quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

CONSTRUINDO PRINCÍPIOS SOBRE ALICERCES SÓLIDOS (MATEUS 7.24-27)


    Me lembro sempre de várias histórias que aprendi na infância quando as escolas recomendavam a leitura de certas histórias infantis como requisito de avaliação literária. Mas uma história muito interessante chama a atenção nao só de crianças mas também de muitos adultos, que é a história dos tres porquinhos. Quem conhece vai se lembrar agora da sua infância. Quem nao conhece vai aprender agora:
    "Era uma vez três porquinhos irmãos que viviam numa floresta que era aterrorizada por um lobo feroz.   Todos os animais temiam esse lobo, e se escondiam como podiam. Esses três porquinhos se cansaram de fugir desse lobo e resolveram construir casas para se abrigarem de seus ataques. O primeiro porquinho juntou toda a palha que encontrou na floresta, e assim, fez a sua casa de palha, cobriu, enfeitou-a e se mudou para ela. O lobo então se pôs diante dessa casinha simples e fraca e disse: - Vou inflar, vou soprar e essa casa no chão cairá! E assim fez: encheu os pulmões de ar, soprou fortemente e a casa vaio a baixo. O primeiro porquinho fugiu para a casa do segundo porquinho.. O segundo porquinho construiu sua casa de tábuas. O lobo se colocou diante da casa e disse: - Vou inflar, vou soprar e a casa no chão cairá. E assim ele fez. A casa caiu. O primeiro e o segundo porquinho desabrigados fogem para a casa do terceiro porquinho. O terceiro porquinho, o mais prudente sabendo o que acontecera aos seus finados amigos, construiu sua casa com tijolos, concreto e materiais mais sólidos e resistentes. O lobo se colocou diante de sua casa e disse: - Vou inflar, vou soprar, e essa casa no chão cairá!!! Ele encheu de ar os pulmões, e soprou com todas as suas forças. Mas a casa não caiu porque era uma casa construida com materiais sólidos. O lobo então desistiu de derrubar aquela casa e foi embora. 
    O texto que acabamos de ler nao menciona os três porquinhos mas conta uma ilustração que o próprio Jesus elaborou para elucidar uma lição muito importante para todos nós. Há muitos lares, muitas casas, muitas famílias, muitos sonhos desabando, porque são construídos sobre alicerces fracos, e com materiais de má qualidade. Os lobos estão aí todos os dias soprando contra nossa vida, principalmente contra uma das maiores e mais antigas instituições já estabelecida no projeto do Criador: a Família. Muitos lares estão desabando por causa dos ventos, causados pelos lobos do dia a dia. Quantos lares já foram despedaçados, quantas famílias já foram destruídas, não por causa dos ventos, mas por causa da fraqueza de seus alicerces, e da péssima qualidade dos materiais investidos em sua construção.
    A referência bíblica usada aqui, enfatiza que Deus nos disponibiliza dois engredientes na construção de nossos lares. Os valores Cristãos, extraídos do evangelho, e os valores mundanos extraídos da filosofia do pecado. Dois solos são apresentados aqui, a Rocha que é inabalável, e a Areia, que é maleável e se desfaz no meio das tempestades. Dois fundamentos são apresentados nesse texto: Rocha e Areia. Mas qual é o verdadeiro fundamento? Em qual deles devemos construir nossa casa? Com certeza eu e você responderíamos a Rocha.
    A rocha significa o próprio Senhor Jesus, A Palavra de Deus, O Evangelho revelado, e todos os princípios e valores extraídos do beneplácito da vontade do Senhor. Quando fincamos nossas bases na rocha, nos tornamos inabaláveis. Os lobos podem soprar mas nossa casa não será abalada. Nesse ínterim, gostaria de compartilhar com você, amado leitor algumas verdades acerca do verdadeiro fundamento no qual todos nós devemos construir nossas casas:
    1) TODO CRISTÃO AUTÊNTICO CONHECE O VERDADEIRO FUNDAMENTO (v. 24 e 26)
    "todo aquele que ouve essas minhas Palavras e as pratica..."
    "todo aquele que ouve essas minas Palavras e não as pratica..."
    Isso implica que todos nós cristãos conhecemos o verdadeiro fundamento porque ouvimos todos os dias, todos os ingredientes desse fundamento. São os ensinamentos das Escrituras. se praticamos, estamos construindo sobre a rocha. Se não praticamos estamos construindo sobre a areia. E no devido tempo a casa vai cair. A Palavra de Deus é nosso manual de vida. Conhecemos a Palavra, se não conhecemos, sabemos ser ela a bússola para nosso caminho, lâmpada para os nossos pés... 
    O verdadeiro Cristão conhece os fundamentos porque ele busca a vontade de Deus em sua Palavra, e não faz nada, não toma nenhuma decisão, não se precipita, sem buscar a direção de Deus. Ele recolha dia a dia ingredientes sólidos para construir sobre o verdadeiro fundamento. 
    2)TODO CRISTÃO AUTÊNTICO CONSTRÓI SUA CASA SOBRE O VERDADEIRO FUNDAMENTO (v. 24b)
    "... homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha."
    Subentende-se que o homem prudente aqui, não é o homem de sabedoria humana, mas sim o cristão autêntico, quebrantado e fiel à Palavra de Deus, que é praticante dela e não somente ouvinte. Se assim procedemos, estamos construindo no verdadeiro fundamento. Desprezar a Palavra de Deus é construir sobre a areia.
    Podemos mencionar os ingredientes presentes no verdadeiro fundamento, que são na verdade princípios e valores de Deus para nossa família: Santidade pessoal, Honestidade nos negócios, sinceridade diante de Deus e do meu cônjuge, comunhão diária com Deus, dentro e fora da igreja; culto doméstico famíliar, pureza na mente, no vocabulário, e no agir diante de um mundo pervertido; firmeza nos meus princípios (Daniel 1.8), e muitos outros. Escolha seus ingredientes.
    3) TODO CRISTÃO AUTÊNTICO TEM SUA CASA PRESERVADA POR QUE ESTÁ SOBRE A ROCHA. (v. 25)
    "e caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto sobre aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha."
    O principal objetivo do lobo, é destruir os lares e devorá-los. O diabo, nosso adversário anda rugindo buscando quem possa tragar. Se quisermos ter uma prova visível de todas as catástrofes familiares, é só ligarmos a TV e acessarmos os noticiários. 
    O mundo, que infelizmente está sob a influência do maligno tem usado de todas as suas forças e estratégias contra as famílias. Um arsenal pesadíssimo está sendo usado contra os lares, como por exemplo, a promiscuidade, a lascívia, o homossexualismo, o sexo antes do casamento, a banalização do relacionamento conjugal, pedofilia, violência familiar, mentiras, adultérios, e muitas outras "novidades" antigas do Éden que são apresentadas com o seguinte rótulo: "não tem nada a ver".
    Por causa dessa maldita frase, muitos estão condenando seus lares à ruína completa, porque usam esses engredientes ineficazes, e reprovados por Deus na construção de suas vidas. Existem por causa disso, muitos pais e mães sofrendo, chorando por causa de suas famílias, porque escolheram alicerçá-las na areia.     Quando os ventos vieram, suas vidas vieram ao chão. Há muitas famílias que embora até sejam religiosas estão desprezando os ingredientes de Deus na condução de seus lares. Suas casas estão caindo, suas vidas estão desmoronando. Os ventos não param de soprar sobre os lares, e eles tendem a aumentar. Qual vai ser sua atitude? Qual será sua resposta?
    Quero concluir, enfatizando qe o Espírito Santo pode colocar em nosso coração o propósito de santificar nossa família e consagrá-la a Deus. Isso não é um ritual isolado como muitos que vemos por aí, mas é um estilo de vida, um compromisso, um voto, uma renovação de aliança com o Pai. A escolha é nossa. Qual vai ser nossa escolha diante da edificação do nosso lar, nossa família, nossos projetos, enfim, nossa vida. Qual será o alicerce, a base, os ingredientes que usaremos? A areia ou a rocha? A Palavra de Deus é a base inabalável, Jesus é a Rocha inabalável, lembre-se do Salmo 127.1:
    "Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam."
    Deixe o Senhor com seus ingredientes, construir sua casa, enfim sua vida. Não troque a receita de Deus pela mentira do mundo. Não substitua a rocha pela areia. Que Deus o abençoe ricamente e construa seu lar na Rocha que é Jesus.

Reverendo Adeir Goulart da Cruz

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

CONHECENDO QUEM NÓS ADORAMOS (ATOS 17.16-34)


