O misticismo tomou conta das pessoas já nesses séculos. Vários homens fiéis a Deus morreram, foram torturados pelo tribunal da “santa inquisição” por protestarem contra esse sistema anti-bíblico chamado “mercado da fé”. A reforma protestante surge do esforço desses homens em manter a pureza doutrinária da igreja.
     Meus amados, o texto que lemos trata também de uma das primeiras reformas protestantes já registrada, não nos livros de história secular, mas na própria Palavra de Deus. O ideal de Lutero estava no coração do rei Ezequias. Notem que Israel vivia um processo de paganização semelhante ao que a igreja primitiva viveu ao longo dos anos. Ele trouxe a reforma político-econômica e religiosa nos tempos do seu reinado. Confrontou a idolatria, baniu o culto estranho do arraial de Israel, quebrou as estátuas, os amuletos, e trouxe prosperidade à terra, pois Deus era com ele e abençoava suas mãos.
     Israel foi completamente transformado nos tempos do rei Ezequias, pois ele teve coragem para mudar. Hoje eu e você se quisermos ser mais abençoados por Deus, também teremos de mudar. Não vamos a lugar algum se coisas estranhas existirem entre nós e Deus. Meu querido se você quer plena paz, plena alegria, e a aprovação de Deus, você precisa de uma reforma protestante na sua realidade existencial urgente. O grito que ecoa em todas as áreas de nossas vidas hoje é o mesmo que ecoou nos tempos do rei Ezequias e nos tempos de Lutero: “REFORMAS JÁ”.
     Precisamos de uma reforma urgente:
     1) NA MINHA MENTALIDADE CRISTÃ (Romanos 12.1,2)
     Meus amados a reforma começa internamente, quando reconhecemos que estamos errando, quando renovamos nosso entendimento pela Palavra de Deus e buscamos mudança.
     Essa reforma interior, não é o resultado da somatória dos padrões morais impostos e deixados pelas filosofias modernas ou tradicionalistas, mas algo que transforme dia após dia nosso caráter, nos fazendo conservar nossa identidade cristã.
     O rei Ezequias entendeu isso aos 25 anos de idade (v.2), compreendeu que mudanças precisavam ser feitas. Ele renovou ou reformou o seu entendimento. Ele reformou seu pensamento e teve coragem para mudar. Ele implantou essa nova mudança de mentalidade. Ele ensinou que o Senhor é o único e verdadeiro Deus. Reformar a mente através da Palavra de Deus traz benefícios em todas as áreas: espiritual, familiar, financeira, relacional, ministerial. Reforme sua mente e experimente a boa, perfeita e agradável vontade de Deus.
     2) NA MINHA FAMÍLIA (IS. 61.9"A sua posteridade será conhecida entre as nações, os seus descendentes, no meio dos povos; todos quantos os virem os reconhecerão como família bendita do SENHOR.")
     Meus amados, quando nos adequamos aos padrões bíblicos prescritos na Palavra de Deus, toda nossa casa é beneficiada. Isso envolve mudança de comportamento, santidade, perdão, princípios morais, obediência aos pais, à Deus e um completo serviço prestado à sociedade como família que pode mudar a história das pessoas que nos cercam.
     O rei Ezequias seguiu o exemplo de seus ancestrais (v. 3). Mais tarde seu filho Manasses promove uma desgraça em Judá e implanta novamente a idolatria, até mesmo sacrificando seus filhos no fogo. Mas Ezequias teve ousadia para mudar. Ouse, meu amado. Mude a história de sua família. Seja família bendita do Senhor.
     Reformas já nas famílias. Mudanças agora. Urgente. Peça a Deus para reformar totalmente sua família, seu casamento, seus filhos, seus relacionamentos entre seus familiares, etc.
     3) NA IGREJA (2 Reis 18:4) Meus queridos, o culto em Jerusalém antiga reunia na verdade toda a igreja judaica vétero testamentária. Quando se reuniam os judeus para adorar a YHWH na verdade era a igreja que estava se reunindo. Muitas aberrações doutrinárias estavam sendo inseridas na igreja antiga e isso se estendeu ao longo da história. Até mesmo a igreja pós apostólica sofreu com a inserção de heresias e doutrinas estranhas no seu seio.
     As Indulgências Voltaram. Os Tetzel’s de hoje estão entre nós... vendendo, negociando barganhando as Bênçãos de Deus que nos dá de graça e nos exige apenas uma coisa: fidelidade, amor e obediência a Ele. Mas os Hananias (Jr. 28.1-17) do século XXI não vão desistir de pregarem aquilo que as pessoas querem ouvir, aquilo que massageia o ego, mas não transforma o caráter.
     Precisamos voltar à Palavra de Deus. As aberrações estão presentes. A Palavra de Deus em 2 Timóteo 4.1-4 nos dá a receita: “Conjuro-te, pois, diante de Deus, e do Senhor Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, Que pregues a palavra, instes a tempo e fora de tempo, redarguas, repreendas, exortes, com toda a longanimidade e doutrina. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; E desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.”
     Preserve a sua doutrina e antes que você se entregue às fábulas, reflita: isso está nas sagradas Escrituras?
     Ouse mudar, meu amado, reforme sua mente, sua família e sua igreja e se amolde aos padrões de Deus. Em nome de Jesus, amém.