sexta-feira, 30 de julho de 2010

EU NÃO POSSO IR (LUCAS 14.15-24)


    É evidente que todas as parábolas que Jesus conta, traz aplicações diretas ao seu reino inaugurado já entre nós. Jesus se utilizava de Parábolas para, em algumas ocasiões facilitar o entendimento dentro do seu ensino e mensagem. Em outras situações, Ele se valia dessas parábolas para confundir a mente e o entendimento dos líderes religiosos de sua época, pelo simples fato de não ser ainda chegada a sua hora.
    A Parábola da Grande Ceia expressa na verdade, o convite da graça que é direcionado a todas as classes de pessoas. Em um primeiro momento, entendemos que Jesus dirige seu convite aos seus (Israel), bem como aos chefes religiosos de sua época, e como esses rejeitam esse convite, ele é estendido àqueles desprezados por toda a sociedade, e que talvez poucos gostariam de ter quaisquer tipos de contatos. Nesse ínterim descobrimos uma relação conflitante entre o que convida e entre o convidado. Um honra, e o outro é honrado. O dono dessa festa honra o pecador ao convidá-lo para esse banquete, e o pecador convidado, por sua vez despreza o convite, não fazendo caso dele, apresentando suas desculpas.
    Quando convidamos um amigo íntimo para uma festa muito importante, e descobrimos que ele não foi por motivos fúteis, nos sentimos desonrados e desprezados. Da mesma sorte, se somos convidados de honra a alguma festa de alguém importante que se lembrou de nós e não comparecemos por motivos desprezíves, quando poderíamos ter aceito o convite, estamos desprezando e desonrando o anfitrião.
   O Dono da Festa é, de fato o Senhor Jesus. Os convidados são, em primeira instância, o povo de Israel, e depois, os demais pecadores, isto é, todos nós. Os servos que convidam e avisam que tudo já está preparado são aqueles que anunciam a mensagem da parte de Deus.
    Encontramos aqui ainda, algumas desculpas que são usadas no reino de Deus ainda hoje, como encontramos no texto proposto para essa mensagem. Notem, meus queridos que o reino de Deus é comparado a uma festa de casamento, um banquete nupcial, e todas as classes de pessoas indistintamente, são convidadas pelos ministros, evanglistas, missionários, enfim, todos os que anunciam a chegada do reino de Deus. E muitos são os que hoje se esquivam do convite da graça. As desculpas são diversas e eu gostaria de mencionar algumas delas que são tão antigas, que pensamos que são novas:
    1) NÃO POSSO IR A ESSA FESTA POR QUE TENHO NEGÓCIOS A TRATAR. (vs. 18 e 19). Os negócios dessa vida são mais importantes para muitos. A necessidade de possuir, a necessidade de enriquecer são mais importantes, do que dar ouvidos a um convite para uma mera festa. Só que eles se esquecem que estão rejeitando o convite da graça. Mas se utilizam de meras desculpas. Dois dos convidados se ocupam da mesma mentira: negociamos e precisamos ver o que compramos. Um compra um campo sem vê-lo. Outro compra uma junta de bois e precisa testá-la. Quem em sã consciência faria negócios assim? Seria um tolo. Percebemos a desculpa esfarrapada para não ir a essa festa. E hoje esse mesmo erro se repete. Não tenho tempo, não posso ir, porque tenho que lucrar e cuidar dos meus negócios. Estou ocupado... tenho coisas mais importantes para fazer. O materialismo predomina na vida dessas pessoas, que mais cedo ou mais tarde terão que acertar contas com o anfitrião da festa, e não haverá desculpas. A oportunidade está sendo dada. O convite está sendo feito pelos servos. O que é mais importante para você: seus negócios, suas transações ou seu futuro na eternidade?
    2) NÃO POSSO IR A ESSA FESTA PORQUE MEU TRABALHO É MAIS IMPORTANTE. (vs. 18 e 19). Meus amados, ao mesmo tempo que essa desculpa é utilizada, extraímos dessa falácia, uma outra faceta, que torna uma desculpa em duas. Esses dois homens faziam suas transações porque isso era o trabalho que desempenhavam. Jesus não está condenando o vender e o comprar, mas sim a mentira e a perversidade dos corações dos homens que mentem quando não querem assumir um compromisso com seu reino. E outra desculpa muito difundida em nossos dias é essa: não vou seguir a Jesus, não vou a essa festa, porque não tenho tempo para isso. Meu trabalho é mais importante. Sabemos que não passa de desculpas, porque nós é que fazemos o tempo. Somos mordomos do nosso próprio tempo, e quando queremos arranjar tempo para lazer, descanso, diversão, o tempo simplesmente aparece. Mas para festejar com Jesus não temos tempo. Estamos assim perdendo o nosso tempo.
    3) NÃO POSSO IR A ESSA FESTA PORQUE MINHA FAMÍLIA ME IMPEDE (v. 20). Essa terceira desculpa, nos oferece um material imenso para muitas brincadeiras. É provável que esse terceiro ironizou, e intencionalmente culpou a mulher como uma forma de ridicularizar, pois agora é um homem sério dedicado á família. De fato, essa desculpa também é difundida com freqüência em nossos dias: ah não posso servir à Jesus, porque minha esposa não deixa, meu tempo é todo dela agora, minha mãe não concorda, minha família já tem seu seguimento religioso, e não vão aceitar. Não posso ir a essa festa por causa da minha família. A desculpa dada por esse terceiro homem é a mais ridícula de todas, visto ser ele o chefe da casa, e no seu caso, agora que já é um homem casado, e com responsabilidades conjugais, ele poderia perfeitamente ir acompanhado de sua esposa à essa festa. Mas a mentira predominou.
    Meus amados, a verdade é que essa festa está sendo preparada. A festa de casamento entre Cristo e sua Igreja. Os convites estão sendo feitos. De uma forma ou de outra, Jesus manda seus servos encherem a casa, e o convite direcionado aos que o rejeitam é feito à outros que irão valorizar esse convite e honrá-lo, aceitando Jesus como seu único e suficiente Salvador. Rejeitar o convite é uma decisão que perdurará por toda a eternidade. Faça parte dessa festa. Não peça exclusão da lista de convidados. Aceite o convite para o banquete da graça, e festeje com Jesus. Entre nessa festa. Reverendo Adeir Goulart da Cruz.