    O Darwinismo já completou mais de 200 anos em todo o planeta. Charles Darwin é conhecido por ter elaborado a mais controversa teoria, que revolucionou a ciência e a religião: A Tese do Evolucionismo, através da seleção natural das espécies. Essa teoria tem , causado muitos estragos sobretudo na mente das crianças, que infelizmente são educadas pela maioria dos pedagogos, desde pequenas aprendendo que Deus não existe e que portanto nao criou nada.  
    Darwin, quando ainda moço, foi aconselhado pelo pai a cursar um curso teológico numa escola na Inglaterra. Mas depois de alguns anos abandona redicalmente o curso e o protestantismo e se ocupa da pesquisa científica. Em muitas de suas viagens biológicas coletou informações suficientes para formular a mais famosa tese científica: a tese do evolucionismo. 
    Essa tese afronta as Escrituras porque ofende a Deus ao colocar a existência do mundo bem como a evolução das espécies como um mero acidente, uma eventualidade produzida pela seleção natural. Ele afirma em sua teoria que não foi Deus quem criou o mundo, mas tudo veio a existir do acaso natural. Retrocedendo a alguns bilhões de anos atraz, os cientistas resolvem fundir a teoria da evolução, ao big ben.
Infelizmente as instituições de ensino "laicas" e não cristãs estão hoje ridicularizando o criacionismo. Notem que a maioria das teorias evolucionistas nunca foram realmente provadas, não no campo da religião, mas no próprio campo da ciência. Muitos de seus testes foram imprecisos, negativos, ou contraditórios, como é o caso do teste do carbono 14. Vejo que é necessário muito mais fé para acreditar nessas teorias do que acreditar nas Escrituras Sagradas. A Bíblia se prova por ela mesma e para que os céticos e incrédulos não tenham dúvidas, basta recorrer à pesquisa científica para constatarem que a Bíblia tem sido comprovada pela ciência. No entanto essas provas são necessárias apenas para os admiradores das teorias de Darwin, e não para nós os que cremos.
    O texto que foi proposto para nossa meditação traz na verdade o outro lado da moeda. Se existe também o extremo do racionalismo evolucionista, que agride a pessoa e os atributos de Deus, existe também o extremo do paganismo que adora tudo o que vê pela frente. O politeísmo. O homem é um ser religioso como ensinou Calvino, ao afirmar que no seu interior reside o Sensus Religiones, ou o Sensus Divinitatis. É a consciência inconsciente de que dependemos de alguém superior, e devemos nos empenharmos para o encontrarmos e o cultuarmos. Até os ateus mais convictos possuem essa marca. Até nas tribos mais remotas e não catequizadas, os tribais escolhem seus Deuses e o adoram, como tal, como por exemplo: a água, o sol, alguns animais, e outras figuras que são frutos das invencionices dos homens.
    O texto que lemos não trata de Ateus, porém de homens excessivamente religiosos. O texto não aponta aqui pessoas incultas, mas homens letrados, doutores, profundos conhecedores da cultura Helenista, homens extremamente racionais, que buscavam o transcendente, o sobrenatural, o metafísico. Esses homens com quem Paulo se depara na Grécia, adoravam tudo o que viam pela frente e que pudesse lhes oferecer algum tipo de cultura, de sabedoria ou explicação racional. Eram portanto, homens sábios, filósofos, epicureus de uma inteligência privilegiada, pessoas cultas que criam em muitas divindades.
    A idolatria nessa cidade era tão intensa que o Espírito Santo conduz Paulo até o areópago e lá ele se depara com toda sorte de estatuetas que representavam os Deuses do Olimpo, e talvez muitos outros. Com certeza, enquanto Paulo percorria os corredores da sabedoria ateniense dentro desse areópago, se deparava com as estátuas de Afrodite, Zeus, Hermoes, Hércules, e talvez até mesmo Sócrates, Platão, e outros grandes nomes. Acredito que Paulo não se assustou com todas essas figuras, porém algo lhe chama atenção. Um palanque, talvez um suporte, um receptáculo em certa altura desse areópago estava vazio.         Tudo nos leva a crer que todos os suportes preenchidos com suas estatuetas tinham o nome de cada figura. Mas esse último não. Havia uma epígrafe que dizia: "Ao deus desconhecido". O Politeísmo era tao exacerbado que eles dedicaram esse altar a um deus que eles ainda não tinham tido a oportunidade de conhecer. Isso implica que eles estavam adorando o que eles nao conheciam.
    O que eu gostaria de propor-lhes nesse meu discurso, é justamente o que ja foi mencionado até agora: a necessidade de conhecermos o Deus a quem nós servimos e adoramos. Não adianta oferecermos a Deus nossos rituais, se não o conhecermos. Nos tornaremos tais como os Atenienses. Os Agnósticos admitem que Deus existe mas não pode ser conhecido. Porém, eu vos afirmo, que Deus existe e deseja ser buscado, conhecido e adorado. Deus se preocupa com a humanidade, por isso ele quer ser conhecido.
    Eu lhes faço essa pergunta, amado leitor: Deus pode ser realmente conhecido? Oséias 6.3 nos assegura que sim: "corramos e prossigamos em CONHECER ao Senhor". Mas como eu posso me aproximar desse Deus tão tremendo e terrível, conhecido por muitos, mas uma incógnita para outros. Deus quer ser conhecido por todos os seus filhos. As Escrituras  Sagradas nos asseguram que:
    1) DEUS PODE SER CONHECIDO PELA CRIAÇÃO (Salmo 19.1)
    "Os céus proclamam as obras de Deus e o firmamento anunciam as obras de suas mãos".
    A grande insensatez do evolucionismo é atribuir toda a criação ao acaso; a grande insensatez dos gregos aqui no texto era atribuir a criação aos deuses do Olimpo; a grande insensatez do ateísmo evolucionista é creditar a criação ao acaso, a um acidente de percurso, a uma existência progressiva não programada que se seleciona por si mesma. Os primeiros capítulos do livro de Gênesis nos garante que foi Deus quem criou o universo em seis dias e no sétimo descansou. E tudo o que criou, Ele o formou de forma coordenada, inteligente, cuidadosa, para louvor de sua própria glória. Veja:
     "Porquanto o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou. Porque os atributos invisíveis de Deus, assim o seu eterno poder como também a sua própria divindade, claramente se reconhecem, desde o princípio do mundo, sendo percebidos por meio das coisas que foram criadas" (Rm 1:19-20).
    Deus se revela em sua criação. Quando olhamos para todo o cosmos por ele criado, chegamos a inevitável conclusão de que isso tudo a nossa volta não pode ser fruto de uma catástrofe natural, mas sim obra de Alguém inteligente, poderoso, e tremendo. O transcendente então se funde ao imanente, e conhecemos a Deus muito mais de perto.
    Calvino pregava que o Sensus Divinitatis podia ser satisfeito na medida em que conhecemos a Deus. Isso implica que embora eu adore a Deus, preciso crer que Ele formou todas as coisas, e me aproximar confiadamente ao seu trono (Hebreus 4.16)

    2) DEUS PODE SER CONHECIDO PELA SUA PALAVRA (2 Timóteo 3.16)
    "Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a educação na justiça, (...)".
    Deus se revela nas Escrituras inspiradas por Ele mesmo. Ele pode ser conhecido pela sua própria Palavra revelada. Deus instrui, alimenta, e se revela ao cristão por intermédio de sua própria Palavra. Preciso buscar mais a Deus na sua Palavra, para conhecê-lo mais e mais. Não adianta adorarmos o que não conhecemos. Deus formou todas as coisas por intermédio de sua própria Palavra. Deus formulou seus eternos decretos por intermédio de sua Palavra. Através de seus eternos decretos podemos conhecê-lo. Veja o que preceitua a Confissão de Fé de Westminster sobre a revelação de Deus aos homens em sua Palavra: 
    "Ainda que a luz da natureza e as obras da criação e da providência manifestam de tal modo a bondade, a sabedoria e o poder de Deus, que os homens ficam inescusáveis, todavia não são suficientes para dar aquele conhecimento de Deus e da sua vontade, necessário à salvação; por isso foi o Senhor servido, em diversos tempos e diferentes modos revelar-se e declarar à sua Igreja aquela sua vontade; e depois, para melhor preservação e propagação da verdade, para o mais seguro estabelecimento e conforto da Igreja contra a corrupção da carne e malícia de Satanás e do mundo, foi igualmente servido fazê-la escrever toda". (Confissão de Fé de Westminster, 1:1).

    3) DEUS PODE SER CONHECIDO NA PESSOA DE CRISTO JESUS, SEU FILHO (João 14.8,9)
    "Replicou-lhe Felipe: Senhor, mostra-nos o Pai e isso nos basta. Disse-lhe Jesus: Felipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem vê a mim vê o meu Pai; como dizes tu, mostra-nos o pai?" 
    Deus se revela na pessoa de Seu filho, Jesus Cristo. João 1.14 nos afirma que Jesus o Verbo, pré-existente com o Pai na eternidade, deixou sua glória para encarnar como figura humana, mas os homens viram sua glória, glória como do Unigênito do Pai. Deus se torna conhecido através de Jesus Cristo. Quem conhece a Jesus, conhece o Pai, uma vez que Ele é a ponte para chegarmos ao Pai (João 14.6). Não há como conhecermos a Deus se não crermos em seu filho e o conhecermos como Senhor e Salvador. Se Jesus é o caminho, Maria seria para muitos o atalho? Na verdade não cremos assim. Deus pode ser conhecido pela natureza, pelas Escrituras mas também somente pelo seu Filho Jesus Cristo e por nenhum outro caminho. 
    O embuste do evolucionismo de do ateísmo são grandes contradições que fogem à lógica, uma vez que para se crer em fábulas e explosões e de metamorfoses é necessário como disse no início, uma fé imensa.
Mas que hoje você possa ser um combatente dessas falácias, um servo fiel a Deus que o conhece profundamente. Conheça a quem você serve e adora. Deus quer se revelar à você e compartilhar seus segredos. Busque conhecê-lo por todos os meios que ele nos concedeu: pela criação, pela Palavra, e pelo seu Filho Jesus. Em nome de Jesus. 
Reverendo Adeir Goulart da Cruz

domingo, 2 de dezembro de 2012

QUANDO DEUS NOS REPROVA (1 SAMUEL 4.1-22)


    Vivemos um tempo em que poderíamos entitular de "Tempo da Estereotipação". Nem mesmo sei se essa palavra existe, no entanto o que eu quero elucidar aqui é que na atual era, as pessoas são medidas pelo que elas aparentam ser. De fato, as aparências realmente enganam, pois não conhecemos o que está por trás da carcaça humana. Somente Deus conhece nossos corações.
    Em nosso relacionamento com Deus, ninguém pode especular se estamos sendo sinceros, ou não, se estamos procedendo corretamente ou nao, ou se estamos realmente sendo fiéis e santos diante dele, ou não. No entanto, nossos crimes contra a Santidade do Senhor se tornam evidentes, em nossos comportamentos e podem se tornar nosso cartão de visitas. Aí nesse caso eu digo que as aparências não enganam. Quando nossos erros contra o Altíssimo são evidentes a todos, nos tornamos de fato, aquilo que fazemos
    O texto proposto para nossa meditação traz a história de uma família sacerdotal em Israel, que teve infelizmente sua linha ministerial bruscamente interrompida por brincarem com o próprio Deus: A família de Eli. Eli era o sacerdote que assistia na casa do Senhor, nos tempos em que o mancebo Samuel foi entregue por sua mãe para morar na casa do Senhor até o fim de seus dias, e cursar a academia profética em Israel.
    Porém, antes que Samuel crescesse e se tornasse profeta e sacerdote, havia dois alunos de Eli, que desprezavam os ensinamentos do Pai: Seus próprios filhos, Hofni    e Finéias. Esses dois mancebos morreram de forma trágica, porque provocaram o Senhor à ira. Tombaram no campo de batalha, numa invasão dos filisteus, a arca foi tomada, a esposa de Finéias, ao saber da arca que foi tomada, da morte do sogro, de seu marido e de seu cunhado, dá ao seu filho antes de morrer, o nome de Icabô que quer dizer, "Foi-se a Glória de Israel").
    Mas o que acarretou tudo isso? Por que Deus os reprovou? Por que a Glória de Deus se retirou do arraial de Israel? Quando é que Deus nos reprova? Quando é que a Glória de Deus se retira de nós, ao ponto da derrota e o choro baterem em nossas portas?
    Deus nos reprova quando:
    1) NÃO NOS IMPORTAMOS COM ELE. (2.2) 
Hofni e Finéias não se importavam com o Senhor. Isso quer dizer que Eles não levavam Deus à sério e ignoravam sua Palavra. Seguiam outra linha, mas não a linha sacerdotal preceituada pela lei de Deus. Não estavam se importando se Deus os reprovaria ou não. Quando não nos importamos com Deus somos reprovados por Ele em todos os nossos atos.
    2) DESOBEDECEMOS SUAS PALAVRA  (13-17)
    Hofni e Finéias não respeitavam a Deus, portanto quem eles respeitariam? Eles desobedeciam a Lei de Deus, que ensinava como o sacerdote deveria entregar a oferta anual de cada ofertante. Esses dois, confundiram as coisas. A oferta não era para os Sacerdotes, mas sim para Deus. Profanaram toda a cerimônia em que pessoas levavam seus animais para serem imolados, e comiam antes da hora, não respeitavam as pessoas nem a Deus e eram relaxados em seu ofício. Mesmo sendo advertidos muitas vezes pelos ofertantes, eles não davam ouvidos a ninguém. Desobedeceram a Palavra do Senhor. Quando sabemos o que devemos fazer e não cumprimos, somos reprovados por Deus.
    3) QUANDO VIVEMOS UMA VIDA DE MAU TESTEMUNHO (2.22-25)
    É a primeira vez que leio na Bíblia uma referência que diz que Deus queria matar alguém. Os pecados desses dois jovens era tão graves e repugnantes que o Desejo de Deus era os consumir. A Palavra de Deus nos assegura que a quem muito for dado muito será cobrado. Esses dois receberam incumbências importantíssimas e sabiam perfeitamente qual era seu papel em Israel. 
    Deveriam dar bom exemplo de santificação e consagração diant de todo o arraial de Israel, porém estavam levando o povo a pecar. O pensamento do povo provavelmente era o seguinte: se os sacerdotes podem viver como bem entendem, por que não nós?
    Viviam uma vida de prostituição, se deitavam com as mulheres que assistiam na tenda da congregação, a ponto de suas famas se espalharem em todo o Israel. Foram reprovados por Deus porque eram impuros, e não davam uma vida de bom testemunho. Deus nos reprova quando não vivemos o evangelho puro e simples que nos ensina a sermos santos, como Deus o é.
    4) QUANDO NÃO TRATAMOS SERIAMENTE COM O PECADO (3.13)
    As atitudes de Eli com relação aos seus filhos era como aquela atitude de um pai que corrige seu filho mais ou menos assim: "Se comporta, menino, senão você vai ver", e isso se repete, mas nada acontece. Eli sabia dos crimes de seus filhos, chamou-lhes a atenção, não lhe obedeceram, então algo mais severo deveria ter sido feito.
    Porém o pecado desses jovens foi tolerado. Eli fez "vista grossa" quanto aos crimes sacerdotais. Deus não tolera o pecado. O homem sim. Muitas vezes sofremos inúmeras tribulações que podem ser sentenças de Deus contra nossa iniquidades, mas fingimos estar tudo bem, e vivemos como se nada tivesse acontecendo.
    Deus foi muito severo e justo com a casa de Eli, porque todos ali tiveram chance de se arrependerem, mas ignoraram as oportunidades, como consequência Deus trouxe sobre eles e sobre todo o Israel que os imitava, uma série de flagelos. (2.27-36; cap. 4 e 5).
    Não podemos experimentar flagelos por causa de nossos crimes contra o Altar de Deus erigido em nossas vidas. Deus nos reprova quando fazemos de conta de que não precisamos nos arrependermos e santificarmos nossas vidas. Que essa mensagem atinga sua alma e te faça entender que Deus quer nos aprovar (...confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim, confirma a obra das nossas mãos. Salmo 90.17). A aprovação de Deus significa sua bênção sendo derramada, e a vitória nos alcançando. A reprovação de Deus significa que estamos destituídos de sua glória, e precisamos mudar de atitude. A escolha é nossa. Que Deus te abençoe ricamente.  

Reverendo Adeir Goulart da Cruz

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O ESPÍRITO DE DOEGUE, O FOFOQUEIRO (1 Samuel 22:1-23)


Certo dia, ouvi uma pessoa dizer algo interessante no tocante a boatos que se ouve, comentários inflamatórios, e fofocas: ele disse assim: “Temos de tomar cuidado, pois não é somente o peixe que é pego pela boca... nós também podemos matar e morrer por causa da boca, isto é, a língua”. Fiquei a refletir sobre essa verdade e Deus me fez lembrar que esse ditado é, uma verdade Bíblica. O texto acima baseia-se na história de Davi quando este, logo após matar o gigante Golias, se viu numa situação difícil devido à fofocas e boatos inventados, aumentados e dissimulados por um homem essencialmente maligno conhecido como Doegue o edomita, mas que eu, aqui, quero chamar de Doegue, o Fofoqueiro.
Já era do conhecimento de todos em Israel, que Saul não iria ficar muito tempo no trono, visto que já tinha sido reprovado por Deus, e Davi, por sua vez, conquistou a admiração do povo devido à sua coragem e amor por esse povo. Porém seus inimigos não estavam satisfeitos com sua aprovação, e alguns no decorrer de sua trajetória instigaram o povo contra Davi, levando mentiras, comentários e fofocas, na intenção de destruir o servo de Deus.
O mal causado por Doegue, o fofoqueiro não atingiu somente Davi, mas atingiu oitenta sacerdotes, homens inocentes, que ao precisavam morrer, mas foram assassinados por ordem de Saul que temia uma rebelião. Saul buscava os homens que seguiam Davi, e já havia tentado matar Davi em outras ocasiões. Ele com medo de perder o trono, oferece benefícios a quem delatar esses homens e mencionar o esconderijo deles (v. 6-8), temendo uma armadilha. É aqui que entra o fofoqueiro Doegue. Ele diz: “sei onde Davi passou, e quem estava com ele” (v. 9), e aumenta: “Davi pediu Aimeleque,seu companheiro que consultasse os sacerdotes de Nobe e fizesse previsões a esses sacerdotes e todos eles (80 homens) compareceram, e estão aqui, oh Rei.” (v. 11).
Por causa dessa fofoca e desses comentários inflamatórios o rei Saul ordena a execução de 80 sacerdotes do Senhor (v.17-18). E estrago causado pela fofoca de Doegue foi grande. Oitenta homens inocentes morreram por causa disso, juntamente com Aimeleque e sua família. Somente Davi e um dos filhos de Aimeleque chamado Abiatar, que fugiu escaparamm dessa execução.
Essa história nos ensina algumas lições que eu e você precisamos aprender, a nos resguardarmos do Espírito de Doegue, o Fofoqueiro:
1) A FOFOCA É MOTIVADA POR UM SENTIMENTO DE EGOÍSMO E AMBIÇÃO. (v. 6 e 7). Doegue entregou e inventou injúrias para que somente ele recebesse o prêmio prometido por Saul. O fofoqueiro quer tudo para si, todas as atenções, toda a Glória e se utiliza da maledicência para alcançar seus objetivos mesquinhos.
2) A FOFOCA DESTRÓI A CONFIANÇA E A AMIZADE. (v. 8, 11, 12, 13-15). Saul acreditou somente no fofoqueiro, não confiou em Aimeleque, nem tampouco nos próprios sacerdotes do Senhor. A fofoca gera desconfiança no meio do povo de Deus, destruindo a Amizade.
3) A FOFOCA TRAZ DESGRAÇA (v. 16-19). Essa fofoca de Doegue, o edomita, causou a morte de oitenta sacerdotes do Senhor, e também a morte de Aimeleque e sua família, sendo que até as mulheres e crianças de peito morreram a fio de espada. A fofoca traz desgraça no meio do povo de Deus, e pode matar muitas vidas espiritualmente e até mesmo destruir famílias afetando pessoas inocentes.
4) A FOFOCA CAUSA FUGA (v. 17-23). Davi e o filho de Aimeleque, Abiatar, o único sobrevivente desse massacre fugiram para não serem mortos. A fofoca causa fuga. Há muitas pessoas que fugiram da presença de Deus, e hoje estão escondidas por causa da fofoca.
Em nome de Jesus, tome cuidado com o que você fala, com o que ouve e com o que comenta. Você pode estar destruindo vidas com suas palavras. A Bíblia nos adverte quanto ao nosso falar, e nos assegura que estamos perdendo o nosso tempo se não cuidamos da nossa língua: “Se alguém se considera um religioso e não consegue refrear sua língua, está enganando seu próprio coração e sua religião não tem finalidade alguma” (Tiago 1.26). Em nome de Jesus, não seja um caluniador, um fofoqueiro, um destruidor de vidas, mas seja um abençoador, prudente no falar. Que em  nome de Jesus, repouse sobre sua vida, o Espírito de Deus e não o Espírito de Doegue, o fofoqueiro. Que Deus te abençoe ricamente, em nome de Jesus, amém. 
REVERENDO ADEIR GOULART DA CRUZ

terça-feira, 23 de outubro de 2012

AS NOVAS INVESTIDAS DOS GINGANTES – 2 SAMUEL 21.15-22


Cada etapa de nossa jornada cristã nessa terra, é na verdade a preparação para grandes batalhas que iremos travar no decorrer de nossa breve passagem aqui nesta terra. Batalhas essas que sempre nos acometerão. Batalhas do tipo mano a mano, você e seu próprio problema, frente a frente, embora você possa contar com alguém. No entanto a maioria das nossas batalhas nós mesmos é quem deveremos lutar de forma corajosa, como um bom soldado de Cristo Jesus. Às vezes atravessamos crises terríveis em nossas vidas que tipicamente chamamos de GOLIAS.
Quando se fala em Golias, todos se lembram de Davi, o menino que matou o gigante. E logo associamos isso aos nossos problemas que precisam ser resolvidos e derrubados com as armas que Deus nos disponibiliza. E quando os vencemos suspiramos aliviados com a sensação de missão cumprida, e nos esquecemos de que cada tribulação vencida é, na verdade, um preparo para algo mais grave e difícil.
Quando nos deparamos com a história de Davi e seus homens, entendemos que Golias não era o único problema em Israel, causado pelos filisteus. Existiam outros problemas que surgiram no decorrer dos anos. Eram os descendentes de Anaque, os Anaquins, uma raça de gigantes da mesma linhagem do filisteu Golias morto por Davi em combate. Com certeza eles descendiam da mesma árvore genealógica do finado filisteu.
O interessante é que agora, o menino Davi, já homem feito, maduro, e sobretudo rei de Israel, não está lutando sozinho. Ele conta com um exército de homens corajosos que não se esconderam como ocorreu nos tempos do rei Saul. Um fato inegável podemos notar nessa história: Golias não era o único que afrontou Israel. Havia mais gigantes que entram novamente na história dos israelitas para suscitar o pânico.
Está explícito que vários soldados se levantaram para enfrentar esses gigantes e livrar a Israel da opressão dos Filisteus, sobretudo dos Gigantes que sempre voltam. Gostaria de tratar nessa mensagem das NOVAS INVESTIDAS DOS GIGANTES. Essas investidas são muitas vezes duras, sofridas e exigem de nós uma dedicação maior nessas batalhas. Essas investidas nos ensinam três lições que eu gostaria de enumerar para nosso crescimento espiritual:
1) MESMO DERRUBADOS, OS GIGANTES SEMPRE SURGEM NOVAMENTE. (V. 15.a). Nós não estamos isentos de enfrentar novos problemas, de todas as espécies. Vencemos uma etapa, outra se inicia. Ganhamos uma batalha, mas a guerra continua. Esses problemas podem surgir em um maior número, talvez de forma pior, causando muitos estragos, com poder de destruição maior.
Creio que cada problema que enfrentamos é, de certa forma a preparação de algo que mais tarde pode ser mais difícil. Jeremias 12.1-4, o profeta se queixa das lutas que enfrentava como profeta no meio de um povo rebelde. Vejamos sua queixa e a resposta do Senhor: “ Justo és ó Senhor, quando entro contigo num pleito; contudo, falarei contigo dos teus juízos. Por que prosperam os perversos, e vivem em paz todos os que procedem perfidamente? Plantaste-os, e eles deitaram raízes; crescem, dão fruto; têm-te nos lábios mas longe do coração. Mas tu, ó Senhor, me conheces, tu me vês e provas o que sente o meu coração para contigo. Arranca-os como as ovelhas para o matadouro e destina-os para o dia da matança. Até quando estará de luto a terra, e se secará a erva de todo o campo? Por causa da maldade dos que habitam nela, perecem os animais e as aves; porquanto dizem: Ele não verá o nosso fim.” Essa foi a queixa de Jeremias quanto aos problemas que estava enfrentando no meio do povo.
Vejamos agora a resposta de Deus nos versos 5 e 6: “Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não se sentes seguro, que farás na floresta do Jordão? Porque até os seus irmãos e a casa de teu pai procedem perfidamente contigo; eles mesmos te perseguem com fortes gritos. Não te fies deles, ainda que te digam cousas boas.” Jeremias não estava suportando as lutas e desabafa, pensando que era a pior coisa que já tinha enfrentado, porém Deus alerta o profeta Jeremias para coisas piores que enfrentaria mais tarde. Os problemas sempre voltam com uma intensidade maior.
Não podemos baixar a guarda. Assim como Deus deu a vitória a Davi e seus homens contra os filisteus, Deus quer dar a todos nós a capacidade necessária para vencer qualquer desafio. Os gigantes sempre voltam. Davi quando derrotou Golias provavelmente não previa que se levantariam outros. O mais surpreendente nessa história é que Davi não precisou guerrear dessa vez. Os valentes de Davi que foram levantados por Deus é quem venceram esses quatro incircuncisos filisteus. Onde estão os soldados corajosos que derrubam os mais terríveis gigantes? Há alguns deles aqui?
 2) DEUS QUER LEVANTAR UMA NOVA GERAÇÃO DE SOLDADOS CORAJOSOS (v. 15b-21).
Os homens de Davi com certeza foram escolhidos e treinados por ele. Lembrem-se que Davi também era homem de guerra. Esses homens eram corajosos. Lembre-se de como era o exército de Israel nos tempos de Saul, quando então, acuados se esconderam de Golias totalmente apavorados.
Agora esse exército sabe do poder assolador do Senhor dos exércitos, e que nenhum outro exército pode vencê-lo. Deus quer te recrutar e te treinar nesse exército do qual o general é Cristo. Mas é necessário coragem. Nesse exército não há espaço para covardes, medrosos ou descuidados (Juízes 7.1-7). Há muitos homens e mulheres que tombam no campo de batalha. Pessoas que fogem à luta. Deus quer levantar soldados corajosos que avancem sem medo do inimigo. Os gigantes não podem vencer aquele que segue seu General – Jesus Cristo. Qual ou quais os gigantes que te afrontam? O medo? A depressão? A tristeza? As Injúrias? As enfermidades? A falta de paz? A escassez financeira? Deus quer que você os derrube, mas você precisa se levantar com coragem, sair da zona de conforto, e confrontar de frente todos os seus problemas.
 3) DEUS QUER QUE ESSES GIGANTES CAIAM PELA SUA MÃO (v. 22).
O filisteu chamado Golias caiu pela mão de Davi. Aqui nessa história o Senhor levanta homens corajosos que derrotaram esses quatro gigantes, que eram conhecidos como Isbi-Benobe, Safe, Golias e um quarto gigante que tinha vinte e quatro dedos ao todo (seis em cada mão e em cada pé). Os valentes de Davi foram levantados para proteger a lâmpada de Israel (o rei) e derrotaram com suas próprias mãos esses quatro inimigos. Deus os levantou.
Deus quer que eu e você nos preparemos para a peleja. Cada dia se levanta um gigante pior e mais perigoso. Ele nos capacita, e nos concede seu poder para derrubá-los. Você precisa lutar com autoridade de Deus. Seja qual for o problema Deus quer que você o derrube. Deus é quem adestra suas mãos para a batalha. (Salmos 18.31-35).
Não se esconda do problema, não fuja, seja qual for a intensidade de sua luta, não desista. Deus vai fortalecer seus braços e suas mãos e esses gigantes cairão pelas suas mãos adestradas pelo poder de Deus. Que caiam todos os gigantes que estiverem em seu caminho e que reine a vitória em sua vida
 Lembre-se, nessa semana dessa mensagem, e tente enumerar suas maiores dificuldades. Saiba que sempre surgirão obstáculos, e dificuldades gradativamente piores umas das outras. Mas Deus quer te revestir de força, de autoridade e que você de fato experimente a vitória que Jesus já te concedeu na cruz do calvário. Em Cristo você já é mais que vencedor. (Romanos 8.35-39). Então vença em nome do Senhor dos Exércitos. Que Deus te abençoe em Nome de Jesus.

REVERENDO ADEIR GOULART DA CRUZ

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

ANANIAS E SAFIRA - NO CAMINHO DA MORTE (ATOS 5.1-11)


     Um dos maiores erros que a maioria dos cristãos têm cometido é o de forçar o texto para alcançar seus objetivos extraídos de um significado que na realidade não está sendo mostrado dentro dos textos. Isso é o que a linha reformada de interpretação histórico-gramatical chama de alegorias.
Deus requer de todos nós fidelidade total e irrestrita, no tocante a todas as áreas de nossas vidas. Inclusive financeira. Embora muitos neguem a veracidade e a necessidade de entregarmos ao Senhor 10% de nossas rendas (dízimos), é certo que nos textos bíblicos e em todas as entrelinhas Deus requer sim, fidelidade à ele no tocante aos dízimos e ofertas alçadas.
     Porém, eu gostaria de chamar sua atenção, meu amado leitor, para o que o texto proposto para nossa meditação nos apresenta. Gostaria de fazer a seguinte afirmação tomando como base todo o contexto histórico e o próprio texto: A HISTÓRIA DE ANANIAS E SAFIRA NÃO TRATA DE DÍZIMOS NEM OFERTAS propriamente dito. Muitos se utilizam desse relato bíblico para atingir o coração dos infiéis, mas asseguro-lhes que o texto não trata disso.
     Então a maior de todas as indagações surge na mente e nos lábios da maioria dos leitores críticos das Escrituras: Por que Ananias e Safira morreram? Antes de responder estas e outras questões quero propôs as seguintes considerações: 1) A Igreja Cristã Primitiva inaugurada pelos Apóstolos experimentava um gradativo crescimento gerado pelo mover do Espírito Santo; 2) Muitas almas se convertiam na medida em que essa maravilhosa igreja anunciava o evangelho; 3) As conversões eram notórias por que as pessoas se voltavam na direção uma das outras e se ajudavam mutuamente; 4) O próprio Espírito Santo tocava no coração das pessoas que livremente doavam parte do que tinham para abençoar os menos favorecidos em suas necessidades; 5) No meio desta comunidade havia sem sombra de dúvidas pessoas que inevitavelmente seriam tomadas por sentimentos malignos; 6) A igreja cristã primitiva era composta por pessoas bem abastadas financeiramente, mas também por crentes necessitados; 7) Alguns homens como o próprio Barnabé se destacaram no seio dessa igreja por exercer o dom da misericórdia e do socorro, doando parte do que tinham para suprir as necessidades de outrem; 8) Esses homens eram admirados por toda a comunidade como homens piedosos, altruístas, que queriam imitar o exemplo de Jesus; 9) No meio desta igreja havia pessoas competitivas e invejosas que se manifestam nas de Ananias e Safira; 10) Há até hoje, pessoas assim em nosso meio, que só querem competir, e medir forças para ver quem é mais piedoso.
     Então qual ou quais foram os pecados de conseqüências gravíssimas que cometeram Ananias e Safira, ao ponto de serem sentenciados pelo próprio Espírito Santo com a pena de morte, dos quais devemos nos resguardar?
      1) INVEJA E ESPÍRITO COMPETITIVO. Notem no capítulo 4.34-37 do mesmo livro em questão, o que nos consta nessa surpreendente história é que a liberalidade em contribuir estava em alta. quem tinha mais de uma propriedade vendia e depositava o valor alçado aos pés dos apóstolos.
     Tudo nos leva a entender que o que estava no coração desse casal infeliz, era não a preocupação com os menos favorecidos, mas sim o desejo de competir, de tentar ser como os demais homens piedosos inclusive Barnabé. A intenção deles era na verdade de serem notados como pessoas piedosas. Tiveram inveja da piedade de Barnabé. Esse foi o primeiro erro de Ananias e Safira: inveja e espírito competitivo, que lhes custou a própria vida. Nunca devemos fazer nada motivado pelos outros. Nunca dê nada porque os outros estão dando, mas simplesmente pela generosidade plantada em seu coração pelo Espírito Santo de Deus.
     2) HIPOCRISIA E MENTIRA. Exatamente. Ao passo que a igreja estava sendo cheia do Espírito e homens e mulheres tocados pelo Senhor, Ananias e Safira foram cheios de Satanás (v.3), e usados por ele. Foram tomados pelo engano, pela hipocrisia e pela mentira. Não havia problema se conservassem o dinheiro da propriedade que haviam vendido pois a propriedade era deles, provavelmente fruto de seu trabalho, e nem os Apóstolos, nem os demais crentes nem tampouco a Palavra os obrigaram a entregar todo ou parte do valor da propriedade que venderam. Era como se hoje uma pessoa tivesse um bem no valor digamos, de R$ 500.000,00 e o vendesse nesse valor, porém trouxesse para a igreja como uma doação pública, o valor de R$ 100.000,00 dizendo que esse segundo valor era o valor da venda (Atos 5.3-5).  O problema não era o valor do bem, nem tampouco o valor da doação, eu lhes asseguro. O problema aqui foi a hipocrisia e a mentira. Foram motivados por Satanás a fazerem isso. Foram sentenciados à morte porque tentaram enganar o Espírito Santo de Deus que é Soberano e Onisciente em todos os seus Auspícios. O caminho da hipocrisia e mentira é muito perigoso. Há pessoas que mentem dentro da igreja, para seus líderes, para a família, enfim mentem o tempo todo. Suas vidas na realidade são uma verdadeira mentira. A sentença já foi dada e é a morte. Não devemos mentir, muito menos para Deus que conhece o coração mentes e intenções.
      3) DESEJO DE AUTOPROMOÇÃO AS CUSTAS DO ESPÍRITO SANTO. Nessas alturas não sei delimitar qual a ordem nessa seqüência de falhas cometidas por essa pequena quadrilha da mentira. Mas é explícito no texto que o desejo de ambos era também ser notados, admirados, louvados, exaltados por essa comunidade. Queriam ser algo que não são. Queriam ser chamados de fiéis, justos, altruístas, quebrantados, vasos nas mãos de Deus, quando na realidade não são. A igrejas em todo o mundo estão cheias de pessoas que não são usadas por Deus, mas querem usar a Deus. Querem se promover às custas do sagrado. Gostam de ser exaltadas, elogiadas, e citadas publicamente. Pessoas que infelizmente têm aparência de piedade mas negam entretanto o poder de Deus (2 Timóteo 3.5). Nesse desejo de se autopromoverem às custas de Deus e da igreja, ultrapassam a linha que divide os atributos de Deus dos limitados atributos do homem.
     Infelizmente são pessoas que são usadas por satanás para passar uma falsa imagem de santidade, e acabem por enganar muitos no cenário religioso mundial. Não podemos ser influenciados pela soberba e pelo desejo de autopromoção, como Ananias e Safira o foram. A glória é do Senhor e não nossa. Somos apenas vasos, o Senhor é o Oleiro. A estrada do orgulho e da autopromoção é tortuosa perigosa e pode gerar a morte. Ananias e Safira não conseguiram retornar dessa estrada. Hoje no cenário evangélico há muitos homens e mulheres que parecem que estão sendo usados por Deus, mas na verdade impulsionados por Satanás estão usando a Deus e roubando-lhe sua glória.
     4) DESPREZO AO LIVRAMENTO E PERDÃO OFERECIDOS. A indagação feita pelo Apóstolo Pedro à Ananias e quase três horas depois à sua esposa Safira revelam a misericordiosa graça do Senhor na intenção de mostrar que ninguém morre sem uma chance de arrependimento. Pedro não fez essa pergunta simplesmente para confirmar algo que o Espírito já lhe havia revelado, mas ele ao fazer a pergunta em outras palavras estava dizendo: “arrepende-te”, “confesse seu pecado”, “peça perdão”,  porém Ananias persistiu no pecado, desprezando o livramento e o perdão que Deus estava lhe oferecendo, caso ele confessasse e se arrependesse. Mas ele preferiu continuar mentindo. A história poderia ter sido diferente, pois Deus não despreza um coração contrito, arrependido. Deus poupou a grande cidade de Nínive nos tempos do profeta Jonas porque eles se arrependeram (Jonas 3.10). Ananias persistiu no erro e pagou com a própria vida. Essa é a conseqüência de se brincar com Deus. Colheu o que plantou (Gálatas 6.7). Quase três horas depois entra Safira, já após o sepultamento de seu marido, que creio eu que foi o mais rápido já registrado nas escrituras. Provavelmente não teve velório, nem carpideiras, nem oficio fúnebre. Foi o velório de um pecador não arrependido. Sua esposa entra ignorando todos os fatos, e ganha também uma oportunidade de se arrepender e de falar a verdade, mas prefere persistir na mentira e no engano. Recebe a mesma sentença de morte dada pelo Espírito Santo. Ananias e Safira são o retrato de todos aqueles que desprezam a graça, o livramento e o perdão oferecidos por Deus. Não despreze a oportunidade que Deus tem te dado de se arrepender e mudar de vida.
      Concluindo, eu gostaria que você, amado leitor tivesse a visão diferente do que muito se tem pregado por aí nesse texto. O que matou Ananias e Safira foram todos esses fatores, que culminam no estilo de vida não transformada que muitos pseudo-crentes estão levando, e persistindo nele. Devemos nos resguardar de dois perigos eminentes que essa história dramática nos aponta: o perigo de sermos tais quais Ananias e Safira, usurpadores do que não é nosso (a glória de Deus, sua soberania, sua centralidade, e importância indispensável como Senhor da Igreja), e o perigo de sermos enganados por pessoas acometidas pela síndrome de Ananias e Safira. Profetas, Profetizas, apóstolos, bispos, missionários, enfim os super crentes que estão se projetando a cada dia oferecendo uma falsa solução que só encontramos na pessoa e obra de Cristo Jesus. Não seja como Ananias e Safira, e não seja enganado por pessoas como eles. Que Deus tenha piedade de todos nós e nos livre de tudo isso. Em nome de Jesus, amém.

REVERENDO ADEIR GOULART DA CRUZ

A PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS (MATEUS 21.33-46)


SERMÃO EXPOSITIVO EM PARÁBOLAS - A PARÁBOLA DOS LAVRADORES MAUS

    Quando leio esta parábola, sou fortemente levado a me lembrar de um história que faz parte da mitologia grega, que já se transformou em vários filmes. Trata-se de uma história chamada A ODISSÉIA, que ocorreu logo após a guerra de Tróia, quando Odisseu, ou Ulisses envia um grande cavalo de madeira recheado de soldados. Essa história fala das façanhas de Ulisses, que se ausenta de seu reino de Ìtaca por causa de dificuldades impostas por seu deus Posseidón, e passa por grandes desafios, perigos e lutas durante 20 anos, para retornar à sua amada Penélope, que era pretendida pelos seus inimigos que também usurparam seu trono.
    Após 20 anos, por ordem de Zeus, Ulisses é libertado de sua prisão e então retorna ao seu reino, onde encontra Penélope sendo disputada, seu trono usurpado, seu filho Telêmaco (o herdeiro legítimo do trono) humilhado, ridicularizado, após ter sido agredido fisicamente por aqueles maus súditos, que riam e se divertiam de suas próprias façanhas. Ao retornar, Ulisses, então juntamente com seu filho Telêmaco exercem vingança contra aqueles que usurparam seu reino, disputavam Penélope, e humilharam o filho amado, o herdeiro do trono de Ítaca. O castigo então é imposto a cada um desses perversos homens, quando Ulisses e Telêmaco julgam um a um com a sentença de morte, entregando suas almas a Hermes, que os conduzem ao inferno de Hades. Os usurpadores do reino são então punidos, e o trono é restituído à Ulisses e ao seu herdeiro Telêmaco.
    Apesar de esta história ser apenas uma mitologia, encontramos semelhanças com esta Parábola em alguns aspectos, como por exemplo, a ausência do rei, a usurpação do reino, a humilhação de seu herdeiro, o retorno e a vingança real sobre os infiéis.
    Quando Jesus conta essa Parábola aos seus ouvintes, ele não o faz simplesmente para ilustrar algo que era direcionado aos doutores da lei e aos fariseus. Sabemos que os líderes da comunidade judaica da época conheciam os escritos proféticos de forma profunda, e o próprio Jesus também os conheciam. Portanto, quando Jesus usa esta parábola para confrontar esses líderes religiosos, ele, na verdade faz referências a escritos proféticos que estavam se cumprindo, e ainda se cumpririam.
    A Parábola dos Lavradores Maus, bem como muitas outras parábolas apontam para O Reino de Deus, seu Gerenciamento confiado aos homens, e a rejeição do único herdeiro, o filho amado do Dono da vinha. Jesus aponta para o cumprimento profético de sua vinda marcada pela sua humilhação até a sua exaltação. Ele assim, faz alusão ao texto de Isaías 5.1,2: “Agora, cantarei ao meu amado o cântico do meu amado a respeito da sua vinha. O meu amado teve uma vinha num outeiro fertilíssimo. Sachou-a, limpou-a das pedras e a plantou de vides escolhidas; edificou no meio dela uma torre e também abriu um lagar. Ele esperava que desse uvas boas mas deu uvas bravas.”
    O povo Judeu sabia esse cântico de cor. Haviam aprendido-o na sinagoga onde era cantado de tempos em tempos. Talvez seja esse o motivo pelo qual Jesus não explicou essa parábola aos seus ouvintes como o fez na Parábola do Semeador. O próprio profeta Isaías já explicara no mesmo texto o significado desse cântico, que se cumpria na época de Jesus: “Porque a vinha do Senhor dos Exércitos é a casa de Israel; e os homens de Judá são a planta dileta do Senhor; este desejou que exercessem juízo, e eis aí quebrantamento da lei; justiça, e eis aí clamor” (Isaías 5.7). Portanto, o dono da vinha é o Deus YHWH, a vinha é o povo de Israel, os lavradores são os líderes religiosos que deveriam cuidar do povo de acordo com os preceitos de Deus, o que não fizeram, os servos enviados para a prestação de contas e o recolhimento da parte do lucro, são os profetas, que foram manietados, maltratados, humilhados e mortos, pelas mãos desses perversos lavradores e o filho amado, o herdeiro da vinha é o próprio Jesus, o filho de Deus, rejeitado (a pedra angular rejeitada – Salmos 118.22,23), maltratado, arrastado para fora da vinha e morto pelos administradores infiéis conforme Marcos 12.1-12).
    Tudo isso, na verdade caracteriza o reino de Deus, que estava em progressão, sendo que os líderes religiosos (os lavradores maus), deveriam alimentar, conduzir, edificar o povo de Israel (a vinha escolhida, a planta dileta do Senhor), mas foram infiéis ao dono da vinha (Deus), corrompendo o povo e transformando-o em “uvas bravas”, quebrando a lei, maltratando e matando os anunciadores do reino (os profetas) que preparariam a chegada e inauguração desse reino (prestação de contas), rejeitando o legítimo herdeiro, o filho do dono da vinha (Jesus), arrastando-o e matando-o, com a maléfica intenção de se apossar da vinha (Israel, o reino).
    Todos judeus que ouviram essa parábola entenderam claramente seu significado. Jesus queria mostrar o cumprimento profético das Escrituras Sagradas no que diz respeito à inauguração do Reino de Deus, sua progressão e administração na nova dispensação, e da obra de Cristo a ser realizada sob a sua iminente humilhação e posteriormente sua exaltação sobre o Reino que lhe é dado por Deus. Os fariseus não admitiam a hipótese de perderem o que considerava seu. Queriam usurpar o reino de Deus que foi dado à Cristo, o Filho Amado, por isso conjecturavam a possibilidade de o matarem. Com base nessa história relatada, bem como a aplicação de seu significado, podemos firmar que diferente de todos os reinos já existentes desde os tempos mais remotos até aos nossos dias, O REINO INABALÁVEL E ABSOLUTO É INSTITUÍDO NO MEIO DOS HOMENS. Esse reino é um reino diferente; é um reino eterno, inabalável, gracioso, justo. Essas são algumas características desse reino, onde nem todos farão parte. Existem ainda outras características que devem ser mencionadas mas quero aqui destacar somente três, a saber:
      1) DEUS É O DONO LEGÍTIMO DO REINO (Vs. 33-36).
    O texto é enfático ao afirmar logo no v. 33 que “havia um homem”, que na verdade simboliza o próprio Deus, que é o Dono da casa (reino), que plantou uma vinha (seu povo). O próprio Jesus, na oração do Pai Nosso reivindica para Deus o Senhorio e a posse do reino conforme (Mateus 5.10,13). Deus como dono da casa e do terreno, é, logicamente, o dono da vinha. Portanto, Ele é soberano sobre tudo o que decide fazer a respeito daquilo que lhe pertence. Então Ele confiou essa vinha, que na realidade expressa o conteúdo do reino, aos homens, que deveriam cuidar para que o reino Dele frutificasse.
Deus é cuidadoso, ao plantar essa vinha, que é seu próprio povo, no terreno que Ele escolheu. De acordo com Simon Kistemaker, em seu livro intitulado As Parábolas de Jesus, esse seria um investimento de alto risco, pois levaria um determinado tempo para que frutificasse na medida em que fosse cuidada e adubada. Notamos aqui a fidelidade de Deus com relação ao seu povo que deveria frutificar. Mas o povo estava dando maus frutos (Isaías 5.1,2; Mateus 7.15-21; Jr. 2.21)
    No entanto, segundo a parábola, esse Dono da vinha se ausenta do país, e arrenda a vinha (o povo) a uns lavradores (os líderes religiosos). Esses líderes deveriam incentivar o povo a buscar a Deus, edifica-los nos estatutos de Deus e prepará-los para a inauguração do Reino de Deus, com a chegada do Messias. Após algum tempo, o dono da vinha envia alguns servos para recolherem o fruto da fé e das virtudes religiosas, que deveriam ser tributadas a Deus, o dono da vinha.
   Porém,, eles se apossaram da vinha, maltrataram e mataram os servos, e simplesmente, não deram satisfação ao seu senhor a respeito daquela vinha. Nota-se o progressivo cumprimento das escrituras (Mt. 5.12; 24.9) pois na verdade, eles é quem cuidavam, e portanto a vinha seria deles (é o que pensavam). Durante esse tempo de ausência do dono da vinha, o quadro se repete por várias vezes, e percebemos então o quão longânimo, paciente e gracioso é o dono da vinha dando várias oportunidades a eles de mudarem de atitude quanto à rebelião organizada (34-36). Abusaram da graça e da paciência do dono da vinha. Assim, fizeram os fariseus naquela época aos profetas de Deus (como no caso do profeta Zacarias, que foi morto no pátio do templo, entre o santuário e o altar – 2 Cr. 24.20,21; Mt. 23.25). Assim fazem os homens até ao dia de hoje. Ainda hoje existe e até a vinda do Senhor Jesus continuará existindo homens perversos, que apascentam a si mesmos, usurpam um reino que não lhes pertencem, e enganam o povo, pensando que escaparão. Eles brincam com a paciência de Deus (Gálatas 6.7).
    Enxergamos perfeitamente aqui, a soberania absoluta de Deus sobre todas as coisas criadas por Ele próprio (Romanos 11.36), e a rebeldia do homem, em querer se apossar daquilo que não é seu e assumir o insubstituível lugar de Deus.
    A parábola atinge agora seu clímax, quando o dono da vinha, por fim, envia, agora, na intenção de convencer aqueles maus lavradores, de que Ele é o dono legítimo da vinha e que lhe devem respeito, devoção, seu próprio filho, o legítimo herdeiro da vinha.
      II) CRISTO É O HERDEIRO LEGÍTIMO DO REINO (vs. 37-39)
     Após terem matado os servos (os profetas), Deus então como único e suficiente recurso envia seu “Filho Amado”, para convencer aqueles homens a mudarem de atitude com relação a Ele (v. 37). Cristo é o herdeiro legítimo do Reino (Hb. 1.1,2), que lhe foi dado desde a fundação dos tempos. É o ponto culminante do amor de Deus: enviar seu único filho para salvar sua vinha (entendendo que hoje, os que não fazem parte do Israel de Deus, e são usualmente chamados gentios, isto é, nós, também somos parte dessa vinha – João 1.11-13)
    Nem mesmo assim esses maus lavradores temeram. Ainda com essa demonstração incomparável de amor, de paciência e graça, eles continuaram rebeldes, e o que mais me impressiona, é que eles reconheceram que o filho era o herdeiro (v.38), uma indicação de que eles conheciam os escritos proféticos. Isso implica que os fariseus sabiam bem no fundo que Jesus, de fato, era o Filho de Deus, mas não queriam abrir mão da posição de status e poder, e decidiram então USURPAR o reino (v. 38b), uma vez que eles controlavam o povo, enganavam as pessoas, e interpretavam as escrituras de acordo com sua própria ambição. Mas sabiam que as escrituras se cumpriam pouco a pouco e a progressão do reino era notável. Porém queriam o reino para si, não se importando com quem de fato era Jesus. Rejeitaram o herdeiro da vinha.
    Para eles, a única saída, portanto era matar o herdeiro. Jesus é, portanto o herdeiro de Deus rejeitado pelos homens. E assim fizeram. Arrastaram o herdeiro para fora da vinha, o espancaram, o humilharam e o mataram (v. 39; Hb. 13.12), arrazoando entre si, que seriam então donos desse reino. Era uma loucura muito grande, a atitude tomada por esses mordomos perversos, pensarem que o reino seria deles, isto é, continuaremos a dominar essa vinha. A incalculável maldade dos fariseus e doutores da lei se estendeu até a consumação do plano de morte, quando lançam mão de Jesus, o arrastam para fora da cidade e o crucificam. Crucificaram o herdeiro do Reino de Deus. Crucificaram e mataram o filho do dono da vinha, o legítimo herdeiro do Reino.
    É importante enfatizar mais uma vez, que esses homens conheciam os escritos e todas as predições proféticas a respeito de Jesus. Sabiam sim, quem ele era, presenciavam seus milagres que autenticavam sua dupla natureza como filho do homem e filho de Deus, ouviam suas palavras e tinham sim, consciência de quem era Jesus. Mas ainda assim, o crucificaram.
    Fico a pensar, que o amor de Deus é ilimitado e incondicional, pois qualquer pai, não perdoaria os homens por assassinarem seu filho. No entanto, eu me pergunto: o que mudou em nossos dias? Me pergunto: se Jesus viesse pela segunda vez da mesma forma que veio da primeira vez o que aconteceria? Se as predições bíblicas estabelecessem que o messias retornasse de forma humilde, simples e se deparasse com essa gama imensa de líderes religiosos como pastores, bispos, evangelistas, missionários, apóstolos entre outros, talvez o assassinato do herdeiro do reino se repetiria. Muitos lideres religiosos não gostariam de devolver o lugar legítimo do Rei dos Reis. Provavelmente o agarrariam, o vilipendiariam novamente e o matariam, para não perder seus postos importantes de poder, riqueza, controle, status e fama. Creio que se Jesus voltasse novamente como cordeiro de Deus, seria hoje metralhado num paredão, morto por um tiro, executado através de algum meio moderno.
    Pasmem! Isso não é exagero. Muitos homens que se dizem fiéis despenseiros, fiéis lavradores da vinha, no entanto, são verdadeiros fariseus, hipócritas, ambiciosos e usurpadores, pois ocupam um lugar que é de Jesus o centro e o herdeiro do reino, não aceitariam o senhorio do filho do dono do reino. Não ouviriam sua palavra, não devolveriam seu lugar que lhes rendem fama, poder, controle, lucro. Mas graças a Deus que o herdeiro voltará para assumir seu reino, de forma triunfante, gloriosa, não como cordeiro mas como leão, não como advogado, mas como juiz, não de forma humilde e simples, mas com todo resplendor e glória e seu reino será tomado a força e será finalmente consumado.
      III) CRISTO É O JUSTO JUIZ (V. 40-46)
    Toda ação, segundo as leis da natureza produz uma reação, e assim toda atitude tomada pelos homens nesse plano têm suas conseqüências, boas ou ruins dependendo da atitude tomada.
Essa parábola mostra o amor de Deus escolhendo líderes para cultivar e edificar um povo, a infidelidade desses líderes e também do povo, a rebeldia desses homens e a graça ilimitada do Altíssimo, a longanimidade do dono da vinha, mas ao mesmo tempo revela a justiça de Deus. Esses homens cruzaram a linha que delimita a graça do juízo. Mesmo sendo eles instrumento no cumprimento das profecias bíblicas foram ao mesmo tempo alvo do juízo para que fique notório que ninguém zomba de Deus. Ninguém escapa da justiça do Soberano dono da vinha. Nos versos 40-46 agora mostram que Deus, apesar de longânimo, amoroso e misericordioso é também justo e zela pelo seu próprio nome.
    Uma indagação é feita por Jesus no verso 40: “Quando pois vier o Senhor da vinha, que fará àqueles lavradores?” A intenção de Jesus aqui, era de confronta-los em suas próprias consciências, fazendo-os dar uma resposta que todos eles já sabiam, conforme v. 41. Era exatamente o que aconteceria a esses homens. Seriam alvos da justiça divina imposta pelo Senhor da Vinha que retornaria agora para colher os frutos. Aqui percebemos ainda que após a ressurreição de Jesus segue-se o juízo sobre os que rejeitaram o verdadeiro Senhor do Reino.
    Quando o Senhor da vinha retorna, Ele exerce justiça. Podemos entender que esse Senhor (no grego Kuryos) é o próprio Senhor Jesus (como herdeiro ressuscitado e exaltado), e exerce seu justo juízo. Cristo o herdeiro do reino, agora, exaltado, pune aqueles homens maus com a pena de morte, e entrega o reino a outros conforme Romanos 11.11; 22-25, para que cumprissem sua vontade, aceitassem seu Senhorio. Historicamente uma profecia sobre a destruição de Jerusalém que representava nesse período a raiz embrionária do reino, se cumpriu por volta do ano 70 d.C., quando essa cidade é destruída pelos romanos e o templo queimado. A vinha a partir daí se dispersa por toda a terra perdendo então a primazia do reino, que é oferecido então, a todos os povos.
     O reino de Deus é oferecido a todos os povos que aceitem o senhorio de Jesus e produzam frutos. Os judeus não quiseram aceitar a herança do Reino de Deus, rejeitando a mensagem de salvação e instalação desse reino. A igreja redimida passa a fazer parte desse reino e se torna co-herdeira com Cristo. A todos quanto receberam a Jesus como Senhor e Salvador são agora transformados em filhos de Deus e se tornam co-herdeiros com Ele (João 1). A igreja agora, na dispensação da nova aliança se torna a legítima arrendatária da vinha, e ao mesmo tempo mordomos dessa plantação bendita. O reino de Deus é entregue a todos quanto aceitam a Jesus, o que inclui os judeus que serão salvos posteriormente.
    Pensemos portanto agora numa visão escatológica na parousia de Cristo, isto é sua segunda vinda, precedida pela epifania ou seja, sua pública manifestação no cenário mundial. Nesse acontecimento consumador, Ele exercerá juízo sobre todas as nações povos tribos línguas e sobre todos os líderes que rejeitaram seu reino e usurparam o seu lugar. Cristo então no seus atos de justiça justificará publicamente os que aceitaram seu Senhorio e quanto aos demais, serão lançados nas trevas exteriores onde há choro e ranger de dentes.
     Nos versos 42-44, Jesus, profeticamente se interpõe como a Pedra Rejeitada pelos infiéis lavradores e pela própria vinha do Senhor, tendo em vista que  expressão “edificar” tem tudo a ver com a construção e propagação do reino de Deus. Na verdade, a citação de Jesus é o cumprimento profético do texto de Salmos 118:22,23 que diz: “A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular; isso procede do Senhor e é maravilhoso aos nossos olhos.” Jesus aponta nessa citação profética sua morte e exaltação iminentes. Os homens maus haviam rejeitado o filho do dono da vinha, que é o herdeiro, e agora Jesus utiliza outro texto do Antigo Testamento para evocar esse significado profético que se cumpria já naquela época: a pedra rejeitada (que é o próprio Cristo) também se transformou na principal pedra angular, ou pedra de esquina do edifício (reino). Então o reino se torna a vinha onde o povo que é a vinha produzirá bons frutos. O Salmo 118 está na realidade mostrando que essa pedra de esquina, ou pedra angula possui suas características, seu lugar de destaque entre todas as pedras numa construção: a) é a pedra principal; b) reduz a pedaços as pedrinhas; c) esmaga os oponentes do filho. Essa pedra, para os eleitos, se torna um poderoso alicerce, mas para os perversos, se torna pedra de tropeço onde caem, rocha de ofensa, na qual muitos tropeçarão e serão quebrantados (Isaías 8.13-15). Outros textos que se referem à essa pedra: Isaías 28.16; Daniel 2.34, 44-45; Atos 4.11; Romanos 9.33; Efésios 2.20; e 1 Pedro 2.6.
    O texto da parábola (v. 45 e 46) encerra levando o leitor a enxergar que esses homens entenderam a mensagem e absolutamente tudo o que Jesus proferiu, perceberam que tudo o que Jesus falou era dirigido diretamente a eles, e como toda parábola exigia uma resposta imediata, e uma reação eminente, a resposta deles foi a seguinte: “esperamos a oportunidade certa para dar cabo da vida desse homem, mas não agora, pois isso pode causar uma revolução, uma revolta, um grande alvoroço no meio do povo, pois eles o admiram e podem se voltar contra nós.” Esses homens perversos preferiram continuar em seus erros a mudar de atitude e assim, permaneceram até consumarem suas obras malignas, recebendo, no final justa punição. Quando o Herdeiro retornar, coroará sua vinha fiel e sofredora. Porém punirá com castigo eterno, os maus administradores, e toda vinha brava, que não produz bons frutos.
    Finalmente, podemos concluir que no reino de Deus, muitos serão lançados fora, por causa da má administração, e da rebelião contra o senhorio do Dono da vinha e de Seu Filho, o legítimo herdeiro. Deus chama seus filhos e servos ao arrependimento. Há pessoas em nossos dias, em nossas igrejas, que se acham os verdadeiros donos da vinha, que na verdade é do Senhor. Agem como donos absolutos. Mas como maus lavradores pervertem a mente do povo, mentem, interpretam as Escrituras ao seu bel-prazer, enganam, visam a própria glória e não a de Deus, e por fim, tentam se assentar no próprio trono do Altíssimo. A esses homens já está reservada a punição que é a expulsão do Reino para um lugar de tormentos eternos.
     Portanto, meus amados, o reino de Deus é formado pela vinha dileta do Senhor que é a igreja eleita, em todos os tempos e em toda sua extensão, os lavradores são os líderes religiosos, os servos maltratados são os perseguidos por causa do Reino, o Dono da Vinha é o Senhor, o Herdeiro é Jesus.
    A Parábola dos Lavradores Maus tem por objetivo evidenciar o amor de Deus e ao mesmo tempo a rebeldia existente no coração de muitos lideres religiosos e até mesmo homens e mulheres que estão debaixo dessas lideranças.
    A segunda vinda de Cristo, o Filho Amado, a Pedra Angular, será marcada pela sua exaltação na sua epifania, seguindo-se então o juízo sobre toda a carne que se opôs ao Senhor do Reino. O reino aqui é, então consumado quando os rejeitadores são lançados fora e a igreja (a vinha do Senhor) reina eternamente com Cristo o Herdeiro nesse glorioso reino.
    Que eu e você possamos fazer parte dessa vinha, desse reino e fielmente cultivemos a vinha do Senhor, e edifiquemos a igreja na Sagrada Escritura, preparando-a para se encontrar com o Senhor. E que naquele dia eu e você possamos ouvir do próprio Senhor: “Vinde Benditos de Meu Pai! Entrai na posse do Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo.” (Mateus 25.34). Aleluia! Que Deus nos abençoe ricamente e aplique essa palavra em nossos corações, em nome de Jesus, Amém.

Reverendo Adeir Goulart da Cruz.

domingo, 22 de julho de 2012

Três Passos para a Restauração (Apocalipse 2.1-7)


        Todas as sete igrjas da Ásia, hoje já não existem. Só há ruínas em toda parte. João, quando no exílio na ilha de Patmos, recebeu essa visão do Senhor Jesus, sobre as coisas que deveriam acontecer à igreja cristã primitiva, fundada pelos Apóstolos. Essas revelações foram registradas em forma de cartas e enviadas às sete igrejas espalhadas pela Ásia menor.
      Qualquer leitor crítico se perguntaria: Por que João foi aprisionado nessa masmorra, numa ilha de segurança máxima, pelo resto de seus dias? Poderíamos formular a resposta da seguinte forma: 1) A propagação da mentira gnóstica de que Jesus não tinha corpo e por isso ele não morreu de fato e nem ressuscitou; 2) O dualismo da essência humana: o espírito é bom e a matéria é má, portanto se meu corpo é matéria, então é mau, logo posso fazer o que quiser do meu corpo, pois somente o espírito presta; 3) O edonismo que arrancava das pessoas todo senso de moral e respeito. A libertinagem disfarçada de livre arbítrio; 4) A negação à figura do imperador Domiciano, que se apresentava como uma divindade, encarcerando, condenando e matando quem não o adorasse.
          João pastoreou a igreja cristã em Éfeso até metade do primeiro século da era cristã, cuidou da mãe de Jesus, que segundo a tradição foi sepultada também em Éfeso. Pelos motivos acima apresentados, foi capturado por ordem de Domiciano, negou as doutrinas gnósticas, negou adorar ao imperador, foi jogado num caldeirão de azeite fervendo, escapou milagrosamente e foi lançado no cárcere numa prisão de segurança máxima na ilha de Patmos. Ao final de sua vida é libertado por Nerva, sucessor de Domiciano e retorna para Éfeso, para redoutrinar os cristãos.
          Quando ainda no cárcere, escreve suas visões em forma de carta, endereça às sete igrejas entre elas a igreja em questão, a de Éfeso.
Éfeso havia se tornado a capital do paganismo antigo, ao ponto de ser batizado como o berço da grande Deusa Diana dos efésios. Os crentes estavam abandonando os ensinos do Senhor Jesus, de um lado forçados a se curvarem, mas por outro lado estavam se amoldando as paixões infames deste mundo. O pensamento gnóstico os seduziu.
          Uma mistura de doutrina e heresias se fundiram na mente e no coração dos crentes efésios. Perderam o referencial, perderam a identidade, sucumbiram ao prazer, ao pecado, mas uma grande parte desses crentes ainda buscavam permanecer na presença do Senhor. Porém de forma mecânica e sem a verdadeira motivação: o amor à Jesus.
         Jesus manda que João escreva sete cartas aos sete anjos, isto é, aos sete pastores dessas sete igrejas, e uma delas foi a igreja em Éfeso. Algo precisava ser feito. Jesus não estava se agradando de suas obras. O cerimonialismo, a religião vazia, o ativismo mecânico tomou conta desses crentes. Estavam frios, sem amor à Jesus, embora pareça que gostassem da igreja. Jesus não se impressiona com a quantidade de atividades uma igreja pode realizar, não se impressiona com a firmeza doutrinária que um crente pode demonstrar, nem tampouco com a firmeza de uma pessoa em face às perseguições. Nada sem amor vale a pena. Eles perderam o verdadeiro amor. Se acostumaram com a igreja, pararam de depender de Deus de orar, enfim de amar o Senhor Jesus, o verdadeiro Senhor da Igreja. Precisavam voltar ao primeiro amor, e encontrar o elo perdido entre o homem e Deus. Esse elo é Jesus. Perderam Jesus, o elo de Deus que o liga aos pecadores.
         A Palavra de Deus nos ensina como recuperar o elo perdido, e sermos restaurados:
        1) LEMBRA-TE DE ONDE CAÍSTE (V5)
        Quando foi a última vez que você orou ao Senhor?
        Quando foi a última vez que você leu a Bíblia?
        Quando foi que você parou de orar?
        Quando foi que você parou de ler a Bíblia?
        Quando você cometeu aquele pecado que destruiu sua relação com o pai?
        Quando foi que você disse aquela palavra pesada que te trouxe conseqüências?
        Quando foi que você perdeu o referencial?
      Quando foi? Você precisa lembrar. Peça ao Senhor nesta noite que te faça lembrar, que te traga á memória, para que você tenha como reparar esse erro.
        Deus quer restaurar sua vida, mas você precisa lembrar onde, como e quando você caiu.
       2) ARREPENDE-TE (V5)
       Sem arrependimento não há perdão.
       Sem arrependimento não há conserto.
       Sem arrependimento não há mudanças.
       Sem arrependimento andamos em trevas e praticamos o mal constantemente.
      Arrepende-te enquanto ainda há tempo, para que sejam cancelados os vossos pecados.
      A bênção do Senhor não habita onde o pecado é perpetuado.
      A derrota bate em nossa porta quando nos acostumamos com o pecado.
      3) VOLTA À PRÁTICA DAS PRIMEIRAS OBRAS (V5)
      Volte a ser uma benção nas mãos do Senhor.
      Volte a ser uma pessoa agradável, alegre, animada.
      Volte a ser uma pessoa simpática, ganhadora de almas, abençoadora.
      Volte a ser um bom esposo, uma boa esposa, um bom pai, uma boa mãe, um bom filho, uma boa filha.
      Volte a ser um crente fiel à Jesus, à Palavra, e à Igreja.
      Volte a ser um crente fervoroso de oração, e que busque a Deus intensamente.
      Volte a ser mais que vencedor em Cristo Jesus.
      Volte a ter o mesmo fervor e amor de quando você se converteu.
      Volte enquanto há tempo.
   Muitos não conseguiram lembrar de seus pecados não confessados, muitos não conseguiram se arrepender mas amavam o pecado, e muitos não conseguiram mais ser como quando se converteram, mas se perderam para sempre, no inferno eterno.
    Quero orar por você nesta noite e dizer que ainda há tempo, de ser restaurado e encontrar o elo perdido. Lembre, arrependa e volte para a presença de Jesus.
Reverendo Adeir Goulart da Cruz

domingo, 10 de junho de 2012

IMITANDO A PESSOA CERTA. 1 Coríntios 11.1


          “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.”
        Vivemos numa época em que os valores estão se perdendo. Os valores da família, os valores morais, e até mesmo os valores religiosos. Há uma evidente degradação geral da sociedade, como um todo. Mas por que? Podemos responder essa pergunta partindo do pressuposto de que o ser humano sempre se amolda ao ambiente à sua volta. O homem se adapta ao meio. O homem infelizmente copia muita coisa a sua volta, e se adapta negativa ou positivamente à vida da forma que ele acredita lhe parecer melhor.
       As pessoas infelizmente estão hoje copiando o que se passa no mundo a fora. Percebemos isso no modo de falar, de vestir, de se alimentar, enfim de viver. Muita coisa aparece como novidade e isso transforma o comportamento das pessoas.
       Um famoso filósofo economista do seguimento socialista chamado Karl Marx disse certa vez que o homem é um produto do meio. Isso implica que o homem é amoldado de acordo com o contexto em que vive, sendo o resultado existencial de todos os acontecimentos que experimenta à sua volta.
       Não podemos porém generalizar, pois no tocante aos ímpios, sim, são de fato resultado do contexto em que vivem, porém, no caso do crente, não podemos lhe aplicar essa premissa. O crente não é um produto do meio porque ele não deve se amoldar ao mundo à sua volta. O paradigma do cristão é Jesus. O modelo do Cristão é Jesus. A principal escola do cristão é Jesus. É com ele que aprendemos a viver, a agir, a reagir, enfim, ele é nosso modelo de vida.
       O Apóstolo Paulo, ao escrever essa carta aos crentes de Corinto, ele o faz por vários motivos, entre eles, a propagação do ensino herético no meio da igreja, como por exemplo, a idéia maniqueísta que pregava a dualidade das forças, ou seja, a existência do bem e do mal, atacando a matéria, que segundo os maniqueístas é essencialmente má sendo somente o espírito benéfico para o ser. Paulo refuta essa idéia no capítulo 6 vs. 12 a 20, endossando a importância do corpo material como templo do Espirito Santo. Os Crentes de Corinto estavam se curvando às paixões infames e se amoldando ao estilo de vida depravado da cidade cosmopolita de Corinto.
     Na primeira e na segunda carta que Paulo escreve aos crentes, ele fala sobre vários assuntos relacionados ao comportamento dessa complexa comunidade. Ele fala de sobre unidade, família, pureza, briga entre irmãos, dons espirituais, sensualidade na igreja, pecados admitidos e não tratados, entre outros.
Porém há um assunto que percebemos estar implicita e explicitamente arraigado nessas duas cartas, que ele já havia tratado com os irmãos da comunidade romana no texto de Romanos 12.1 e 2: a necessidade da igreja não se amoldar ao mundo. Para isso ele se utiliza de uma expressão que todos nós, desde a mais tenra idade sabemos perfeitamente: "imitar". 
       Quem você tem imitado utimamente? Há muitos cristãos que infelizmente estão se amoldando ao mundo, e consequentemente, imitando tudo o que se vê no mundo. Perderam o referencial cristão. Aliás a propria palavra "cristão" significa "pequeno Cristo", isto é, uma cópia idêntica de Jesus, alguém que se parece com ele, alguém que o imita em todos os aspectos. Paulo com certeza clama aos crentes de Corinto incentivando-os a imitá-lo por que ele imitava a Jesus. Paulo não está dizendo: vistam-se como eu me visto, falem como eu falo, comam como eu como, sejam idênticos a mim, mas ele estava dizendo a essa comunidade para imitá-lo no tocante ao que ele estava fazendo, que era buscar a Jesus e se tornar cada vez mais parecido com ele. Ele estava dizendo: Imitem a Jesus, como eu estou imitando.
Você tem imitado Jesus? ou você tem imitado o mundo??? Devemos imitar Jesus em todas as áreas de nossas vidas, mas eu gostaria de destacar três áreas principais, que devemos buscar de Deus imitar, para que consigamos agradar a Deus.
       1) NA HUMILHAÇÃO (Fil. 2.5-11) - Jesus se humilhou diante de Deus e diante dos homens durante toda a sua vida aqui na terra. Aliás, para que ele fosse exaltado pelo Pai era necessário que ele se humilhasse até o fim.
      A teologia Calvinista divide os estados do Redentor em duas fases: Humilhação (esvaziamento, sofrimentos, morte, sepultamento, descida ao hades) e Exaltação (ressurreição, ascensão, o assentar-se à destra de Deus, o regresso físico de Jesus). Tudo isso, Jesus realizou de forma passiva, e ativa.
      A verdade é que, até mesmo o Deus filho resolveu se humilhar, e obederer até as utimas consequências. Nem todos os crentes querem se humilhar como Jesus. Humilhar é nos submetermos a alguém maior. Jesus para ser exaltado precisou se humilhar. Sem a humilhação Deus deixa de agir e de responder algumas orações que fazemos. 
      Crente precisa imitar a Jesus no tocante à humilhação. A Palavra do Senhor nos diz que Deus resiste aos soberbos, contudo dá graça aos humildes. (Tiago 4.6). Seja alvo do derramamento da graça de Deus em sua vida.
      2) NO TESTEMUNHO (Hebreus 7.26-28) - Cristo provou ao mundo sua perfeição e santidade através de seu testemunho como filho de Deus, sem mácula, sem pecado, resistindo todos os dias às pressões à sua volta, sabendo que uma grande nuvem de testemunhas o observava (Hebreus 12.1-3).
Cristo testemunhou sua santidade, missão, e Palavra de Deus, do início ao fim, mostrando que ele é Santo como Deus é santo. Imitar o exemplo de Cristo no testemunho é viver de acordo com a nossa única regra de fé e prática, a Palavra de Deus. Só conseguimos testemunhar se nossa vida for pautada pelas escrituras.    Tudo o que pregamos precisa estar em Harmonia com o que fazemos.
      Precisamos imitar o exemplo de Cristo no testemunho em todos os lugares e momentos onde estivermos. Seja na igreja, no trabalho, na escola, numa viagem, em casa, com os amigos, enfim onde estivermos, que falemos como Cristo, Pensemos como ele, e amemos como ele.
      3) NOS OBJETIVOS (Lucas 2.49; João 19.30) - Jesus aos 12 anos respondeu para seus pais na sinagoga após três dias desaparecido: "não sabiam que eu tratando dos assuntos de meu Pai?"; aos 33 anos na cruz ele brada: "está consumado!". - Jesus viveu uma vida com objetivos específicos. Seus objetivos principais eram: cumprir a vontade de Deus, se revelar ao homem como o Deus filho encarnado e redmir o homem de seus pecados e da perdição eterna. Durante toda sua trajetória, ele nao se desviou de seus objetivos nem por um minuto.
       Não podemos viver sem metas, sem alvos, sem objetivos. Não podemos deixar que nada neste mundo nos desvie de nosso foco.
       Precisamos viver com metas, sonhos, e alvos a atingir. Mas o maior deles é o reino de Deus. O maior de todos os nossos objetivos é cumprirmos a vontade de Deus custe o que custar. Viver sem metas é como vegetar. Viver sem objetivos é como se fingir que está vivo.
       Não viva sem metas. Persevere em seus objetivos, mas o maior de todos eles é agradar a Deus e entrar na nova Jerusalém celestial.
       Imitar os outros é fácil. Há pessoas imitando personagens de filmes, grandes celebridades da musica secular, tendências modernas da moda atual, e tudo o que o meio pode oferecer. A escolha é nossa. Podemos nos amoldar ao meio em que vivemos, ou podemos nos amoldar aos padrões de Cristo Jesus, nosso Único paradigma a ser seguido.
       Não seja um produto do meio, mas seja, em nome de Jesus, um verdadeiro imitador de Cristo como o Apóstolo Paulo o foi. Que Deus te abençoe em nome de Jesus.

Reverendo Adeir Goulart da Cruz.






quinta-feira, 26 de abril de 2012

O MONUMENTO À ALMA INCRÉDULA (LUCAS 17.28-32; GÊNESIS 19.26)

      Os achados históricos da arqueologia antiga e moderna ao longo dos anos encontraram vários monumentos que foram nomeados: Maravilhas do Mundo Antigo. Até hoje foram documentados sete que podemos citar:
       1) As Pirâmides de Gizé no Egito;
      2) Os Jardins Suspensos da Babilônia no Oriente Médio;
      3) A Estátua de Zeus em Olímpia na Grécia;
      4) O Templo de Artêmis (Diana) em Éfeso;
      5) O Mausoléu de Harnicarnasso em Caria;
      6) O Farol de Alexandria, em Alexandria;
      7) O Colossus de Rodes, na Grécia.
      Esses achados revolucionaram a arqueologia e o estudo científico nos séculos 19 e 20 quando a engenharia e a arquitetura antigas estavam desacreditadas e eram consideradas arcaicas. Esses monumentos eternizaram a história e contexto de seus povos, pois refletem estilos de vida como cultura, religião, política, trabalho, problemas e conflitos. No entanto eles representam muito mais a fé e a crença de seus povos.
      Os dois pequenos textos em questão, apontam para uma comunidade que também tinham suas crenças, seus conflitos, enfim sua vida. Mas a vida que essa comunidade vivia não agradava a Deus. Então Deus envia seus anjos para anunciar o julgamento dessa pequena cidade, Sodoma. Os moradores dessa cidade eram tão devassos e pervertidos que a palavra sodomia, que se refere a perversão sexual se originou dessa cidade.
      No entanto, Deus resolve preservar o remanescente dessa pequena cidade, a família de Ló e envia dois emissários celestiais para avisar esta família que a cidade seria subvertida no fogo e enxofre. Ló, por sua vez obedece a Deus e resolve sair dessa cidade com sua família. E a ordem de Deus era que todos se desapegassem do estilo de vida dessa cidade, não sentissem pesar no coração nem tampouco saudades da tudo o que lá se praticava. Isso é o que entendemos da ordem de Deus de não olhar para trás. Olhar para trás aqui não é o ato de virar o pescoço na direção oposta a que se caminha, mas sim, lembrar com saudades de algo que desagrada ao Senhor.
      O inesperado aconteceu. A mulher de Ló, olhou para trás e se transformou em uma estátua de sal. Creio eu, que se ela tivesse se transformado em uma estátua de metal, ou de pedra, ou qualquer outro material imperecível, talvez a arqueologia teria encontrado essa pobre mulher. O tempo dissolveu essa estátua.
      A mulher de Ló, que a Bíblia não informa o nome, e que deve ser lembrada por nós representa todos aqueles que estão presos às paixões do mundo e que embora caminhem para frente, olham o tempo todo, para trás.
      A Palavra de Deus nos diz: “... esquecendo-me das coisas que para trás ficam e, avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus. (Filipenses 3.13b-14). Essa infeliz mulher não conseguiu esquecer-se do passado que estava deixando naquele momento. Por isso podemos chamar essa mulher de “MONUMENTO À ALMA INCRÉDULA”.
      Sobre esse monumento, que se dissipou com o tempo, Jesus recomenda: “Lembrai-vos da Mulher de Ló” (Lucas 17.32). É inevitável quando nos lembramos desse monumento infeliz, associamos seu significado à perdição eterna. Por isso como lição, quando nos lembramos da mulher de Ló, o monumento à alma incrédula aprendemos que ele é, na verdade:
      1) O SÍMBOLO DE UMA GERAÇÃO ESCRAVIZADA. Essa mulher estava com toda a certeza escravizada pela devassidão, imoralidade e toda a prática homossexual dentro daquela cidade. Em Gênesis 19, encontramos o relato da perversão dessa cidade. Ló recebe em sua residência dois anjos de Deus, que são assediados pelos homens da cidade inteira, ao ponto de quererem arrombar a porta da casa de Ló para abusar, isto é, praticar sexo ilícito (homem com homem) e outras atrocidades com os dois hóspedes de Ló. O texto diz que todos, e isto inclui desde o mais jovem até ao mais velho, intentaram abusar desses homens de Deus.
      Era nesse contexto que a família de Ló vivia, e tudo indica que esse estilo de vida agradava a essa mulher ao ponto de ela olhar para trás com pesar, saudade, e tristeza. Em outras palavras ao olhar para trás, ela dizia em seu coração: “que pena que minha amada cidade está sendo destruída; eu gostava tanto de morar aqui; eu gostava tanto da diversão que minha cidade oferecia; que saudades vou sentir de lá.”
      A Palavra de Deus nos diz que todo aquele que comete pecado é escravo do Pecado (João 8.34), e ainda Deus nos assegura que Cristo nos libertou para sermos livres e não devemos novamente nos submetermos a jugo de escravidão (Gálatas 5.1). Ela conhecia a verdade libertadora que Jesus anunciou em João 8.32. A mulher de Ló, o Monumento à Alma Incrédula representa o homem escravizado pelo pecado que precisa ser liberto.
      2) O SÍMBOLO DE UMA GERAÇÃO COM O CORAÇÃO DIVIDIDO. Essa mulher conhecia o Deus a quem ela servia, com toda a certeza. Ela convivia com a comunhão de Ló, de Abraão com Deus, e percebia claramente como Deus tratava com esses homens. Embora fosse esposa de crente, por assim dizer, ela vivia com o coração dividido. Não conseguia se decidir, se santificaria sua vida, ou se continuaria levando o mesmo estilo de vida. A Palavra de Deus nos diz que de uma fonte não pode jorrar água amarga e doce ao mesmo tempo (Tiago 3.11). Quando o profeta Elias, no monte Carmelo, diante dos profetas de Baal, reúne o povo que estava divido, e lhe faz a seguinte pergunta: “...Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, seguí-o, se Baal é deus, seguí-o”, (1 Reis 18.21), o povo não tomou decisão alguma. Estavam claramente divididos. Deus não tolera coração dividido. Deus conhece nosso coração e sabe se estamos servindo-o com inteireza de coração ou se servimos a outros deuses também.
      O resultado dessa indecisão, encontramos em Apocalipse 3.15 e 16 que nos diz o seguinte: “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente. Quem deras fosses frio ou quente! Assim, porque és morno e nem és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca.” A mulher de Ló foi vomitada da boca do Senhor. O crente do coração dividido é intragável. Ninguém pode servir a dois senhores como diz as Escrituras. A mulher de Ló, o Monumento à Alma Incrédula representa o homem com o coração dividido, que precisa se decidir urgentemente.
      3) O SÍMBOLO DE UMA GERAÇÃO REBELDE QUE DESPREZOU O LIVRAMENTO.
      A mulher de Ló viu os anjos em sua própria casa, ouviu as previsões da destruição da cidade, ouviu os alertas de Deus e todas as instruções para desocupar esse território condenado, e muito mais, ouviu claramente o aviso de não sentir pena, pesar, ou saudades dessa cidade.
      No entanto, ela desprezou todas as instruções redentoras do Senhor. Ninguém é condenado sem um prévio aviso de Deus. Romanos 2, nos diz que todos os homens, gentios ou judeus são indesculpáveis, pois todos foram alertados, e não há como os homens julgar-se mutuamente, se não observam a lei, a Palavra de Deus. A mulher de Ló é indesculpável, pois desprezou todas as instruções de Deus, desprezou o livramento. Em Números 11.20 Deus repreende seu povo pela rejeição do Maná dizendo: “Não comereis um dia, nem dois dias, nem cinco, nem dez, nem ainda vinte, mas um mês inteiro, até vos sair pelos narizes, até que vos enfastieis dela, porquanto rejeitastes o Senhor, que está no meio de vós, e chorastes diante dele, dizendo: Por que saímos do Egito?”
      O povo rejeitou o Maná, rejeitou a instrução de Deus e sentiu saudades da escravidão do Egito. Essa geração também desprezou o livramento de Deus. O povo de Deus também rejeitou o seu governo Teocrático, pedindo um rei, sendo o primeiro e um dos piores reis de Israel, o rei Saul (1 Samuel 10.19). O que aconteceu a essa mulher se confirma em João 12.48: “Quem me rejeita e não recebe as minhas Palavras tem quem o julgue; a própria palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.”
      Não devemos desprezar a Palavra de Deus nem tampouco o seu livramento. A mulher de Ló, o Monumento à Alma Incrédula, representa o homem pecador que têm desprezado o livramento de Deus.
      Não olhe para trás meu amado leitor. Olhe para frente e para cima. Mude de vida, em nome de Jesus. Ele pode te libertar de seu pecado, ainda que seja algo que você tem se apegado muito, mas tem desagradado a Deus, Jesus a verdade que liberta pode te fazer livre para não mais pecar. Decida-se ainda hoje. Saia de cima do muro e tome uma decisão de seguir somente a Jesus. Abandone a Babilônia, o Egito e Sodoma. Seja um crente puro, decidido a ser santo, e esqueça-se do seu passado. Pois quem está em Cristo é nova criatura. As coisas antigas já passaram eis que tudo se fez novo. Não despreze o livramento de Deus. Sua misericórdia se renova a cada manhã, mas não sabemos quando nosso coração vai parar de bater, e não sabemos quando o juízo de Deus virá. Esteja atento aos livramentos, alertas, e mensagens que Deus tem te dado nesses últimos dias. Ainda há tempo. Entregue sua vida para Jesus ainda hoje, e se transforme em coluna eterna, monumento perpétuo erigido à Deus pela sua vitória. Em nome de Jesus.

Rev. Adeir Goulart da Cruz